Arlindo Cruz desfila ao lado de amigos, médicos e balão de oxigênio

Por - 19/02/23 às 23:10

Arlindo Cruz desfila pelo Império SerranoArlindo Cruz recebe homenagem do Império Serrano - Foto (Daniel Pinheiro/AgNews)

Grande homenageado do Império Serrano, escola de samba de seu coração, primeira a desfilar no Grupo Especial nesta noite de domingo, 19 de fevereiro, Arlindo Cruz conta com uma estrutura especial.

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Isso porque o artista sofreu um AVC em 2017 e desde então se recupera, cercado de cuidados. No carro alegórico que encerra o desfile da verde e branco de Madureira, Arlindo conta com médicos de balão de oxigênio.

Além do aparato emergencial, o sambista recebe na alegoria o carinho de vários amigos e familiares.

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Arlindo Cruz foi o homenageado do Império Serrano
Arlindo Cruz foi o homenageado do Império Serrano – Foto: Daniel Pinheiro/AgNews

O SAMBA

Composto por Moacyr Luz, Pedro Terra, Bruno Souza e Leandro Almeida, o samba sintetiza “a alma do subúrbio carioca, tão cantada brilhantemente por Arlindo”, destaca o carnavalesco Alex de Souza.

Confira a letra:

Acorde partideiro sem igual, nascia então, um samba do seu jeito
Reluz feito candeia, imortal, o compositor, sambista perfeito
Levada de tantã, banjo e repique, poesia de um cacique, malandragem deu lição
Inspiração de ventre ancestral, o dueto, a patente vêm do fundo do quintal

Na boêmia, no subúrbio, na viela… O seu nome é favela: Madureira

Dagô, dagô saravá, obá kaô
O brado que traz justiça, faz a vida recompor

Deixa, o fim da tristeza ainda há de chegar
O show do artista vai continuar
Morando nos sambas que você fez pra mim
Imperiano sim!
No verso que aflora
Giram os sonhos da porta-bandeira
O amor de Orfeu melodia namora
Serrinha é teu canto pra vida inteira

Dagô, dagô, é a lua de Aruanda
A espada é de guerra, e Ogum vence demanda

Cercado de axé, semeia o bem, o povo a cantar: lalaiá lalaiá laiá
Receba a gratidão, reizinho desse chão, aqui é o teu lugar
Uma porção de fé… O filho do verde-esperança nos conduz
Zambi da coroa imperial, abiaxé, Arlindo Cruz

Firma na palma da mão, tem alujá e agogô
Império de Jorge, oxê de Xangô
Laroyê epa babá
Há de roncar meu tambor
O verso de Arlindo, morada do amor

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