Carnaval 2020: Aline Riscado vem toda boa como Rainha da Vila Isabel

Por - 20/02/20 às 17:40

Daniel Delmiro/AgNews

A unidos de Vila Isabel vai abordar a história de Brasília, a capital do país. O tema vai ganhar ares de mitologia, com a criação da cidade sendo transformada numa lenda indígena. No enredo, o Brasil é um corajoso curumim (criança, em tupi-guarani) que, durante um sonho, descobre o nascimento da irmã por meio da revelação de uma jaçanã (pássaro).

Brasília, então, nasce para levar esperança aos povos que habitam as vastas terras onde o garoto também vive. Lucio Costa e Oscar Niemeyer são mencionados como "dois pajés", que vão "modelar" a capital federal.

Conheça a agremiação

Unidos de Vila Isabel – 2ª escola a desfilar – 22h40

Colocação em 2019: 3º lugar

Fundação: 04/04/1946

Cores oficiais: azul e branco

Presidente: Fernando Fernandes

Carnavalesco: Edson Pereira

Mestre de Bateria: Anderson Andrade (Macaco Branco)

Mestre-sala e porta-bandeira: Denadir Garcia e Raphael Rodrigues

Diretor de Carnaval: Moisés Carvalho e Wilsinho Alves

Diretor de Harmonia: Marcelinho Emoção

Rainha de bateria: Aline Riscado

Intérprete: Tinga

Comissão de Frente: Patrick Carvalho

Curiosidades: Com desfile que homenageia Brasília, Unidos de Vila Isabel diz que não teve apoio do GDF para conseguir patrocínio. Acordo firmado entre governo local e escola de samba previa captação de R$ 4,99 milhões na obtenção de recursos pela Lei Rouanet. Serão 2.700 componentes divididos em 23 alas.

Famosos: Sabrina Sato, Martinho da Vila, Matnália

Enredo: Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil 

Compositores: Claudio Russo, Chico Alves e Julio Alves

Saiba tudo sobre o Carnaval 2020

Samba-Enredo

Sou eu!
Índio, filho da mata
Dono do ouro e da prata
Que a Terra Mãe produziu
Sou eu!
Mais um Silva pau-de-arara
Sou barro marajoara
Me chamo Brasil
Aquele que desperta a Cunhatã
Pra ouvir Jaçanã sussurrar ao destino

O curumim, o piá e o mano
Que o vento minuano também chama de menino

Do Tapajós desemboquei no Velho Chico
Da Negra Xica, solo rico das Gerais
E desaguei em fevereiro
No meu Rio de Janeiro, terra de mil Carnavais

Ô viola! A sina de preto velho
É luta de quilombola, é pranto, é caridade
Ô fandango! Candango não perde a fé
Carrega filho e mulher pra erguer nova cidade

Quando a cacimba esvazia
Seca a água da moringa
Sertanejo em romaria
É mais forte que mandinga
Assim nasceu a Flor do Cerrado
Quando um cacique inspirado
Olhou pro futuro e mandou construir
Brasília, joia rara prometida
Que Nossa Senhora de Aparecida
Estenda seu manto pro povo seguir

Sou da Vila não tem jeito
Fazer samba é meu papel
Fiz do chão do Boulevard meu céu
“Paira no ar” o azul da beleza
Gigante pela própria natureza

 

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