Carnaval: Tudo sobre o desfile da Paraíso de Tuiuti
Por Esther Rocha - 21/04/22 às 06:00 - Última Atualização: 20 abril 2022
Primeira escola a desfilar no sábado, dia 23 de abril.
Cores: amarelo ouro e azul pavão
Presidente: Renato Thor
Carnavalesco: Paulo Barros
Diretor de Carnaval: André Gonçalves
Intérpretes: Celsinho Mody e Carlos Junior
Mestre de Bateria: Marcão
Rainha de Bateria: Thay Magalhães
Enredo: “Ka ríba tí ÿe – Que nossos caminhos se abram”
Famosos: Não tem
O DESFILE
A Paraíso do Tuiuti vai levar para a Marquês de Sapucaí um enredo sobre as histórias de luta, sabedoria e resistência negra: “Ka ríba tí ÿe – Que nossos caminhos se abram”. Paulo Barros, carnavalesco da escola, destaca que o enredo vai exaltar a contribuição de grandes figuras negras para a humanidade e uma ode ao futuro da negritude.
“A gente decidiu fazer um afro meio futurista, mas fazer um enredo que não contasse a história do povo preto, mas sim a sua glorificação. A gente passa por Obama, a gente passa por Mandela e a gente passa por Catherine Johnson, que foi uma das responsáveis por colocar o homem em órbita da Terra. A gente pegou esses personagens e linkou aos santos do candomblé”, destacou Paulo Barros.
A Sapucaí torna-se o palco ideal para a homenagem, segundo o carnavalesco. O enredo da Tuiuti é uma ode ao futuro da negritude na humanidade a partir da documentação de negros que marcaram a história. O desfile falará da importância de quebrar barreiras e estereótipos.
Compositores: Cláudio Russo, Moacyr Luz, Júlio Alves, Alessandro Falcão e W. Correia Filho
Letra do samba enredo da Paraíso da Tuiuti
Alô, meu Tuiuti!
Quem for contra, vai chorar
Porque, se Deus é por nós
Quem será contra nós?
Abriu a porta da senzala!
É pegada de africano, hein?
Ogunhiê! Okê arô!
Laroyê! Meu pai, kaô
Tem sangue nobre de Mandela e de Zumbi
Nas veias do povo preto do meu Tuiuti
Ogunhiê! Okê arô!
Laroyê! Meu pai, kaô
Tem sangue nobre de Mandela e de Zumbi
Nas veias do povo preto do meu Tuiuti
Olodumarê mandou
Oxalá me conduzir
Pelo céu da liberdade
Me falou Orunmilá
Vai, meu filho, semear, pelo mundo, a humanidade
Nos caminhos de Exu
Me perdendo, eu encontrei, nua e crua, essa verdade
Que a raiz do preconceito
Nasce do olhar estreito da cruel desigualdade
Sou alabê gungunando o tambor
Trago cantos de dor, de guerra e de paz
Pra ver secar todo pranto nagô
E gritar por direitos iguais
Meu sangue negro que escorre no jornal
Inundou um oceano até a Pedra do Sal
É! Dandara!
A espada e a palavra, é!
Não vai ser escrava, é!
De ver noutras negras minas
Um baobá malê que nasceu do chão
Pra vencer a opressão
Com a força da melanina
É! Dandara!
A espada e a palavra, é!
Não vai ser escrava, é!
De ver noutras negras minas
Um baobá malê que nasceu do chão
Pra vencer a opressão
Com a força da melanina
Negro é cultura e saber
Ka Ríba Tí Yê, caminhos de Sol
Onde Mercedes, Estelas
Por becos e vielas
Se fazem farol
Pra iluminar Alafins
E morrer só de rir, feito mil Benjamins
E cantar! Cantar! Cantar
A beleza retinta que veio de lá
E cantar! Cantar! Cantar
Pra saudar o meu Orixá
Idealizadora do site OFuxico, em 2000 segue como CEO e Diretora de Conteúdo do site. Formada em jornalismo pela Faculdade Casper Líbero, desde os anos 1980 trabalha na área do jornalismo de entretenimento. Apaixonada por novelas, séries, reality, cinema e estilo de vida dos famosos.