Carnaval 2020: Salgueiro conta a história do primeiro palhaço negro brasileiro

Por - 20/02/20 às 22:30

Anderson Borde/AgNews

Ao contar a história do primeiro palhaço negro brasileiro, o Salgueiro dá o seu recado contra o racismo. O carnavalesco Alex de Souza vai fazer a vermelho e branco da Tijuca cantar a vida e obra de Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil. Assim, a escola mantém a característica de defender enredos com temática negra. Caso estivesse vivo, o artista que foi ator, diretor, autor, produtor, dançarino, compositor e cantor, completaria 150 anos de idade em 2020.

Conheça a agremiação

Salgueiro – 3ª escola a desfilar  – 23h50

Colocação em 2019: 5º lugar 

Fundação: 05/03/1953

Cores oficiais: Vermelho e branco

Presidente: André Vaz

Carnavalesco: Alex de Souza

Mestres de Bateria: Guilherme Santos e Gustavo Oliveira

Mestre-sala e porta-bandeira: Sidclei Santos e Marcela Alves

Diretor de Carnaval: Alexandre Couto

Diretor de Harmonia: Jomar Casemiro

Rainha de bateria: Viviane Araújo

Intérprete: Emerson Dias e Quinho

Comissão de Frente: Sérgio Lobato

Curidades: Erika Januzza foi convidada para desdfilar uma semana antes do carnaval.

Famosos: Eri Johnson, Erika Januza, Ailton Graça, Hélio De La Peña, Watusi, Romeu Evaristo, Dandara Mariana

Enredo: O Rei do Picadeiro

Compositores: Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga do Salguueiro, Getúlio Coelho, Ricardo Neves e Francisco Aquino

Saiba tudo sobre o Carnaval 2020

Samba-Enredo

Na corda bamba da vida me criei
Mas qual o negro não sonhou com liberdade?
Tantas vezes perdido, me encontrei
Do meu trapézio saltei num voo pra felicidade
Quando num breque, mambembe moleque
Beijo o picadeiro da ilusão
Um novo norte, lançado à sorte
Na “companhia” do luar…
Feito sambista..
Alma de artista que vai onde o povo está

E vou estar com o peito repleto de amor
Eis a lição desse nobre palhaço
Quando cair, no talento, saber levantar
Fazer sorrir quando a tinta insiste em manchar

O rosto retinto exposto
Reflete no espelho
Na cara da gente um nariz vermelho
Num circo sem lona, sem rumo, sem par…
Mas se todo show tem que continuar
Bravo!
Há esperança entre sinais e trampolins
E a certeza que milhões de Benjamins
Estão no palco sob as luzes da ribalta
Salta menino!
A luta me fez majestade
Na pele, o tom da coragem
Pro que está por vir…
Sorrir é resistir!

Olha nos aí de novo
Pra sambar no picadeiro
Arma o circo, chama o povo, Salgueiro!
Aqui o negro não sai de cartaz
Se entregar, jamais!

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