Woodstock 99: bastidores de festival caótico ganham série documental

Por - 04/08/22 às 15:00

arte psicodélica de palco do festival woodstock de 1999Reprodução/Instagram @the_universe.is.8

O festival de Woodstock pode até ter começado em 1969 como um evento musical criado para defender a paz, o amor e a liberdade, e ao longo de três dias, marcou a história da música para sempre, sendo lembrado como um dos maiores acontecimentos do século XX.

Todavia, a edição de 1999 acabou ficando marcada por motivos completamente diferentes, e esta edição ganhou, na quarta-feira, 03 de agosto, uma série documental pela Netlfix, mostrando os bastidores caóticos do evento, que revoltou o público por sua completa desorganização.

Com direção de Tim Wardle, o documentário conta com imagens de arquivos do evento e relatos de artistas que se apresentaram nos palcos do festival, assim como de quem estava por trás nos bastidores e de gente que frequentou o lugar como público. Lembrando que o Woodstock 99 contou com incêndios, assédios sexuais, casos de violência, destruição do cenário e pessoas “agindo como animais”.

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“O que fez com que o festival se entregasse à violência? Aquilo foi um produto da disfunção social do final dos anos 90, impulsionado por jovens imaturos? Das músicas agressivas de bandas como Korn, Limp Bizkit e Rage Against the Machine? Ou o resultado inevitável da exploração comercial sem noção dos organizadores do festival?”, afirmou o produtor executivo Tom Pearson sobre “Grandes Fracassos: Woodstock 99”.

“O festival de Woodstock de 1969 prometia paz e música. Mas na edição de 1999 foram dias de tumulto, violência e danos reais. Por que tudo deu tão errado?”, afirma a sinopse da Netflix para a série documental.

RELEMBRE ACONTECIMENTOS DO WOODSTOCK 99

A edição de 1999 do Woodstock planejava comemorar 30 anos da edição original do evento, acontecendo em Nova York. Porém, o que era um início de um sonho deu tudo errado, com o evento marcado por desconforto, calor, perigo e a falta de. Após diversas revoltas dos fãs, mil pessoas precisarem de atendimento médico e geraram até uma morte.

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Além dos perrengues já citados, o festival foi marcado por não ter banheiros ou bebedouros suficientes, que rapidamente inutilizados, sem falar de água e alimentos eram vendidos a preços astronômicos e a distância entre os palcos, que chegava a 2 km. Com a falta de lugares com sombra disponíveis, o a plateia ainda sofreu com o calor de mais de 40º C enquanto estavam amutuados e com muita gente reunida em um mesmo espaço.

Para se hidratarem, as pessoas quebraram canos para desviarem água para hidratação durante o show da banda Limp Bizkit. Já no show de Red Hot Chili Peppers contou com focos de incêndio, enquanto a apresentação de Rage Against the Machine contou mais destruição. Na performance do Metallica, David DeRosia passou mal devido ao calor e morreu dois dias depois por hipertermia, mesmos sendo levado ao hospital. Entre os relatos, quatro estupros coletivos foram relatados e aconteceram no meio da multidão.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.