Beija Flor encanta a arquibancada da Sapucaí

Por - 27/02/17 às 05:30

Daniel Pinheiro/AgNews

Um tributo à miscigenação de índios e brancos, através da história mais emblemática do Ceará. Assim a Beija- Flor vai contar a história de A Virgem dos Lábios de Mel – Iracema, romance de José de Alencar, com um desfile rústico, bem indígena. A índia Iracema, consagrada ao deus Tupã pela tribo Tabajara, que vivia nas montanhas, encantou o colonizador europeu Martim Soares Moreno, um guerreiro que apoiava a tribo inimiga Pitiguara, do litoral.

Esse amor deu início a uma guerra e gerou um filho miscigenado, Moacir, o primeiro mameluco que se tem conhecimento. O enredo conta a história do livro, desde o nascimento de Iracema, a descoberta do amor, a guerra entre as tribos inimigas e o triste fim de índia: grávida e sozinha. Sua morte será tratada de forma lírica: ela morre de saudade, mas renasce nas praias, no pôr do sol, nas belezas da terra.
 

Fundação: 25/12/1948

Cores:azul e branco

Presidente: Farid Abraão David

Enredo: "A Virgem dos Lábios de Mel – Iracema"

Carnavalescos: Laíla, Fran Sérgio, Victor Santos, André Cezari, Bianca Behrends, Cristiano Bara, Rodrigo Pacheco, Wladimir Morellembaum, Brendo Vieira, Gabriel Mello, Adriane Lins e Léo Mídia

Integrantes: 3.500

Alegorias: 06

Alas: a agremiação não terá alas os componentes formarão 08 tribos

Mestres de Bateria: Plinio e Rodney

Rainha da Bateria: Raíssa Oliveira

Mestre sala & porta-bandeira: Claudinho e Selminha Sorriso

Famosos no desfile: Claudia Raia, Enzo Celulari

Autores do Samba: Claudemir, Maurição, Ronaldo Barcellos, Bruno Ribas, Fábio Alemão, Wilson Tatá, Alan Vinicius e Betinho Santos

Interprete oficial: Neguinho da Beija-Flor

Letra do Samba:


Araquém bateu no chão
A aldeia toda estremeceu
O ódio de irapuã
Quando a virgem de Tupã
Se encantou com o europeu
Nessa casa de caboclo
Hoje é dia de ajucá
Duas tribos em conflito
De um romance tão bonito
Começou meu Ceará

Pega no amerê, areté, anama
Pega no amerê, areté, anama

Bem no coração dessa nossa terra
A menina moça e o homem de guerra
Ele sente a flecha
Ela acerta o alvo
India na floresta, branco apaixonado
Vem pra minha aldeia, beija-flor
Tabajara, pitiguara bate forte o tambor
Um chamado de guerra
Minha tribo chegou
Reclamando a pureza da pele vermelha
No ventre bate o coração de Moacir
O milagre da vida me faz um mameluco na Sapucaí
Oh linda Iracema, morreu de saudade
Mulher brasileira de tanta coragem

Um raio de sol a luz do meu dia
Iluminada nessa minha fantasia
 

A jandaia cantou no alto da palmeira
No nome de Iracema
Lábios de mel
Riso mais doce que o jati
Linda demais cunhã-porã iterei
Vou cantar jureme, jureme, jureme
Vou cantar jurema, jurema
Uma história de amor, meu amor
É o carnaval da Beija-Flor

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