Rainha de bateria promete coroação simples, ‘sem teatro’

Luciana Picorelli, repórter e rainha da bateria da G.R.E.S. União do Parque Acari, fez um anúncio claro: “Não esperem teatro, nem malabarismo. Minha coroação será simples e verdadeira.” Conforme ela, o momento exige autenticidade e conexão com a comunidade. Em vez de produções exageradas, opta-se pelo tradicional “feijão com arroz bem temperado”, na expressão da própria.

Luciana Picorelli se torna musa do tempo

A ideia promove foco na escola, seus ritmistas e integrantes, em detrimento de brilhos que desviam o protagonismo.

A agremiação, fundada em 2018 no bairro do Acari, Zona Norte do Rio, assumiu perfil de crescimento acelerado. Conforme registros, a escola já disputou a Série Ouro, consolidando estrutura e massa crítica.

Nesse contexto, a postura de Picorelli sinaliza uma guinada no estilo das coroações — com menos espetáculo, mais comunidade.

Crítica à mercantilização e à estrutura de bastidor

Nas palavras da rainha da bateria: “Estamos vendo muita coisa estranha por aí. Gente cobrando pra coroar rainha… pra mim isso já virou doença.” Ela sustenta que a coroação deveria nascer “de coração, de carinho”, e não de valores mercadológicos.

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Já que situa-se no cerne da escola, ela reforça que: “Ninguém de fora da escola vai me coroar ou enfaixar. Tudo será feito dentro da escola. Como deve ser.” A escolha partiu dela, e constitui ruptura com práticas que, conforme ela avalia, banalizam a função.

Além disso, Picorelli destaca a necessidade de raízes: “Espero criar raiz, o Dudu (Presidente da escola) é diferenciado.” A fala revela que o vínculo com a comunidade, com a quadra, com os segmentos que compõem a bateria, constitui para ela o verdadeiro palco. Ao final, não se trata de holofotes, mas de reconhecimento genuíno, pertencimento e aliança com os componentes da escola. É uma declaração de princípios para o Carnaval 2026 — e uma provocação aos excessos da folia