Governo censura comédia de Danilo Gentili e plataformas reagem
Por Redação - 15/03/22 às 17:05
Conforme OFuxico noticiou, vários perfis de simpatizantes e representantes do governo Bolsonaro atacaram os apresentadores e humorista Danilo Gentili e Fábio Porchat, associando-os à pedofilia devido ao filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, lançado em 2017, disponível no catálogo da Netflix. A plataforma de streaming também foi alvo de críticas.
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Nesta terça-feira, 15 de março, o Globoplay e o Telecine reagiram mal a determinação do Ministério da Justiça e Segurança Público que decidiu que a comédia de 2017 seja retirada. A plataforma de streaming afirmou, em comunicado, que não irá retirar a obra de seu catálogo. Segundo o jornal O Globo, o não cumprimento da medida pode resultar em multa diária de R$ 50 mil, como determinou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, com base em dados da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
No longa-metragem, Bernardo (Bruno Munhoz) e Pedro (Daniel Pimentel) são estudantes e enfrentam as clássicas tarefas de cumprir as obrigações escolares, tirar boas notas, ter bom comportamento e cumprir as regras da escola, cada vez mais elaboradas graças ao diretor Ademar (Carlos Villagrán). Frustrados, Pedro acaba encontrando um diário de como provocar o caos na escola sem ser pego, o que leva os dois amigos a seguirem as dicas do caderno.
Leia o comunicado do Globoplay e Telecine:
“O Globoplay e o Telecine estão atentos às críticas de indivíduos e famílias que consideraram inadequados ou de mau gosto trechos do filme ‘Como se tornar o pior aluno da escola’ mas entendem que a decisão administrativa do ministério da Justiça de mandar suspender a sua disponibilização é censura. A decisão ofende o princípio da liberdade de expressão, é inconstitucional e, portanto, não pode ser cumprida.
As plataformas respeitam todos os pontos de vista mas destacam que o consumo de conteúdo em um serviço de streaming é, sobretudo, uma decisão do assinante – e cabe a cada família decidir o que deve ou não assistir. O filme em questão foi classificado, em 2017, como apropriado para adultos e adolescentes a partir de 14 anos pelo mesmo ministério da Justiça que hoje manda suspender a veiculação da obra”.
DANILO GENTILI SE POSICIONOU
Assim que toda a polêmica começou, na segunda-feira, 14 de março, Danilo rebateu as acusações. O contratado do SBT afirmou que sente “orgulho” de ter conseguido “desagradar” e citou o “falso moralismo”. O filme é baseado no livro homônimo escrito por Danilo Gentili.
Fábio Porchat conversou com o jornal Metrópoles e também se defendeu: ““Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas.”
“O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorrah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim”, pontuou Porchat.
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