Nove escolas de samba do Grupo de Acesso pisaram na Marquês de Sapucaí, no Centro do Rio, na noite de sábado (18). Elas disputam uma vaga no Grupo Especial, e por isso se dedicaram ao máximo, em cada um dos recém-reformados 700 metros de avenida.

A 1ª a desfilar foi a Paraíso do Tuiuti, tendo à frente dos ritmistas a morena Scheila Carvalho. Com os cabelos bem enrolados, em homenagem a Clara Nunes, enredo da agremiação, a ex-dançarina do É o Tchan empolgou a galera e, ao final, machucou o pé. Mesmo assim, permaneceu confiante.

"Não desfilava desde 1998, quando saí pela Mocidade Independente de Padre Miguel. Sou pé quente", disse ela.

Em seguida foi a vez da Acadêmicos da Rocinha, que após muitos anos, não contou com a presença de Adriane Galisteu, que mesmo não sendo rainha, costumava desfilar à frente da agremiação. A presidente do Flamengo Patrícia Amorim desfilou na escola, assim como Deusimar Yssa, sósia da presidenta Dilma.

Com Luma de Oliveira no último carro alegórico, a Estácio de Sá levantou as arquibancadas. O enredo Luma de Oliveira: Coração de Um País em Festa, do carnavalesco Marcus Ferreira, empolgou. E por pouco não perdeu o tom justamente na passagem de Luma, devido ao desconforto dos filhos da homenageada, Olin e Thor. Eles vestiam uma camisa com o nome do pai, Eike. Mas Luma, sempre Luma, chamou para si o foco e ovacionada pelo público na Avenida.

"Desfilei pela primeira vez em um carro, senti o público mais de perto", disse Luma ao final do desfile.

Os componentes da Estácio de Sá traziam cartazes com fotos da modelo. Ainda no início do desfile, alguns componentes não conseguiram entrar na avenida e colocaram fogo em suas fantasias, causando um alvoroço.

A Inocentes de Belford Roxo não economizou no luxo para falar cobre a cidade de Corumbá, no Mato Grosso. À frente da bateria, a modelo e repórter especial da Record, Luciana Picorelly.

A Império da Tijuca foi a 5ª escola a desfilar com o enredo Utopias – Viagem Aos Confins da Imaginação, do carnavalesco Severo Luzardo. E eis que chega a Unidos do Viradouro. À frente da escola, de vestido vermelho com uma sinuosa fenda, estava Juliana Paes.

"Queria desfilar com a roupa da diretoria, mas o presidente disse pra eu escolher outra… Peguei esse vestido  vermelho que comprei num brechó e mandei customizar com pedras e paetês", contou.

À frente dos ritmistas, Monique Alfradique brilhou. Mas teve que dividir holofotes com Dandara Oliveira, da comunidade.

A Acadêmicos de Santa Cruz fez um desfile correto, sem grandes surpresas. Essas ficaram para a escola seguinte, a Império Serrano, que emocionou do início ao fim. A comissão de frente  arrancopu aplausos de ponta a ponta da avenida. À frente dela, Carlinhos de Jesus chorava. Vale lembrar que o coreógrafo – cujo filho foi assassinado ano passado – tinha dito que mesmo fazendo a coreografia da escola, pensava em não desfilar, já que o filho sempre o acompanhava. Valeu, Carlinhos!

Com uma belíssima homenagem a Dona Ivone Lara,a  Dama dói Samba, o Império contou com o reforço de Arlindo Cruz, Martnália, Hélio De La Pena, Mirian Pérsia, Alcione, Elza Soares, entre outros. Atrás da alegoria, na qual a homenageada vinha sentada, como destaque central, havia uma homenagem a Joãozinho Trinta, vestido de gari, jogando água na última ala.

A Acadêmicos do Cubango fechou a noite, com Paulo Betti interpretando o Barão  de Mauá, tema da agremiação, e a bela Dani Sperle à frente dos ritmistas.

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