Mocidade Alegre é tri-campeã no Carnaval paulista!

Na tarde desta terça-feira (4) foram contados os votos das escolas que desfilaram no Grupo Especial das escolas de samba de São Paulo. Com o enredo Evocando a Fé, a Mocidade Alegre, que vendeu em 2012 e 2103, levou o título, mais uma vez.

Solange Cruz Bichara Rezende, presidente da agremiação, agarrada a seus terços, rezou e conseguiu: a Mocidade Alegre é a tri-campeã do Carnaval 2014. A agremiação computou 269.7 pontos, conquistando a vitória.

Rosas de Ouro e Águia de Ouro ficaram com a segunda e a terceira colocação, respectivamente, no ranking geral.

Já Pérola Negra e Leandro de Itaquera tiveram as piores colocações e foram rebaixadas para o Grupo de Acesso. As duas haviam subido de posição em 2013.

Os torcedoras de cada agremiação não puderam entrar no Sambódromo do Anhembi,  por conta de uma medida da Liga Independente das Escolas de Samba, adotada,  pela primeira vez em 2013, para evitar tumultos, como o ocorrido, em 2012. As pessoas acompanharam a apuração do lado de fora e também, nas quadras das agremiações. Nem mesmo a chuva forte que caiu em São Paulo nesta tarde impediu que todos estivessem próximos ao local para torcer por sua escola.

As notas de cada quesito foram lidas na seguinte ordem: fantasia, enredo, bateria, mestre-sala e porta- bandeira, comissão de frente, samba-enredo, evolução, alegoria e harmonia.

O desfile das campeãs no Anhembi acontece na sexta-feira (7), com a participação da Mocidade Alegre, Rosas de Ouro e Águia de Ouro.

Confira o ranking completo das escolas:

1º. Mocidade Alegre

2º.Rosas de Ouro

3º.Águia de Ouro

4º.Acadêmicos do Tucuruvi

5º.Dragões da Fiel

6º.Acadêmicos do tatuapé

7º.Tom Maior

8º.Império Serrano

9º.Vai-Vai

10º.Gaviões da Fiel

11º.X-9 Paulistana

12º.Nenê de Vila Matilde

13º. Pérola Negra

14º. Leandro de Itaquera

Em suas alas, muitos elementos religiosos como judaísmo, o candomblé, o islamismo, o espiritismo e crenças indígenas como a pajelança cabocla, as benzedeiras e os curandeiros.

Um momento marcante e muito bonito foi quando, com um movimento pra lá de coordenado , todos os integrantes da escola se ajoelharam em plena avenida, em postura de devoção e respeito. A arquibancada foi ao delírio!

A aposta do carnavalesco Sidney França foi realmente essa, mexer com a emoção e impactar logo no abre-alas, chamado de A Chama da Fé Ardente, retratando a iluminação pela fé, impulsionando a evolução do homem. A bateria, que também vinha no segundo setor, representou os deuses hindus, com fantasias reluzentes. No terceiro setor do sobrenatural, o invisível, teve um grupo de teatro chamado ‘Sorte ou Azar, Basta Acreditar’.  Foi um verdadeiro musical em pleno carnaval. Metade estava vestida de gato preto e a outra metade de trevo de quatro folhas. O quarto setor, o Mercado da Fé, mostrou com humor aqueles que fazem da fé um negócio.

Fundação: 24 de setembro de 1967
Presidente: Solange Cruz Bichara Rezende
Cores: Vermelho,Verde, Branco
Enredo: Andar Com fé eu vou que a fé não costuma falhar"
Carnavalescos: Márcio Gonçalves e Sidnei França
Componentes: 3,2 mil
Alas:25
Alegorias: 5
Diretor de Carnaval: Ariane Camilla, Edson Oliveira, Fábio Cavicchio Parra, Marcos Rezende, Ricardo Sonzin, Sidnei França, Solange Cruz Bichara Rezende e Vanderley Silva
Diretor de Harmonia: Carlos Alberto de Farias (Ed Murphy), Erica Ferreira e Roberto Quaglio (Zangado)
Intérprete: Igor Sorriso
Mestre de Bateria: Mestre Sombra
Mestre-Sala e porta-bandeira: Emerson Ramires e Karina Zamparolli
Comissão de Frente: Fagner, Thiago, Ricardo e Robério
Rainha de Bateria: Aline Oliveira
Celebridades :Cissa Guimarães
Autores do samba: Ana Martins, China da Morada, Douglas Sabião, Márcio Bueno, Rodriguinho e Victor Alves

Samba-enredo

Obrigado meu Deus
Pela fé que me guia
Em romaria na procissão
Acendo as velas na caminhada
E fecho os olhos em devoção
Oh pai, conduz teus fiéis a buscar
Na eternidade encontrar, a salvação
Religiosamente acreditar

Não importa a luz que te faz caminha
Tenha fé que a fé não costuma falhar

Arruda pra benzer, ervas pra curar
Tem reza forte da Maria Benzedeira
Firma o batuque no meio desse terreiro
Na crença do mandingueiro
Figa de Guiné, patuá

Segue o cortejo pelas ruas da cidade
Falsas promessas, mercadores de ilusão
Mas tem videntes, cartomantes, ciganas
Destino na palma da mão…
No amanhã, o futuro virá
Eu boto fé, tudo vai melhorar
Basta querer, acreditar, tá dentro de você
É o povo abraçado em comunhão
Agradecido chega ao fim a procissão
Brilho nos olhos, alma lavada e paz no coração

De joelhos eu vou cantar
Tenho fé de verdade, vou além
Na Mocidade, o samba diz amém!