CCXP25: Selton Mello elogia diretor de ‘Anaconda’: ‘Me apresentou para o mundo’
Por Raphael Araujo - 07/12/2025 - 17:14

Selton Mello foi o grande homenageado da CCXP25, e como de prazer, ganhou um painel todo dedicado à sua carreira e vida. Aliás, ele chorou emocionado ao ser ovacionado no palco, estando muito honrado com o carinho do público.
“Atuar é usar a sua imaginação. Então eu sempre mantenho comigo esse menino, esse menino caminha comigo. É meu anjo da guarda, esse mini selton. Ele está sempre me relembrando coisas importantes quando eu tenho dúvidas, e tenho muitas” garantiu ele logo de cara sobre sua profissão.

“A gente empresta coisas nossas pros personagens, e os personagens nos ensinam também muitas coisas. Então a gente leva pra vida muita coisa. Aprendi com cada um deles. É louco esse trabalho nosso, porque a gente vive vidas, mais que um gato. Eu já morri inúmeras vezes, de várias formas, e aí a gente vem, a gente que nem o João Grillo, toca gaita e a gente nasce de novo. É um trabalho lindo. E vocês complementam o meu trabalho. Isso também acontece com os colegas”, completou em seguida.
“Quando estou mais feliz na vida, é quando a minha criatividade está borbulhante. E agora eu vivo um momento muito parecido dessa transição de ator para o diretor”, contou ele posteriormente, que falou de atuar em outros idiomas. “Isso é um momento da minha vida muito estimulante, porque tem um brilho no olho, assim, diferente, porque é novo, muito bonito.
“E assim, a criatividade está bem pulsante. Eu anunciei ontem, ontem que eu já não tenho a noção do tempo, um dos meus próximos filmes, que eu estou cuidando de dois filmes como diretor. Os dois estão com inspiração, não sei se eles estão por aqui, mas eu anunciei o primeiro deles, que é um sonho muito antigo de levar um conto que eu amo, que se chama O Alienista do Machado de Assis” revelou.

Oscar e sucesso internacional
Em dado momento, Selton Mello falou do sucesso internacional de “Ainda Estou Aqui”, filme que deu primeiro Oscar do Brasil: “Tudo foi muito comovente, desde a estreia em Veneza até que finalmente veio o Oscar do Brasil. Isso foi no meio do carnaval, e as pessoas mandando uns vídeos assim, inacreditáveis, vendo o Oscar na rua, exibindo o Oscar num prédio. Acho que foi o mais próximo que eu cheguei do que um atleta seja, do que é a Rebecca Andrade”.
“Quando eu cheguei no Brasil, as pessoas me aplaudiam na rua, eu entrava no restaurante, as pessoas levantavam e aplaudiam. É um negócio assim que eu nunca me esqueci. Isso é tão importante pro nosso cinema. Nosso reconhecimento, a gente se gostar, se reconhecer na tela. E abrir o caminho pros outros filmes que vieram. Então agora rumo ao Oscar de novo, filme do Kleber [O Agente Secreto], e tantos outros, e tantos outros grandes filmes que a gente não para de fazer e que a gente não pare mesmo, porque não pode parar essa onda. […] Esse filme abriu os olhos do mundo para os nossos talentos. E foi um negócio muito comoventes. E agora temos um Oscar para chamarmos de nosso”, descreveu.
Aliás, ele vai fazer algo que sempre fez com estrelas de Hollywood com o lindo filme “Anaconda”: “Fui dublador durante a minha adolescência, dos 12 até os 20 anos, uma parte muito importante da minha vida. E eu passei toda a adolescência dublando filmes como esse, com atores americanos. A vida é muito bonita porque ela deu uma volta completa e agora estou eu num filme dessa grandeza, e eu fui agora me dublar no filme. E isso foi muito comovente. Porque naquela época, a minha vida era muito bonita igual agora”
A importância de Anaconda
Para falar mais propriamente de “Anaconda”, Selton Mello rasgou elogios ao diretor do filme, Tom Gomircan: “O trabalho do Tom é incrível, porque ele conseguiu uma coisa muito difícil que é misturar gêneros. Isso é uma coisa que exige um manejo muito brilhante. É difícil fazer isso. O filme é uma grande aventura, cheia de ação, muito engraçado, claro, com temor, com medo, com susto e sabe o que mais? Emociona, porque no final das contas é a história de amigos que sonham em fazer um filme. Então também, por isso que é um filme de Natal. Então ele tem muitas camadas. E isso só um grande diretor consegue fazer”.
Os bastidores foram bem receptivos e até torceram pelo Oscar lá: “Claro que dá nervosismo, mas era tão agradável, as pessoas me receberam tão bem. Aliás, eu estava na campanha pro Oscar, então estava todo mundo torcendo por mim muito, acompanhando tudo. Aliás, a Sony proporcionou ali uma sessão pra equipe, pro elenco, aí a gente assistiu juntos, tudo muito bonito, foi uma grande honra. E isso vai pra tela. Quando você tem esse ambiente assim, é um ambiente favorável pra você fazer um trabalho melhor”.
Por fim, Selton Mello rasgou elogios a todos: “Tom é o cara que está me introduzindo para o mundo, e isso é uma coisa gigantesca, que muda a minha vida completamente, e eu sou eternamente grato a esse cara que me escolheu pra fazer esse trabalho. […] Eu amei todo momento, com o Jack, com o Paul, esses caras se tornaram, o que eu acho, amigos de vida. Com esses caras, foi realmente uma experiência especial. Eu amei eles”.
Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.

























