Carnaval: Mangueira faz homenagem a Nelson Cavaquinho

Por - 07/03/11 às 05:00

Ag.News

A Estação Primeira de Mangueira fechou a primeira noite dos desfiles do Grupo Especial  do Rio de Janeiro levando para a Sapucaí a história de um de seus mais ilustres personagens: Nelson Antônio da Silva,  mais conhecido como Nelson Cavaquinho, que este ano completaria seu centenário.

A escola relembrou o encontro de Nelson com a boêmia do morro, na década de 1930, no Morro de Mangueira na década de 1930, quando ainda era soldado da Polícia Militar.

O desfile relembrou clássicos como “Folhas secas”, "Primeiro de abril", “Degraus da vida" e "Quando Eu Me Chamar Saudade", um de seus sambas mais tristes.

A verde-e-rosa contou com a modelo Renata Santos como rainha de bateria.

Entre os destaques Beth Carvalho, Gracyanne Barbosa, Rosemary, Alcione e Emilio Santiago.

Os intérpretes são Luizito, Zé Paulo Sierra e Ciganerey.

A escola conta com 4 mil integrantes, 8 alegorias e 35 alas.

O Desfile

O samba enredo "Filho Fiel, Sempre Mangueira" foi cantado em primeira pessoa, como se Nelson Cavaquinho estivesse na avenida desfilando com sua escola.

A Comissão de frente contou a história da vida de Nelson dividida em três momentos: a infância, a juventude (como soldado da Polícia Militar ) e depois como sambista consagrado.

Comissão de frente veio acompanhada por um tripé giratório como a favela da Mangueira. Ele representa a chegada de Nelson Cavaquinho na comunidade. A semelhança de um dos componentes com o sambista impressionou a todos.
Alcione desfilou como destaque, logo atrás da comissão de frente.

Ronaldinho Gaúcho saiu de cartola e terno branco e rosa entre os componentes da bateria.

"Mangueira me Chama": O carro abre-alas relembrou  o Zicartola, a primeira casa de samba do Brasil, que era comandada por Cartola, Nelson Cavaquinho e Zé Kéti.

A segunda alegoria trazia dançarinas de cabaré para relembrar o lado boêmio de Nelson Cavaquinho
A ala "Trovador Moderno"desfilou com plumas rosas e violão nos braços.

Ala 'Luz Negra'  trazia asas de morcego e mostrou a morte nas canções de Nelson Cavaquinho .

O Carro 'Pranto do Poeta' trazia um relógio marcando 2h50: Um dia Nelson do Cavaco sonhou  que
morreria nesse horário, e todo dia acordava um pouco antes para adiantar o relógio.

A Ala '1º de Abril' trazia Pinóquios nas costas e relatava a crônica de Nelson Cavaquinho sobre a mentira.

A quinta alegoria 'O Palhaço do Amor', remetia a um personagem recorrente das letras de Nelson Cavaquinho. Um grande e tristonho palhaço de braços abertos.

Ala das baianas chamava-se  'Folhas Secas', e veio fantasiada com saia verde e detalhes em marrom.
O carro 'De Volta a Minha Raiz'  trazia estátuas de violeiros no topo do carro.

Carro 'Juízo Final' veio com caras demoníacas e deuses em branco no topo para retratar o céu e o inferno.
A última alegoria trazia um telão de 80 metros quadrados mostrando Nelson Cavaquinho no ceú.

Segundo determinação da Liga das Escolas do Rio de Janeiro, cada agremiação tem um tempo mínimo de 65 minutos e  máximo de 82 para apresentar o seu desfile.

Veja aqui o roteiro das escolas que desfilam hoje na Sapucaí

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