Carnaval: Tudo sobre o desfile da Portela
Por Esther Rocha - 21/04/22 às 15:00 - Última Atualização: 20 abril 2022
Segunda escola a desfilar no sábado, dia 23 de abril.
Cores: azul e branco
Presidente: Luis Carlos Magalhães
Presidente de Honra: Monarco
Carnavalescos: Renato Lage e Marcia Lage
Diretor de Carnaval: Junior
Intérpretes: Gilsinho
Mestre de Bateria: Nilo Sergio
Rainha de Bateria: Bianca Monteiro
Enredo: “Igi Osè Baobá”
Famosos: Gloria Pires e Orlando Moraes, Zeca Pagodinho, Marisa Monte, Diogo Nogueira, Paulinho da Viola, Teresa Cristina
O DESFILE
A azul e branco de Madureira vai contar a história do Baobá, a árvore sagrada que veio da África. Ela seria um portal misterioso de contato entre o mundo sagrado e o humano, na Sapucaí. O baobá é a árvore que está relacionada a sobrevivência, sabedoria, ancestralidade e resistência.
O baobá é um grupo de árvores do gênero Adansoinea, é um gênero de árvore do continente africano, exceção de uma espécie que ocorre na Austrália. Os baobás têm as chamadas folhas compostas, folhas digitadas que lembram os dedos de uma mão aberta. Uma outra coisa que permite identificar os baobás são os próprios troncos muito grandes, acumuladores de água, chamados troncos ventricosos, esse nome complicado, mas que lembra um ventre e que por isso também faz a associação do baobá um pouco mais espiritual do ventre, da vida.
A carnavalesca Márcia Lage diz que a associação do baobá com a Portela é imediata e poética, uma vez que a agremiação é uma escola de raiz profunda.
Com múltiplos significados, o baobá é uma árvore ligada a ancestralidade, a religiosidade com povos africanos. Em termos de árvores sagradas, é uma árvore mãe que fornece alimento e água para as populações que vivem ao seu redor e para a fauna africana. E é uma árvore da existência também porque é incorporada por escravizados que vieram para o Brasil, como forma de ligação com a sua terra natal, como forma de resistência mesmo.
Compositores: Wanderley Monteiro / Vinicius Ferreira / Rafael Gigante / Paulo Borges / Edmar JR / Bira / André Do Posto 7.
Letra do samba enredo da Portela
Azul e banto, aguerê e alujá
Pra poeira levantar, de crioula é meu tambor
Ilu ayê na ginga do meu lugar
Portela é baobá no congá do meu amor
Azul e banto, aguerê e alujá
Pra poeira levantar, de crioula é meu tambor
Ilu ayê na ginga do meu lugar
Portela é baobá no congá do meu amor
Prepara o terreiro, separa a mucua
Apaoká baixou no xirê
Em nosso celeiro a gente cultua
Do mesmo preceito e saber
Raiz imponente da primeira semente
Nós temos muito em comum
O elo sagrado de Ayê e Orum
Casa pra se respeitar, meu baobá
Ôbatalá, colofé
Tem batucada no arê
Pra minha gente de fé, ayeraye
Nessa mironga tem mão de ofá
Põe aluá no coité e dandá
Ôbatalá, colofé
Tem batucada no arê
Pra minha gente de fé, ayeraye
Nessa mironga tem mão de ofá
Põe aluá no coité e dandá
Saluba, Mamãe!
Fiz do meu samba curimba
Mata a minha sede de axé
Faz, do meu Igi Osè, moringa
Quem tenta acorrentar um sentimento
Esquece que ser livre é fundamento
Matiz suburbano, herança de preto
Coragem no medo
Meu povo é resistência feito um nó
Na madeira do cajado de Oxalá
Força africana, vem nos orgulhar
Azul e banto, aguerê e alujá
Pra poeira levantar, de crioula é meu tambor
Ilu ayê na ginga do meu lugar
Portela é baobá no congá do meu amor
Azul e banto, aguerê e alujá
Pra poeira levantar, de crioula é meu tambor
Ilu ayê na ginga do meu lugar
Portela é baobá no congá do meu amor
Prepara o terreiro, separa a mucua
Apaoká baixou no xirê
Em nosso celeiro a gente cultua
Do mesmo preceito e saber
Raiz imponente da primeira semente
Nós temos muito em comum
O elo sagrado de Ayê e Orum
Casa pra se respeitar, meu baobá
Ôbatalá, colofé
Tem batucada no arê
Pra minha gente de fé, ayeraye
Nessa mironga tem mão de ofá
Põe aluá no coité e dandá
Ôbatalá, colofé
Tem batucada no arê
Pra minha gente de fé, ayeraye
Nessa mironga tem mão de ofá
Põe aluá no coité e dandá
Saluba, Mamãe!
Fiz do meu samba curimba
Mata a minha sede de axé
Faz, do meu Igi Osè, moringa
Quem tenta acorrentar um sentimento
Esquece que ser livre é fundamento
Matiz suburbano, herança de preto
Coragem no medo
Meu povo é resistência feito um nó
Na madeira do cajado de Oxalá
Força africana, vem nos orgulhar
Azul e banto, aguerê e alujá
Pra poeira levantar, de crioula é meu tambor
Ilu ayê na ginga do meu lugar
Portela é baobá no congá do meu amor
Azul e banto, aguerê e alujá
Pra poeira levantar, de crioula é meu tambor
Ilu ayê na ginga do meu lugar
Portela é baobá no congá do meu amor
Azul e banto, aguerê e alujá
Pra poeira levantar, de crioula é meu tambor
Ilu ayê na ginga do meu lugar
Portela é baobá no congá do meu amor
É tudo nosso!
Idealizadora do site OFuxico, em 2000 segue como CEO e Diretora de Conteúdo do site. Formada em jornalismo pela Faculdade Casper Líbero, desde os anos 1980 trabalha na área do jornalismo de entretenimento. Apaixonada por novelas, séries, reality, cinema e estilo de vida dos famosos.