Salgueiro traz em seu enredo a literatura de Cordel

Por - 20/02/12 às 00:08

Aphotos

Este ano, o Salgueiro trouxe à passarela do samba, no Rio, elementos de forró, baião e a história da literatura de cordel, que mesclaram seus elementos ao samba. Terceira escola a desfilar na Marquês de Sapucaí na segunda noite de desfiles do carnaval carioca, a agremiação da da Zona Norte apostou no enredo “Cordel branco e encantado”, do casal de carnavalescos Renato e Márcia Lage.

Após enfrentar problemas de deslocamento de alguns carros alegóricos, que demoraram a entrar na avenida, como o “Pavão misterioso”, a escola uniu forças para empurrar o carro a tempo de não perder pontos na avaliação dos jurados.

A rainha de bateria Viviane Araújo surgiu tocando tamborim à frente dos 270 ritmistas da bateria que representaram o "Bando de Lampião", sob o comando do Mestre Marcão, que inovou ao mesclar xote e baião na apresentação.

 

O Salgueiro trouxe à avenida 3,8 mil componentes, divididos em 35 alas e sete alegorias, com uma lista de beldades como Sophie Charlotte, Vânia Flor, Valesca Popozuda e Adriana Bombom.

 

Vale lembrar que a "Rainha da Encantaria" Adriana Bombom arrasou na performance e quase perfeu a fantasia no desfile.

 

Enredo: Cordel Branco e Encarnado

Carnavalescos: Renato e Márcia Lage
Componentes: 3,8 mil
Alas: 35
Alegorias: 07
Intérprete: Quinho, Leonardo Bessa e Serginho do Porto
Mestre-Sala e Porta-bandeira: Sidclei e Greice Simpatia
Rainha da Bateria: Viviane Araújo
Quem vem: Sophie Charlotte, Suzana Pires, Adriana Bombom, Vânia Flor, Milena Nogueira

Sinopse do enredo: O Salgueiro vai mostrar no Sambódromo em 2012, a literatura de cordel, tradicional no Nordeste do Brasil. A agremiação vai representar na avenida obras, personagens e poetas com seu samba-enredo Cordel Branco e Encarnado. A escola vai mostrar imagens comuns neste tipo de literatura, que aborda temas históricos, religiosos e fantásticos. Padre Cícero, Lampião, as assombrações, como a cobra boitatá, a caipora e o lobisomem estarão na avenida. Ao final do desfile, uma homenagem a todos os poetas nordestinos da literatura de cordel.

Letra do samba:

Autores: Marcelo Motta, Tico do Gato, Ribeirinho, Dílson Marimba, Domingos PS e Diego Tavares

Sou "cabra da peste"
Oh minha "fia", eu vim de longe pro Salgueiro
Em trovas, errante, guardei
Rainhas e reis e até heróico bandoleiro
Na feira vi o meu reinado que surgia
Qual folhetim, mais um "cadim, vixe Maria!"
Os Doze do Imperador
Que conquistou o romanceiro popular
Viagem na barca, a ave encantada
Amor que vence na lenda
Mistério pairando no ar

Cabra macho justiceiro
Virgulino, é Lampião!
Salve, Antônio Conselheiro
O Profeta do Sertão

Vá de retro, sai assombração
Volta pra ilusão do Além
No repente do verso
O "bicho" perverso não pega ninguém
Oh meu "Padinho", venha me abençoar
Meu santo é forte, desse "cão" vai me apartar
Quero chegar ao céu num sonho divinal…
É carnaval! É carnaval!
Salgueiro, teus trovadores são poetas da canção
Traz sua Côrte, é dia de coroação
Não se "avexe", não

Salgueiro é amor que mora no peito
Com todo respeito, o Rei da Folia
Eu sou o cordel branco e encarnado
"Danado" pra versar na academia
 

 

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