‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ acerta no desenvolvimento e constrói futuro da Marvel
Por Redação - 15/05/22 às 09:00 - Última Atualização: 14 maio 2022
(Essa matéria contém spoilers!)
“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” era com certeza um dos filmes mais esperadas deste ano para ser lançado nos cinemas, mergulhando mais uma vez na narrativa construída pelo Marvel Studios em relação ao multiverso, que nada mais é do que um conjunto de universos que coexistem ao mesmo tempo. Todavia, com a chegada do longa (que bateu RS450 milhões em sua estreia), diversas questões foram levantadas, seja acerca da qualidade do filme em si (assim como as expectativas do público para o longa) e de como ele impactará o futuro da Marvel nos cinemas em relação aos personagens e história.
Por conta disso, OFuxico fez uma crítica do filme (analisando seus pontos positivos e negativos de maneira técnica) e também teorizou o futuro dos principais personagens no longa. Confira!
CRÍTICA DO OFUXICO
Atuações
Os destaques de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura com certeza são Benedict Cumberbatch e Elizabeth Olsen, que conseguem espremer todo o suco de seus respectivos personagens.
Benedict mostra que sabe o que está fazendo a todo o momento e se entrega 100% a ‘seriedade debochada’ clássica de Stephen Strange. O segundo filme do mago se aprofunda ainda mais nos sentimentos de Stephen, aspecto que Benedict soube navegar perfeitamente.
Foi bom ver que mesmo no meio de toda a loucura envolvendo o Multiverso, cenas que mostram como o protagonista está lidando com a perda da mulher da sua vida. Isso tudo fica ainda mais interessante quando o mago descobre que existem outras versões de Christine por aí, sendo uma delas a sua maior parceira durante o desenrolar da história. E não poderia alguém melhor para retratar a confusão de um gênio como Benedict Cumberbatch.
Elizabeth Olsen por outro lado se entrega a uma loucura materna que levou o cinema ao delírio. A atriz comprou completamente a briga de sua personagem e transmite os diversos sentimentos de Wanda Maximoff sem nem se esforçar.
O olhar de Elizabeth penetra o espectador e cria um laço de empatia com a personagem que poucos artistas conseguem fazer. Olsen convence tanto que por muitas vezes durante o filme você mesmo questiona se as ações desastrosas da Feiticeira Escarlate não tem um certo sentido.
A Feiticeira Escarlate
O final de WandaVision trouxe o nascimento da Feiticeira Escarlate, o ser mais poderoso até o momento no MCU. Wanda Maximoff conquistou o público com sua série e conseguiu a proeza de manter grande parte dele após enlouquecer e sair destruindo universos.
Quem é fã de carteirinha da Marvel espera há anos a entrada da Feiticeira Escarlate no Universo Cinemaográfico da Marvel. Então foi absolutamente incrível ver a loucura e o desiquilíbrio clássicos de Wanda sendo retratados nas telonas.
Se antes havia alguma discussão de quem é o Vingador mais forte, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” veio para definir de uma vez por todas que ninguém é páreo para a Feiticeira Escarlate.
Terror
Que divertido foi tapar os olhos e os ouvidos por sentir medo em um filme da Marvel. O diretor Sam Raimi faz seu nome brincando com elementos sobrenaturais em um filme de super-heróis.
A cada momento que você pula da cadeira, entende exatamente de onde veio a referência. Os amantes de filmes de terror vão se divertir tomando sustos e ficando de boca aberta ao ver cenas como a Feiticeira Escarlate quebrando todos os ossos do corpo e se rasgando para sair da dimensão espelhada.
Jogo de Câmera
Um dos ponto negativos do filme foi a escolha dos planos para representar embates que, na essência, eram para ser grandiosos. Sam Raimi parece que não gosta do zoom e se afasta demais em lutas que poderiam ser bem melhores representadas.
Quando se faz um filme totalmente baseado em magos e feitiçaria, se espera lutas cheias de cores e cortes de câmeras diferentes, que levem o público para dentro da tela e passe o sentimento de magia que todos esperam, o que acontece pouco no segundo filme do Doutor Estranho.
Roteiro
Doutor Estranho conseguiu iniciar, desenvolver e finalizar a história que propôs, mas isso não significa que realizou isso de forma correta. Existem pontos no filme que parecem terem sido escritos por roteiristas que acordaram com preguiça de viver, ou que simplesmente não conhecem a Marvel.
América Chavez (Xochitl Gomez) passa o filme todo sem entender a complexidade de seus poderes, até que recebe algumas palavras de motivação do Dr. Estranho e magicamente se torna uma profissional. Pelo amor!
A facilidade para a destruição do Darkhold e do Vishanti também são pontos doloridos de engolir. Como pode dois dos livros mais poderosos do Multiverso serem destruídos por uma faquinha e uma rajada de magia?
A luta dos Illuminati foi curta, o que incomodou muita gente, mas o filme nunca foi sobre o grupo, e sim sobre o Doutor Estranho e Wanda Maximoff. O que pode sim ser criticado foi o jeito que a luta se desenrolou. Primeiro temos o considerado ‘homem mais inteligente do mundo’ simplesmente atacando uma feiticeira sem nenhum plano, e depois a Capitã Marvel (Lashana Lynch), que tem como um dos poderes mais marcantes a durabilidade, morrendo após ser esmagada por uma estátua.
Expectativas
O maior inimigo do filme foi a expectativa criada pelo público. Sendo um filme feito para fãs raízes da Marvel, era de se esperar que esse público ficasse criando mil e uma teorias para o desenrolar da trama. Todo mundo que entrou pelo menos uma vez na internet neste último ano, viu algum ‘vazamento’ de personagem confirmado em Doutor Estranho, e chegar no cinema e ver que esse tal personagem não aparecesse nem por um segundo, é decepcionante.
O pensamento ideal para ver ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ é saber que a história foca no desenvolvimento de Wanda e Stephen, e nada mais.
Porém, comprando um pouco a briga dos fãs, a Marvel poderia ter utilizado uma das cenas pós-créditos para mostrar América e Strange viajando pelo Multiverso e vendo rapidamente rostos já conhecidos pelo público.
FUTURO DOS PERSONAGENS
Stephen Strange/Doutor Estranho
Já falamos do que achamos do filme, então bora imaginar o que o futuro aguarda para nossos personagens queridos, começando pelo grande protagonista que tem seu nome carregado no título.
Como dissemos antes, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” desenvolve bem Stephen Strange, que após se mostrar extremamente arrogante no início de seu primeiro filme, aqui ele já está mais evoluído, mais solidário e extremamente disposto ajudar os outros, assim como fez com América Chavez.
Agora que teve um contato direto com outros universos e entendeu o que levou suas variantes a se perderem, o Mestre das Artes Místicas pode fazer escolhas diferentes, como ele demonstrou ao não matar América e respeitar melhor Wong (Benedict Wong) como mago supremo.
E não podemos esquecer que um terceiro olho surgiu em sua testa, significando que o Darkhold o corrompeu minimamente, mas isso pode ser uma abertura para ele entender mais de magias proibidas, assim como queremos ele ainda mais poderoso em suas habilidades (e quem sabe virando o Mago Supremo definitivamente).
Wanda Maximoff/Feitceira Escarlate
Gostando ou não, Wanda foi a verdadeira vilã desse filme, unindo seu desejo de se encontrar com os filhos em outro universo mais a corrupção do Darkhold, tornando, como já mencionamos, a Feiticeira escarlate imparável.
Entretanto, a alma dela sempre foi boa, e ao finalmente notar que estava agindo de forma imprudente e vil, a bruxa se arrependeu de seus atos, se sacrificando com o Castelo do Darkhold ao destruí-lo, além de apagar da existência o livro dos condenados em todo o multiverso.
Mas sejamos sinceros: alguém realmente acredita que a personagem morreu? Nós não! Mesmo que ela fique “na geladeira” por um tempo, já estamos ansiosos por seu retorno, que pode acontecer de duas maneiras: uma vindoura adaptação da “Cruzada das Crianças” (mais detalhes abaixo) ou ela estando treinando com Agatha Harkness (Kathryn Hahn), que nos quadrinhos, é sua mentora me magia e protagonizará a vindoura série “Agatha: House of Harkness”.
América Chavez
A personagem nova de maior destaque foi América Chavez, personagem única me todo multiverso que possui a capacidade de viajar por ele abrindo portais, e ao final do longa, ela fica em Kammar-Taj como aprendiz de feiticeira.
Por isso, esperamos que ela esteja avançando em seus estudos quando voltar a aparecer futuramente, assim como dominando seus poderes pessoais de forma mais plena e natural, já que no filme vimos isso de maneira apressada.
Também esperamos que um dia ela finalmente encontre suas duas mães, que podem estar vivas e perdias pelo multiverso, além de que queremos a jovem presente na futura adaptação dos Jovens Vingadores para as telonas.
Billy e Tommy Maximoff (ou seria Kaplan e Shepard?)
Mesmo aparecendo pouco, foi desde “Wandavision” que os pequenos Billy (Julian Hillard) e Tommy (Jett Klyne) conquistaram o coração do público, e forma a principal motivação de Wanda a querer poder viajar pelo multiverso, afinal, eles não existem mais na realidade principal do Marvel Studios.
Ou será que existem? Pois bem, nos quadrinhos, de maneira similar, os filhos de Wanda Maximoff também deixam de existir, mas suas almas/essências acabaram reencarnando/incorporando (esse ponto nunca foi bem explicado, e apesar de ser chamado de reencarnação, a passagem de tempo não faz sentido) em dois jovens também chamados de Billy e Tommy, mas que vivam em famílias separadas.
Em dado momento das HQS, Billy Kaplan, “dono de poderes eletrocinéticos que depois são descobertos parte de poderes mágicos, como visto na série do Disney+) é chamado pelo Rapaz de Ferro para integrar os Jovens Vingadores (equipe que sempre pertenceu e conheceu seu atual marido, Teddy Altman/Hulkling), e durante as aventuras da equipe eles recebem a ajuda de Tommy Sheperd, um velocista de cabelos brancos (como de Pietro, irmão de Wanda) cuja aparência é similar à de Billy.
E se isso também aconteceu nos cinemas, e ao desfazer Westview, as almas dos garotos foram parar em novos corpos? Ah, aliás, no mencionado anteriormente arco “Cruzada das Crianças”, Billy e Tommy descobrem ser filhos da Feiticeira Escarlate, e ao lado dos Jovens Vingadores, vão atrás dela, que está desaparecida, igual no filme. Tudo se encaixa, não é mesmo?
Vale ressaltar que, aos poucos, os Jovens Vingadoes estão sendo introduzidos nos cinemas e séries, sendo eles (além dos gêmeos), em ordem de aparição: Cassie Lang (filha do Homem-Formiga), Patriota, neto de Isaiah Bradley, Kid Loki, Kate Bishop e América Chavez, com espaço para Rapaz de ferro E Hulkling ainda darem as caras em breve.
Wong e Clea
Ufa, o último item teve muito a ser dito, mas não acabamos! Para fechar a lista com chave de ouro, vamos falar de dois personagens extremamente importantes do núcleo do Doutor Estranho: Wong e Clea (Charlieze Theron, introduzida na cena pós-créditos).
Em relação ao atual mago supremo da realidade dos filmes, esperamos que ele continue demonstrando o porquê de estar neste cargo, como sua experiência em magia e seus variados conhecimentos, além de mais momentos em que ele demonstre seu potencial de liderança, que nem no ataque a Kammar-Taj.
Quanto a Clea, aqui vai uma rápida descrição da personagem para quem não a conhecia antes: ela é o principal par romântico do Doutor estranho nos quadrinhos, além de ser nativa da Dimensão Sombria, aquela dominada pro Dormammu no primeiro filme. Aliás, ela é sobrinha dele!
Como visto, ela pediu a ajuda de Stephen para lidar com uma incursão (quando dois universos se colidem e ao menos um deles é destruído), abrindo um portal para a Dimensão Sombria. De imediato, queremos uma rápida explicação do que de fato aconteceu e a levou a pedir ajuda ao nosso mago favorito, assim como a revelação de suas origens.
E com o passar dos anos, queremos ver nas telonas o romance entre Clea e estranho se desenvolvendo, chegando a quem sabe rolar um casamento, além de ela tomar posse como Maga Suprema da Dimensão Sombria ou até mesmo da Terra, como nos quadrinhos mais atuais. Em resumo, queremos Clea mostrando o quão incrível ela é!
E você, o que achou de “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”? E o que você espera para os personagens citados aqui no futuro da Marvel nos cinemas?
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