Bem-Vindos à Vizinhança: Conheça o caso real que inspirou a série
Por Redação - 21/10/22 às 08:00 - Última Atualização: 20 outubro 2022
Após o notável sucesso de “Dahmer: Um Canibal Americano”, série documental da Netflix, a rainha do streaming resolveu investir em mais uma série baseada em um crime real. Também criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, “Bem-Vindos à Vizinhança” chegou ao catálogo do serviço no dia 13 de outubro e foi a única capaz de substituir o título sobre Jeffrey Dahmer no primeiro lugar do Top 10 séries no Brasil desde o seu lançamento.
ENREDO
Ao longo de seus sete episódios, o título conta a história bizarra da família Brannock, que, ao visitar a 657 Boulevard, localizada em Westfield, Nova Jersey, nos Estados Unidos, fica completamente encantada pela casa, sendo essa tudo o que eles já haviam sonhado. E, mesmo que fosse muito acima do que eles podiam pagar, Dean e Nora sabiam que esta era a casa que eles queriam.
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Assim, Dean ficou praticamente obcecado com a residência. Determinado, ele sacou todas as suas economias e investimentos para comprar a casa, que tinha mais de 100 anos e se destacava como uma das mais luxuosas do bairro. No entanto, nem toda perfeição pode garantir felicidade e, para o azar da família, a sensação de sonho realizado estava com seus dias contados.
Por mais que a vida parecesse completamente normal na nova casa, os novos proprietários começaram a estranhar os seus vizinhos. Esses, não estavam nada felizes com a mudança da família Brannock e se orgulhavam de conhecer a casa melhor do que os próprios moradores. Apesar de notarem a peculiaridade dos demais habitantes, os Brannocks decidiram continuar na casa.
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Entretanto, eles foram surpreendidos com uma série de cartas ameaçadoras que começaram a chegar, uma após a outra, colocando a convivência da família no local em risco. Enviadas por uma entidade anônima, autodenominada “The Watcher”, as cartas se dirigiam à família Brannock, falando sobre o amor que o misterioso remetente sentia pela 657 Boulevard. Além disso, o desconhecido também contava que a casa era vigiada por sua família desde os anos 1920, e, agora, ele assumia esse papel.
Assim, o conteúdo das cartas passou a intrigar os Brannocks, que eram questionados pelo remetente sobre a história por trás das paredes da casa e a razão pela qual o porão ficou inacabado, dentre outras coisas relacionadas à residência. Desta forma, a série instiga o espectador com perguntas como: Por que o Sentinela iria querer que a família saísse da casa? Que segredos a moradia guardava?
CASO REAL
Como já mencionado anteriormente, assim como a série de Jeffrey Dahmer, “Bem-Vindos à Vizinhança” também traz para a ficção um crime que, de fato, aconteceu. Na vida real, os personagens do pesadelo eram Derek e Maria Broaddus, que compraram a casa, de mesmo endereço utilizado na série, em 2014. Poucos dias após finalizarem as negociações, o casal já recebeu sua primeira carta, que, também como no título da Netflix, eram assinadas pelo misterioso The Watcher.
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Segundo uma reportagem da New York Magazine, divulgada em 2018, a primeira carta dizia: “Querido novo vizinho no 657 Boulevard, permita-me dar-lhe as boas-vindas ao bairro. O 657 Boulevard tem sido o assunto da minha família há décadas. À medida que [a casa] se aproxima de seu 110º aniversário, fui encarregado de observar e aguardar sua vinda. Meu avô vigiava a casa na década de 1920 e meu pai na década de 1960. Agora é minha vez. Você conhece a história da casa? Você sabe o que está dentro das paredes do 657 Boulevard? Por que você está aqui? Eu descobrirei”.
Além disso, as cartas ainda continham informações sobre a família e, até mesmo, sobre a residência em que moravam antes de comprarem a 657 Boulevard. “Sua antiga casa era pequena demais para a família em crescimento? Ou foi ganância me trazer seus filhos?”, dizia uma das correspondências, que, mais tarde, também vinham com ameaças de morte direcionadas à família: “Talvez um acidente de carro. Talvez um incêndio”.
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Apesar de terem contatado a polícia, e até levado o caso para o FBI, as autoridades realizaram diversas investigações, mas não conseguiram descobrir a identidade do remetente que assombrava a família. Derek e Maria, por sua vez, assustados com o conteúdo das cartas, não se mudaram para o local e decidiram colocá-lo à venda. Em 2017, o casal, ainda na luta para encontrar um novo proprietário para a casa, encontrou uma pessoa que alugou a moradia, mas, depois de um tempo, também passou a receber ameaças do escritor.
Por fim, em 2019, a casa finalmente foi vendida por um valor muito inferior ao vendido para Derek e Maria. Hoje, os Broaddus vivem em uma casa na mesma cidade, sem endereço divulgado, com o objetivo de manter sua privacidade na nova moradia.
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