Carnaval 2020: Gracyanne Barbosa mostra sua garra na União da Ilha
Por Redação - 20/02/20 às 16:43
A União da Ilha vai falar da vida dos desvalidos moradores de comunidade. Uma mulher negra prestes a dar à luz é a protagonista do desfile. A letra do samba destaca a violência vivida pelo povo e o descaso das autoridades. Para mostrar o que realmente acontece pelos becos, ruas e vielas, lá estarão os fuzis da falta de segurança, o esgoto a céu aberto da falta de saneamento, a saúde precária dos postos em remédio, a educação jogada na lama. Vai mostrar também professores tratados com palhaços e como a polícia pode ser encarada na favela: entre anjos e demônios.
Conheça a agremiação
União da Ilha – 6ª escola a desfilar – 03h20
Colocação em 2019: 10º lugar
Fundação: 07/03/1953
Cores oficiais: azul, vermelho e branco
Presidente: Djalma Falcão
Carnavalescos: Fransérgio e Cahê Rodrigues
Mestres de Bateria: Keko Araújo e Marcelo Santos
Mestre-sala e porta-bandeira: Dandara Ventapane e Phelipe Lemos
Diretor de Carnaval: Laíla
Diretores de Harmonia: Comissão de harmonia
Rainha de bateria: Gracyanne Barbosa
Intérprete: Ito Melodia
Comissão de Frente: Leandro Azevedo
Curiosidades: Uma das passagens do desfile será a protagonista implorando atendimento médico. Não houve sinopse para que os compositores tivessem liberdade total para criar o samba. Os carnavalescos desenharam alegorias maiores e fantasias mais leves, com resplendores menores e de fácil identificação pelo público. Serão 2.800 componentes divididos em 32 alas.
Famosos: Cacau Protássio, Alex Escobar, Patrícia Leitte
Enredo: Nas Encruzilhadas da Vida, Entre Becos, Ruas e Vielas, a Sorte Está Lançada: Salve-se Quem Puder!
Compositores: Marcio André, Marcio André Filho, Rafael Prates, J Alves, Daniel e Marinho
Saiba tudo sobre o Carnaval 2020
Samba-Enredo
Senhor, eu sou a Ilha
E no meu ventre essa verdade que impera
Que é invisível entre becos e vielas
De quem desperta pra viver a mesma ilusão
E vai trabalhar
Antes do Sol levantar de novo
A voz do rancor não cala meu povo não
Sou mãe; dignidade é meu destino
Rogo em prece meus meninos
Ao longe alguém ouviu
Meus filhos são filhos dessa mãe gentil
Inocentes, culpados, são todos irmãos
Esse nó na garganta vou desabafar
O chumbo trocado, o lenço na mão
Nessa terra de Deus dará
Eu sei o seu discurso oportunista
É a ganância, hipocrisia
O seu abraço é minha dor (seu doutor)
Eu sei que todo mal que vem do homem
Traz a miséria e causa fome
Será justiça de quem esperou
O morro desce o asfalto e dessa vez
Esquece a tristeza agora
É hoje, o dia da comunidade
Um novo amanhã
Num canto de liberdade
A nossa riqueza e ser feliz
Por todos os cantos do país
Na paz da criança, o amor da mulher
De gente humilde que pede com fé
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