Daniela Mercury fala da emoção em voltar ao Circuito Campo Grande, após 20 anos
Por Redação - 17/02/15 às 17:00
"Fiquei longe daqui pela necessidade de ficar lá embaixo e ocupar espaço. Fiquei cinco anos firmando a Barra Fui sozinha com o Crocodilo, ninguém descia lá, eram só blocos pequenos e aqui não tinha espaço. Só tinha pra sair a noite. Como eu estava com um enorme sucesso com O Canto da Cidade, aproveitei e abri um espaço a mais, uma avenida a mais para que todo mundo pudesse desfilar. Na beira do mar, todo mundo foi descendo. Desfilei aqui por 15 anos, desde os meus 15 anos, quando desfilei pela primeira vez no Carnaval. Minha primeira vez eu tinha um bloco pequenininho chamado Cuca Fresca. A guitarra baiana cantava mais do que eu. De qualquer forma, eu fiz grandes carnavais aqui em cima. Estou muito emocionada".
"Fazer a pipoca é convidar é realmente convidar todos para esta festa que é a vida. A vida é uma festa para todos estarem no salão principal. Quando a gente faz pipoca, a diversidade do Carnaval e a democracia dão uma lição para o dia a dia da gente para que todos os cidadãos brasileiros possam conviver em uma pipoca sem cordas. Ontem (na Barra) eu convidei a cidade inteira para nós juntos fazermos essa festa dos 30 anos do axé. O axé é isso: um gênero que nasceu nas ruas, de compositores populares e eu faço essa devoluçãoo tempo inteiro, no circuito afro, onde o ilê e o Olodum fizeram nascer a minha música, da base do meu axé. Eu venho aqui reverenciar todos, inclusive esse caboclo (Apontou para a imagem de Dom Pedro) que criou a independência do Brasil. Hoje venho reverenciar as origens do Carnaval e do Brasil, na primeira capital do Brasil com um trio sem cordas, dando uma lição de amor e fraternidade, cantando para o meu povo", falou emocionada.
"Eu faço há 17 anos Carnaval sem cordas. Este ano já fiz quatro e em 1991 já fazia Carnaval sem cordas. Para mim não é novidades. Como ação política da prefeitura acho maravilhoso porque dá mais oportunidade das pessoas aproveitarem mais o Carnaval. Como esse aqui é um lugar que nasceu com a vocação para a festa, o povo que faz festa é superior ao que não faz. Nossos políticos têm entendido isso. É bom para a economia, turismo, pra nossa alma. A arte nos liberta".
Sobre sua 'maldição de hoje', Mercury disse que pretende fazer todo undo voltar a ser criança.
Daniela está nesta terça-feira (17), acompanhada de sua mulher, malu Verçosa e da filha, Ana. Elas chegaram juntas ao circuito e a fantasia deste dia de Dani vem simbolizando um Erê, que significa criança, brincar. O tema escolhido por ela este ano é "a rainha má" que joga "maldições" em cada dia que sai pelas ruas. Hoje a maldição era que todos se transformassem em criança (erê) para brincar o Carnaval. Ela até fez a brincadeira do morto-vivo enquanto se apresentava em frente ao camarote do prefeito.
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