‘Eclipse’ acerta no suspense crítico-social de atmosfera subjetiva

Por - 25/10/2025 - 06:00 - Última Atualização: 3 novembro 2025

cena do filme eclipseFoto: Reprodução/Instagram @eclipseofilme

À convite da Sinny Comunicação, OFuxico pôde, durante a 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, conferir ao filme “Eclipse”, e vem contar suas impressões sem spoiler. Dirigido por Djin Sganzerla, que também protagoniza o longa, completam o elenco Sergio Guizé, Lian Gaia, Selma Egrei,Helena Ignez, Luís Melo, Clarisse Abujamra, Gilda Nomacce, Pedro Goifman.

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Na trama, Cleo (Djin Sganzerla), astrônoma de 43 anos e grávida, se surpreende com a visita de sua meia-irmã Nalu (Lian Gaia), de 27 anos, de origem indígena, que revela um segredo perturbador, despertando memórias fragmentadas em Cleo. Com uma estranha conexão com uma onça, Nalu quer e irá desestabilizá-la.

Semanas depois, Cleo descobre atividades suspeitas no computador do marido, Tony (Sérgio Guizé). Com habilidades tecnológicas adquiridas ao ajudar seu antigo chefe a espionar celulares de funcionários em uma fazenda, Nalu ajuda Cleo a investigar Tony, que esconde um passatempo sombrio, enquanto mergulham nas entranhas da Deep Web.

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Suspense de tirar o fôlego

“Eclipse” é um baita thriller/suspense de tirar o fôlego. Desde que o filme começa, sentimos a tensão em tela, sensação de que algo não está certo, mesmo que algo importante ainda vá ser revelado. Aliás, os primeiros minutos se dedicam a entrarmos nesse mundo e entendermos o status quo que se balançará até o fim da trama.

A entrada de Nalu, inclusive, é envolta de mistérios tal qual sua personagem, e depois vamos entendo mais dela e seus objetivos. E é dessa personagem singular que a síntese e significado de “Eclipse” será passado, metafórica ou literalmente, mesmo que o centro da história seja Cleo.

Djin Sganzerla, além de saber conduzir a história de forma coerente com a proposta, consegue impor na protagonista uma atuação cheia de camadas. Vamos entendo a todo instante o que Cleo está sentindo. E também vamos tendo as mesmas dúvidas e questões da astrônoma, assim como as dificuldades dela de entrar em contato com a nova realidade que lhe assombra. Destaque também a Sérgio Guizé!

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Por fim, as sequências finais são extremamente satisfatórias. Não apenas pela boa direção, mas por passarem tão bem a mensagem de “Eclipse” e o que de fato ele quer contar ao público. Porém, o que mais tenho a dizer é que gostaria de ter visto a conclusão de certos personagens de forma mais definitiva. Nem todas as conclusões estão no nível da de Cleo. Todavia, o final mais fraco não diminui jamais o restante do filme.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.