Com Viviane Araújo como rainha, Salgueiro fala de preservação da natureza

A criação do mundo e um alerta pela preservação do planeta foram mostrados no desfile do Salgueiro, que faz valer da energia dos quatro elementos: terra, água, fogo e ar. Na mitologia africana é do templo de Olorum que saem os guardiões da natureza, os orixás, tão presentes na cultura e religião trazidas para o Brasil pelos escravos africanos. Juntos esses orixás harmonizam e defendem o mundo terreno.No segundo setor, a mãe Terra, com suas colheitas, frutos e flores. Lugar sólido e de muita força, de onde se tira o sustento da carne e também do espírito. A água estará no terceiro carro, mostrando que chineses e japoneses têm afinidade com o mar e a pesca. A água é purificadora e evocada em quase todas as religiões.O fogo entra no quarto carro alegórico, destacando a cultura da América pré-colombiana, onde povos maias e incas cultuavam o deus Sol.O ar vem em seguida, com o vento, um turbilhão de energia. Um alerta sobre a importância da preservação do planeta e contra o caos, encerrou o desfile.

Fundação: 05/03/1953
Presidente: Regina Celi Fernandes
Cores: vermelho e branco
Enredo: “Gaia, a vida em Nossas Mãos
Carnavalesco: Renato Lage e Márcia Lage 
Componentes: 4,1 mil

Alas:35

Alegorias:7 carros e 1 tripé

Diretor de Carnaval: Regina Celi, Dudu Azevedo e Renato Duran 
Diretor de Harmonia: Jô Calça Larga, Siro e Tia Alda 
Intérprete: Quinho, Serginho do Porto e Leonardo Bessa
Mestre de Bateria: Marcão
Mestre-Sala e porta-bandeira: Sidclei e Marcella Alves 
Comissão de frente: Hélio Bejani
Rainha de Bateria: Viviane Araújo

Celebridades:Eri Johnson, Sophie charlote, Edmundo

Autores do samba:Xande de Pilares, Dudu Botelho, Jassa, Rodrigo Raposo
 

Samba-enredo  
 

Salgueiro na sutileza dos teus versos
Todo o encanto do Universo
E a divina criação mistérios da imensidão Gaia…
Terra viva… A riqueza
Gira o mundo meu cenário
Relicário de beleza
Templo sagrado de Olorum 
Salve a grandeza de Oxalá
Guardiões da natureza
É a magia dos orixás

Oxum Iemanjá Iansã Oxóssi caçador
Ossain Ogum caô, meu pai Xangô
Nas águas a felicidade…
Vermelho e branco é axé 
Pra dar um banho de amor na humanidade 
Purificando o coração de quem tem fé
Na chama da esperança
O fogo pode transformar
Clareia pra ver nascer um novo dia
Bendito ar que se respira…
E o vento a soprar 
E no avanço dessa tecnologia
Ecoa a voz da Academia
É uma questão de querer aprender a cuidar
E saber preservar

Meu samba vai tocar seu coração
É um alerta ao mundo inteiro
"A vida em nossas mãos"
Buscando a solução… 
Canta, meu Salgueiro
O bem que a gente planta
Floresce nesse chão… Canta, Salgueiro