Angélica sobre homens: ‘Querem espaço para falar de tabus’
Por Raphael Araujo - 05/11/24 às 18:50
(atualizado às 19h13)
O jogo virou e o papo agora é com eles. Depois do sucesso “50 & Tanto”, lançado em 2023, Angélica retorna às telas para mais encontros emocionantes, recheados de conversas sinceras e sem tabus. A partir de 10 de novembro, Angélica reabre as portas de sua casa para receber grandes nomes do universo masculino, que trocam sobre temas raramente abordados por homens, no Original Globoplay “50 & Uns”.
Angélica mostra lado ‘babão’ ao ver apresentação da caçula
Com todos os episódios disponibilizados de uma só vez na plataforma, o “Fantástico” exibe a versão reduzida a partir da data de lançamento. A produção também desembarca no GNT, com exibições semanais a partir de 12 de novembro, sempre às terças-feiras, às 22h45. Em cada episódio, três convidados debatem assuntos envolvendo sexo, corpo, família, poder e vida, criando pontes entre os universos masculino e feminino.
Entre os nomes, estão Antônio Fagundes, Gil do Vigor e Lázaro Ramos. Uma novidade promete deixar o papo ainda mais animado: ao final de cada episódio, todos são surpreendidos por uma participação feminina ilustre que, de forma remota, vem para aguçar ainda mais a curiosidade do público com perguntas nunca feitas antes.
Receba as Notícias de OFuxico em seu celular
Espaço para os homens falarem
Na coletiva de imprensa de “Angélica 50 & Uns”, na qual OFuxico esteve presente, compareceram Angélica, o diretor de conteúdo Chico Felitti e a diretora artística Isabel Nascimento Silva, que falaram da nova temporada e do conceito do programa de receber homens.
Angélica declarou: “É um projeto bem querido, pois vem de outro que era a comemoração dos meus 50 anos e virou algo além de uma comemoração. Conjunto da obra me impressionou muito. Quando vamos conversar com homens, pensavamos se eles estariam a vontade igual as mulheres, mas todo mundo estava disposto”.
“Porém, quando entendiam o tema, entravam no clima. Acredito que os homens queriam espaço para falar disso. Jonathan Azevedo abordou o assunto da adoção, que não se fala muito, Gil do Vigor teve o momento de coração aberto para falar da sexualidade ele de forma espontânea, o póprio Antônio Fagundes falando de sexo de forma brilhante sob um ponto de visita brilhante, pé no chão, do quanto o desejo é repimido sociqlmente. Cada um contribuiu de algum jeito de forma muito espontânea”, garantiu ela, primordialmente.
Convidados especiais
Em seguida, ela falou dos convidados: “A parte de convidar é um trabalho de equipe, é um quebra-cabeça Tem o que queremos falar, quais tópicos, a minha história então tudo tinha que estar muito encaixado. Eu e a equipe toda fomos escolhendo juntos, mas a parte mais complicada é formar esse grupo. Pensamos sobre esses três convidados também estarem seguros entre si, e terem opiniões diversas para discutir”.
“Alguns fiquei muito nervosa, Luciano [Huck] tava muito a vontade (risos), mas Ney [Matogrosso] teve seus desafio em falar de corpo, e eu como sou fã dele, fui ficando a vontande aos poucos. Fagundes admiro muito, nosso Minsitro Flávio Dino tivemos um cuidado especial. Todos o convidados foram especiais e recebemos com muito carinho, e todos falaram coisas bem legais”, contou ela, em suma.
“Eu estava no ambiente da minha casa, então me deixa mais à vontade numa possivel/suposta ‘opressão masculina’. Eu tinha esse receio, pois mulher conversa mais a vontade e o homem é mais sucinto. O tempo de entrevista de cada temporada é bem diferente. Mas a gente se preparou muito com as perguntas e montando os conviddos, e eu não me senti assim para que eles ficarem à vontade, e eu não podia estar na defensiva na minha cabeça, estava aberta ao que eles pudessem falar. […] Eu estava tão condicionada de deixar eses homens à vontade que só fluiu muito bem, sem falar que as mulheres que foram participações especiais entravam como uma reforço também”, Angélica completou posteriormente.
Convidadas especiais e mulheres ao poder
Aproveitando a citação às mulheres convidadas para uma participação especial, Angélica garantiu: “Só teve mulherão, todas foram incríveis. Elas participaram de um momento só, mas acompanhavam a entrevista toda”. Então, ela revelou quem foram: Erika Hilton (Poder), Paola Oliveira (Corpo), Cluadia Raia (Sexo), Tata Werneck (Família), Ana Maria Mraga (Vida).
“A ideia era que não tivessem mais mulheres além de mim, mas achamos que poderia ter esse reforço e perspectiva para os homens além de mim, e isso veio quando escolhemos os temas. Eram temas tão legais que queríamos as mulheres comentando e contribuindo para diversos assuntos. Todas poderiam ser um programa sobre cada tema, apesar de serem só uma participação especial”, contu a apresentadora, cuja equipe era majoritariamente feminina.
“Foi muito legal ver tantas mulheres em posições de liderança e funções que há alguns poucos anos não víamos elas ocupando”, afirmou a diretora artística Isabel. Em relação a Angélica comandar a atração om homens, Chico Felitti revelou: “Ela abre um dos temas falado de como é ser mulher no ambiente de trabalho e na sociedde, então também falamos do assunto além de viver”.
“Todas as aberturas servem como uma sessão de análise, vem como um desabafo meu do que quero falar. E a partir do momento que abro e o convidado já está ali, eles já entram no clima”, afirmou a loira. “É legal ver a reação dos convidados com você também, a construção de como o programa vai seguir depois disso”, reforçou Isabel.
Quebrando tabus com leveza
Em diversos momentos da coletiva, Angélica afirmou: “Homens mais esperto estão querendo conversar”. “[…] Detectamos algumas coisas no sentido de: da mesma forma que [mulheres] temos vontade de discutir determinados assuntos, os homens também têm, como sexo por exemplo. Eles têm medo de se abrir sobre certas coisas, e homens também sofrem com tabus na vida entimental, sexual, política… o machismo também prende os homens de falarem abertamente de algumas coisas”.
“[…] Achei interessante que alguns convidados tinham grupos no WhatsApp para falar de assuntos mais ‘tabus’ que eles não tinham coragem de falar abertamente. Achei interessante essa busca dos homens por informação. O feminismo é o desEjo de andar de igual para igual com os homens, e os mais espertos já perceberam isso. E eles têm muitas questçoes impostas pela Masculinidade tóxica”, prosseguiu ela em seguida.
Então, Angélica citou como gerar esse ambiente seguro para conversas: “Quando o convidado vem na minha casa, eu coloco minha opinião, o convidado se sente mais seguro para falar de determinado assunto, e coisas que nem sempre estão acostumados a falar. Um Tabu que não precisava ser, e ele está ai para podermos quebrar. É um momento especial da mídia e das mulheres em que estamos discutindo, podendo trocar, usar as redes não só para a fake news e sim informação”.
Levantando pautas para os fãs
“Muitas vezes, ao ver o programa, podemos gerar uma discussão e levar ee assunto para as pessoas, os cidadãos, seja política, sexo, saúde mental, questões esseciais para o povo”, completou a loira. Chico Felitti complementou: “Outra coisa desse programa é que foram abrodagens sensitivs que geraram coisas novas. Ver Gil do Vigor desabafando sobre a culpa que ele sentia pela sexualdiade, e Fagundes e Angélica dando espaço para ele e trazendo seu repertório par ajudá-lo. […] Um pôde usar a vivência do outro para se conectar e criar uma teia entre eles”.
“Criar conevrsas improváveis, afinal, as diferenças tem que unir a gente, e não seprarar. Temos muita gente que nem se conhecia e acabaram trocando, outro diferencial”, refletiu a apresentadora. Isabel ressaltou: “Tem encontros que são inesperados e acabam impresisonando. Tem muitos muitos marcantes e também divertidos, fica uma conversa”. Angelica falou: “Tem uma leveza, e as pessoas acabam se abrindo. Vemos pessoas completamente diferentes e de posições diferentes se encontrando”.
Momentos surpreendentes
Angélica logo passou a listar momentos em que se sentiu surpreendida: “Eu fiquei bem tocada com o Jonathan quando ele falou da vida de adoção e se emocionou muito, todos ficaram emocionados com ele. Temos pouca gente falando disso, e de adotados discutindo essa situação. Com o Gil ficamos com nózinho na garganta pela forma como a sexualdiade atravessou a vida dele e ele vem se resolvendo sobre isso”.
“O Ney emocionou também abrindo a situação dele da verginhas. Me impressionou na verdade, pois o vemos tão aberto no palco e ver ele falando de situações difíceis com o corpo dele que foram exorcizadas na arte. Tem outras situações de convidados não revelados, mas teve mais surpresa do que emoção. Me surpreendi muito com o que cada um falou, como Whindersson com o pai, que também choramos. Mas teve muitas surpresas e coisas diferentes”, disse.
Chico Felitti adiantou: Temos um momento maravilhoso envovlendo cachaça que ninguém esperava, foi de repente. […] Vocês vão ver lados de homens que vocês nunca viram e amam, e ainda vão conhecer um pouco mais dessa mulher que vocês amam tanto”. “Esse programa tem um propósito de colocar esses asusntos na mesa, e contribuir de alguma forma com o mundo. Cada um tem que fazer um pouco sua parte, e fizemos brilhantemente o ’50 & Uns'”, afirmou a loira, em suma.
“Fomos muito felizes o primeiro e o segundo, quem saae venha o terceiro. Mas foi um desafio na minha carreira em tanto tempo estar com esses convidados e com esses temas. Mas foi legal colocar esses homens para pôr assuntos importantes para jogo, ainda mais com a força desses homens e mulheres participando, além de ser um projeto cheio de carinho e coração”, concluiu Angélica, por fim.
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.