Carnaval 2020: Saiba tudo o que rolou na primeira noite de desfiles do Rio de Janeiro

Por - 24/02/20 às 12:22

Marcelo Sá Barretto/AgNews e Paulo Tauil/Brazil News

Com o céu impo de nuvens e sem uma gota de chuva, seis escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro desfilaram na Passarela do Samba, no Centro da cidade, na noite de domingo (23).

Campeã da Série A no ano passado, a Estácio de Sá abriu a folia trazendo a atriz Cinara Leal como uma das musas no enredo Pedra, da carnavalesca Rosa Magalhães. À frente da bateria comandada por Mestre Chuvisco, Jaqueline Maia reinou fantasiada de deusa da mata.

"É incrível. Estrou reestreando como rainha, primeira vez no Grupo especial, depois de sete anos no Grupo de Acesso, é como se eu estivesse debutando, ainda mais levando o nome da Estácio de Sá, a primeira escola de samba do Brasil", disse ela à reportagem de OFuxico.

 

Cada mergulho, um flash

 

Com 1.300 penas de faisões artificiais, criativamente feitas com arames de guarda-chuvas e fios de seda, em sua fantasia, a rainha da bateria da Unidos do Viradouro, Raíssa Machado, era luxo só. Aliás, a agremiação do bairro do Barreto, em Niterói, na Região Oceânica, esbanjou luxo em seu desfile em homenagem às ganhadeiras de Itapoã, na Bahia, com o enredo Viradouro de Alma Lavada. 

Um aquário com sete mil litros de água engrandecia a comissão de frente. Nele, Anna Giulia, atleta da seleção brasileira de nado sincronizado, dava mergulhos de tirar o fôlego do público. 

Diretamente de Salvador, Lorena Improta mostrou seu gingado e causou. 

"É a minha segunda vez na avenida e confesso que estou muito nervosa. Deixei a fantasia nas mãos da escola e amei o resultado, eles que entendem, confiei neles e estou me achando muito bonita", disse a dançarina. 

A escola de samba azul e branco, de Niterói, município da Região Ocânica, levou para a Marquês de Sapucaí o enredo Os Tambores de Olokum, uma homenagem ao maracatu, uma das maiores tradições do Pernambuco.

 

Cristo negro na verde e rosa

 

Atual campeã do carnaval carioca, a Mangueira levou para a Marques de Sapucaí o enredo A Verdade Vos Fará Livres, do carnavalesco Leandro Vieira. Logo de início, 20 religiosos de diferentes grupos exibiam uma faixa na qual pregavam a liberdade religiosa. 

"Independente de sua fé, o respeito deve prevalecer", dizia. 

O carro abre-alas mostrou o presidente de honra, Nelson Sargento, como José, e a cantora Alcione, Maria. Outro momento sublime foi na quarta alegoria. Oriundo de uma comunidade, Cristo, negro, aparecia crucificado. Houve ainda referências a indígenas, mulheres e membros da comunidade LGBT.

 

Lívia nas graças do povo 

 

Depois de estrear na folia carioca como musa da Paraíso do Tuiuti, no ano passado, Lívia Andrade entrou na Sapucaí soberana, à frente dos ritmistas da Bateria de Mestre Ricardinho, como rainha. Representando a ninfa das águas, a apresentadora do Fofocalizando sambou sem parar ao longo dos 720 metros de avenida, mostrando disposição e empolgação com o enredo que fez referência a São Sebastião e ao rei português, Dom Sebastião, que desapareceu no século 16. Tamanho empenho foi bem recebido pelas arquibancadas, que vibravam com sua passagem. 

Antes de entrar na avenida, a apresentadora teve problemas com parte da fantasia. A alça do biquíni arrebentou e ela improvisou, sem cerimônias, com um retalho de uma fantasia que algum folião deixou pela concentração.

"Fiz tudo por minha conta, no atelier Leandro de Jesus, em São Paulo, onde moro, para ter mais segurança, porque tive que experimentar várias vezes, me movimentar, fazer pequenas alterações. O corpo também varia muito, tive que dar uma ajustada há pouco, na perna. A gente incha e as vezes desincha demais. Fiz uma massagem antes de vir pra cá, deu uma diminuída", contou.

Lívia Andrade

 

Lívia Andrade usa tênis e look sexy em último dia de ensaio

Lívia Andrade cai no samba da Tuiuti de body cavadão

Transparente e poderosa, Lívia Andrade é coroada em feijoada

Com look de Carnaval, Lívia Andrade sensualiza na web

 

Paolla saradona

 

Repleta de famosos, como de costume, a Acadêmicos do Grande Rio foi a quinta a desfilar e prestou uma homenagem ao pai de santo Joãozinho da Gomeia. Dois carros alegóricos tiveram problemas, mas os componentes estavam empolgadíssimos com a bateria de Mestre Fafá, que teve à frente Paolla Oliveira exibindo seu abdômen trincado.

A atriz estava fantasiada de Cleópatra e foi assistida de longe pelo namorado. O life coach Douglas Maluf preferiu conferir a performance da amada em um dos camarotes.

Carnaval 2020: Paolla Oliveira desconversa sobre namorado

Carnaval 2020: Paolla Oliveira ousa no look em camarote
Carnaval 2020: Paolla Oliveira desfila com abdômen definido

Paolla Oliveira

Ilha estoura tempo e perde ponto 

 

Escola considerada a mais alegre do carnaval carioca, a União da Ilha do Governador fez o desfile mais surpreendente da noite. Na comissão de frente, 15 crianças simulavam menores de rua e fizeram uma performance arrebatadora. Seus destinos eram narrados na letra do samba e em determinado momento, eles se transformavam em profissionais bem sucedidos, num claro recado de que a educação salva e é a única saída. A alegoria da comissão mostrava a figura de Carolina de Jesus, mulher negra de favela que se tornou uma grande escritora. 

Em meio a várias situações realistas, o enredo Nas Encruzilhadas da Vida, Entre Becos, Ruas e Vielas, a Sorte Está Lançada: Salve-se Quem Puder! deixou a Sapucaí tão animada quanto os componentes da Ilha. Com tudo, um problema no motor do terceiro carro alegórico, que teve que ser empurrado e acabou gerando atraso de um minuto, o que ocasionou a perda de um décimo. 

Representando um pedido de paz, Gracyanne Barbosa lacrou no samba no pé.

Gracyanne Barbosa

Carnaval 2020: Gracyanne Barbosa usa look branco para folia

Carnaval 2020: Gracyanne Barbosa mostra sua garra na União da Ilha

Gracyanne Barbosa posa completamente nua e manda papo reto: 'Sou forte'

Gracyanne Barbosa empina bumbum malhado em bloco de SP

Rainha pede proteção 

 

Com sua imponente águia, a Portela encerrou a primeira noite do Grupo Especial com um enredo sobre os tupinambás e o "paraíso" que encontraram no Rio de Janeiro antes da colonização.

Coreografada por Carlinhos de Jesus, a comissão de frente narrou o ritual de canibalismo dos guerreiros tupinambás. Emocionando e surpreendendo, a porta-bandeira Ruth Alves encenou o mito de origem tupinambá, com a dançarina grávida dando à luz ao filho da Portela, no meio do desfile.

 Escoltada pelo pai coruja, a rainha de bateria, Bianca Monteiro, oriunda da comunidade, representou a Cabocla Jurema, uma entidade da umbanda.

"Pedi licença à e proteção. Viemos trazendo o Guajupiá da Portela, celebrando nossos antepassados. Carnaval é amor e esforço das pessoas", disse.

Tags: ,,,,

Pioneiro no Brasil em cobertura de entretenimento, famosos, televisão e estilo de vida, em 24 anos de história OFuxico segue princípios editoriais norteados por valores que definem a prática do bom jornalismo. Especializado em assuntos do entretenimento, celebridades, televisão, novelas e séries, música, cinema, teatro e artes cênicas em geral, cultura pop, moda, estilo de vida, entre outros.