‘Fate: A Saga Winx’ tem segunda temporada mais fiel e eletrizante
Por Murilo Rocha - 25/09/22 às 09:00 - Última Atualização: 23 setembro 2022
(Contém Spoilers)
Somos invencíveis! As Winx ganharam um live-action com uma adaptação baseado na série clássica, em 2021, o nome? “Fate: A Saga Winx” nos apresentou as nossas queridas fadinhas Bloom( Abigail Cowen), Stella (Hannah Van Der Westhuysen), Aisha (Precious Mustapha), Musa (Elisha Applebaum), e uma nova integrante para esta adaptação: Terra (Elliot Salt). A primeira temporada introduziu o universo de “Outro Mundo”, um local onde criaturas perigosas e mágicas habitam, bem como a conceituada escola de fadas e especialistas Alfea fica localizada. Bloom é enviada para lá após uma descoberta acidental de seus poderes: Não sabendo como controlar, ela colocou fogo na casa e quase matou seus pais adotivos, Mike (Josh Cowdery) e Vanessa (Eva Birthistle). Neste mundo, as meninas começam a desenvolver uma amizade umas pelas outras, e desbravar os segredos de um mundo totalmente misterioso.
RECAPITULANDO O FINAL
Bloom descobre sua origem: Aster dell, um reino abandonado e que deu origem á uma perigosa rixa entre fadas e bruxos, os Bruxos de Sangue. Com a ajuda de Beatrix( Sadie Soverall), uma fada sombria que joga pelos seus princípios, Bloom descobre que houve uma espécie de chacina, onde os moradores de lá foram mortos e transformados em Queimados. Misteriosamente, a ruiva consegue liberar todo seu poder, com a ajuda de Aisha e Stella, e se transformar em uma fada extremamente poderosa. Acontece que, diferente do desenho, aqui as fadas não conseguem se transformar há muito tempo, um segredo guardado até a segunda temporada.
Ao final, a diretora Rosalind (Lesley Sharp/Miranda Richardson), que estava presa em estase mágica por representar uma ameaça, é solta, pois, conseguiu guiar Bloom a usar seus poderes e canalizar contra a barreira que a prendia. Ela mata a diretora vigente, Farah Dowling (Eva Best), revelando que Bloom, na verdade, não é apenas uma fada do fogo, mas, sim, dominadora da Chama do Dragão, e se une a mãe de Stella, a Rainha Luna de Solaria ( Kate Fletwood), e ao treinador dos especialistas Andreas (Ken Duken), o pai adotivo de Beatrix. Um regime semimilitar consome Alfea.
MAGIA É AQUI MESMO!
A segunda temporada de “Fate: A Saga Winx” começa com a morte de uma fada, e o desaparecimento de outras fadas, masculinas e femininas. Ninguém consegue entender, mas, as meninas desconfiam que Rosalind está por trás e sugando o poder delas. Duas criaturas misteriosas aparecem: Uma figura vestida em preto, e uma criatura que parece um verme, com dentes, e que ataca fadas indefesas. Para começar, a união das meninas é fabulosa do começo ao fim, dando aquela sensação de estar realmente vivendo uma aventura ao lado delas. Todas são peças principais, nenhuma delas fica sendo uma coadjuvante. Em relação a primeira temporada, aqui os laços estão estreitos, as meninas mais unidas, e muitos momentos a magia é presente nestes pequenos detalhes. Aqui, as meninas descobrem que se transformar não é tão longe da realidade. Farah volta para ajudar as meninas e socorrer Bloom, que estava acreditando ser uma ameaça global. Ela volta rapidamente, em uma cena que referência o reencontro da fada do fogo com sua irmã Daphne, para dizer as meninas: Ela e Rosalind estavam erradas. Emoções não precisam ser contidas ou exacerbadas, elas precisam ficar equilibradas, e só assim a transformação ocorrerá. A despedida é de cortar o coração.
Faltavam apenas duas Winx originais: Tecna e Flora. Agora falta apenas uma. Flora deu as caras, como a prima de Terra, e rapidamente foi inserida no grupo. Além de ser muito inteligente, a personagem foi moldada a partir do desenho original, sem tirar, nem por: Ela é otimista, romântica, inteligente, amiga, e dramática de vez em quando. Mas, acima de tudo: Ela é uma verdadeira amiga. Sem seu sacrifício, que quase custou sua vida e seus poderes, talvez nem teríamos uma boa expectativa para as meninas.
REFERÊNCIAS EM TODO CANTO
Desde o começo, ou, em toda a adaptação de algo muito conhecido, a gente espera acontecimentos parecidos, ou momentos que nos lembrem a razão daquilo existir. Claro, é quase impossível encher de Glitter e roupas brilhantes as transformações em algo que tem por objetivo trazer uma perspectiva fantasiosa, porém, adulta. Então, isto não muda nesta temporada. Porém, todas as referências aqui são de “explodir a cabeça”. No primeiro momento, a amizade das meninas é algo que já é referência em si, pois, no desenho original, as Winx são unidas, independente do que aconteça. Ideias ruins, ideias boas, ideias péssimas…. Todas elas são boladas juntas, e todas são aceitas. Aqui não é diferente.
Outros dois pontos que são completamente paralelos ao desenho: Casais. Ok, Bloom e Sky já era algo representado, mas, Riven e Musa nem sequer existia, e aqui, ao final, é mostrado que aquela sementinha de amor é criada, concebida, e que os dois podem protagonizar um futuro relacionamento. Quando Musa perde seus poderes e Riven a trás no colo, é uma refêrencia exata ao desenho, em um momento que aconteceu algo parecido, mas, não envolvia perda de poderes. Outra coisa que nasceu aqui foi Flora e Aisha. Desde a introdução da fada das águas na segunda temporada do desenho, as duas se tornaram amigas próximas imediatamente. E aqui não é diferente, inclusive, quando Aisha está se apaixonando por Gray, seu interesse amoroso aqui, Flora a aconselha a se entregar sem medo. Uma cena que aconteceu lá no desenho, quando ela conhecia Naboo, o seu amor.
O vilão não podemos deixar de citar. Embora o primeiro nome seja Sebastian, sua revelação completa vem quando a Rainha Luna conta de uma tragédia, envolvendo uma explosão de poder de Bloom, e a morte de uma personagem, ela cita: Valtor (Eanna Hardwick). Para os amantes do desenho, este nome não é nem um pouco estranho. Ele foi um Bruxo, derrotada pela Companhia da Luz ( citada em um episódio na série também), que tinham, além de três grandes diretores, os pais biológicos de Bloom. Anos depois, ele volta para se vingar, e sugar a energia mágica de artefatos, para se tornar um bruxo mais poderoso do que nunca. E aqui é quase isso, a diferença é que ele é quem é o dono das “simpáticas” criaturas: Os Raspadores. Seu objetivo é claro: Ele quer a chama do Dragão de Bloom, e só pode ser dada por ela.
Também podemos “chamar o Samu” para os fãs das Trix. Bryan Young, criador da série, já confirmou que planeja trazer as irmãs bruxas no live-action. E elas são referenciadas quando Beatrix, que se parece muito com Stormy, diz que tem duas irmãs. Rapidamente, os fãs já apontaram: Icy e Darcy estão vindo aí, pois, o passado de Beaxtrix é revelado de certa forma, e as suas irmãs podem ser as tão queridas bruxas.
TERCEIRA TEMPORADA
Embora a Netflix ainda não tenha oficializado, a série está se mantendo no top 1 das mais assistidas. O elenco está mais do que confirmado na Comic Com San Diego, e pode rolar lá a oficialização. No final, temos aquela cena maravilhosa de mais três fadas se transformando. Ao derrotar Valtor, as Winx comemoram, mas, nem tudo são flores: Bloom foi para o reino das sombras, e lá, ela encontra uma figura misteriosa, que pode ser sua mãe. O objetivo dela é fechar o portal que o vilão abriu, e que causa temor em Alfea, já que ameaças podem sair de lá, bem como aparece rapidamente uma sombra, uma entidade que pode ser a grande ameaça da temporada.
Outras expectativas são: Tecna. Ela é a última Winx que falta aparecer. Com a confirmação das bruxas, podemos esperar que a fada da tecnologia dê as caras, talvez dominando a eletricidade. E uma das outras coisas que queremos é: Mais transformações. É inegável o salto de qualidade da série de uma temporada para outra, principalmente no momento do “Magia Winx”. Aqui a história é mais amarrada, Bloom segue sendo o ponto que une todos os arcos, e os visuais estão melhores. Temos representatividade a rodo, com Terra se revelando lésbica, e um trisal sendo mais explorado. Esperamos que a magia e a amizade das meninas sejam sempre levadas desta maneira, com as meninas cada vez mais unidas, e se apoiando, demonstrando todo o verdadeiro espírito Winx.
NEM TUDO É MAGICO
Em alguns momento é claro que Brian Young, o showrunner da série, ouviu os apelos dos fãs. Os figurinos estão muito melhores e mais joviais. Os efeitos até que são melhorados, mas, podem estar mais intensos e mais presentes nas próximas temporadas. Agora, baseado apenas em opiniões totalmente pessoais, a série tem uma leve mania de colocar trilhas sonoras em todos os acontecimentos, e ainda acho que a transformação das meninas teria um outro viés se a música fosse composta para este momento, não apenas uma música aleatória para deixar o momento mais “mágico”. Claro, pedir que adicionem figurinos brilhantes, e total fidelidade a magia é quase impossível, isso deve ser dito. Mas, em alguns momentos, a série pode ficar mais interessante se alguns cuidados forem tomados.
Outro ponto que pode melhorar: Para quem ama o desenho, é impossível não lembrar as N vezes que a Chama do Dragão foi reverenciada. Aqui ela é quase uma entidade. É poderosa, vimos a capacidade de seu estrago, se cair no descontrole. Mas, da onde vem? Porque vem? Porque nada supera? Se estivéssemos falando no final de uma temporada teste, ainda é entendível, mas, aqui estamos na segunda temporada, que, embora seja mais coesa, intensa, e mais mágica, tem seus deslizes. Esperamos que a “Magia Winx” seja renovada, e traga ainda mais conteúdo para um universo enorme como este.
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Em formação no Jornalismo pela UMESP. Escreve sobre cultura pop, filmes, games, música, eventos e reality shows. Me encontre por aí nas redes: @eumuriloorocha