Portela emociona ao comemorar 100 anos e contar a história sob o olhar dos baluartes

A maior detentora de títulos no Carnaval carioca – são 21 – exaltou a própria história, que completa 100 anos. A Majestade do Samba desfilou destacando a trajetória por meio das vozes de alguns dos principais personagens portelenses: Paulo da Portela, Dodô, Natal, Davi Correia e Monarco.

“Contamos os 100 anos divididos e cinco décadas, colocando os baluartes já falecidos como narradores desses períodos, de vinte anos cada, nos quais foram compiladas as letras dos sambas e os enredos mais relevantes”, disse a carnavalesca Márcia Lage.

Ficha técnica:

Cores: azul e branco
Presidente: Fábio Pavão
Presidente de Honra: Tia Surica
Carnavalescos: Renato Lage e Marcia Lage
Diretor de Carnaval: Claudinho Portela, Júnior Escafura e Higor Machado
Intérpretes: Gilsinho
Mestre de Bateria: Nilo Sergio
Rainha de Bateria: Bianca Monteiro
Enredo: “O Azul Que Vem Do Infinito”
Famosos: Adriane Galisteu, Luiza Brunet, Marisa Monte, Diogo Nogueira, Paulinho da Viola, Teresa Cristina

O SAMBA

Cantada a plenos pulmões pelos componentes, a obra assinada por Wanderley Monteiro, Vinicius Ferreira, Rafael Gigante, Edmar Jr., Bira e Marcelāo foi, em especial, um combustível a mais na emoção do desfile da Águia Altaneira.

Confira a letra:

Prazer novamente encontrar vocês
Ali pelas bandas de Oswaldo Cruz
Nosso mundo azul ganha vez
E aquela missão nos conduz

Eu, Rufino e Caetano
No linho, no pano, pescoço ocupado
Vencemos mesmo marginalizados
No bailar, uma porta-bandeira
A nobreza desfila humildade
Natal nos guiou, deu Águia!
A Majestade

Abre a roda, malandro, que o samba chegou
Andei na Lapa, também já subi o Pelô
Macunaíma falou: nas maravilhas do mar
A brisa me levou

Eis um Brasil de glórias que incandeia
A vaidade é um conto de areia
Eu vim me apresentar
Deixa a Portela passar!

Lendas e mistérios de um amor
Casa onde mora a profecia
Clara como a luz de um esplendor
Cem anos da mais bela poesia

Vivam esse sonho genuíno
De fazer valer nosso legado
Vejo um futuro mais lindo
Nas mãos de quem sabe o valor do passado

Ser Portela é tanto mais
Que nem cabe explicação
Basta ouvir os baluartes
Pra chorar de emoção

Cavaco e viola, a velha linhagem
A bênção, Monarco, pra essa homenagem
O céu de Madureira é mais bonito
Te amo, Portela, além do infinito!

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