Carnaval 2020: Barroca Zona Sul abre os desfiles em São Paulo

Por - 20/02/20 às 07:15

Divulgação

Após 15 anos, a escola de samba a Barroca Zona Sul volta a desfilar no Grupo Especial, no Carnaval de São Paulo. Seu samba-enredo este ano homenageia a líder quilombola, Teresa de Banguela, e o objetivo maior da agremiação é fincar o pé no grupo de elite do Carnaval.

 

Sobre a agremiação

 

Barroca Zona Sul – 1ª escola a desfilar – 23h15

Colocação em 2019: 2º lugar – Grupo de Acesso I

Fundação: 07/08/1974

Cores oficiais: verde e rosa

Presidente: Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio (Cebolinha)

Comissão de Carnaval: Carlos Yuri Aguiar Pereira, Rodrigo Meiners e Rogério dos Santos Monteiro

Mestre de Bateria: Acerola de Angola e Fernando Negão

Mestre-sala e porta-bandeira: Igor Sena e Lenita Magrini

Diretor de Carnaval: Marcus Paulo Tibechrani (Marcão)

Diretores de Harmonia: Angélica Barbosa da Silva, João Carlos Nascimento e Raphael Maslionis

Rainha de bateria: Renata Spallicci

Intérprete: Pixulé

Comissão de Frente: Thaís Seixas Caprino e Alexandre José Batista

Enredo: Benguela… a Barroca Clama a Ti, Tereza

Sinopse: A agremiação homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, mulher que veio de Angola e lutou contra a escravidão no século 18. Tereza foi trazida para o Mato Grosso, onde comandou o Quilombo do Quariterê, que existiu entre 1730 e 1795, e tinha uma estrutura parecida com um sistema parlamentar.

Famosos: Jaqueline Mercedes e Patricia Bianchi

Compositores: Sukata, Morganti, Jairo Roizen, André Valêncio, Tubino Meiners, Pixulé, Marcos Thiago, Acerola de Angola e Emerson Franco (In memoriam)

 

Saiba tudo sobre o Carnaval 2020

 

Samba-Enredo

 

No caminho do amanhã… Obatalá

É a luz que vem do céu… clareia

Vem de Benguela o clamor de liberdade

Barroca pede tolerância e igualdade

 

Axé, Tereza

Divina alteza, meu tambor foi te chamar

Sua luz nessa Avenida

Incorpora a chama yabá

Da magia irmanada por Odé

Não sucumbe a fé, traz a luta de Angola

E a corrente arrastou pro sofrimento

Um sentimento, valentia quilombola

Reluz o ouro que brota em seu chão

Desperta ambição, mas há de raiar o dia,

Do Guaporé ser voz de preservação

 

Em plena floresta… auê auê

Resistência na aldeia… Quariterê

Na mata, sou mestiço, guardião

O meu grito de guerra é por libertação

 

O nosso canto não é apenas um lamento

A coragem vem da alma de quem ergueu o parlamento

Do castigo na senzala à miséria da favela

O povo não se cala, óh Tereza de Benguela

Vem plantar a paz por essa terra

A emoção que se liberta

E a pele negra faz a gente refletir

Nossa força, nossa luta

De tantas Terezas por aí

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