Produtor explica razão para trocar gênero de personagens de Eternos

Os fãs estão esperando ansiosos o lançamento de “Eternos”, mas ainda estão se questionando por que a Marvel decidiu mudar os gêneros de Ajak e Sprite. Em uma entrevista com o site Screenrant, o produtor de Eternos, Nate Moore, explicou o motivo de trocarem o gênero dos personagens, interpretados por Salma Hayek e Lia McHugh, respectivamente, que originalmente eram homens nos comics.

Moore disse à revista The Hollywood Reporter que foi uma decisão que fez mais sentido para a história:

“Foi uma narrativa que fez sentido, e criou uma dinâmica mais interessante. Ajak nos quadrinhos é o conduíte dos Celestiais. Ele é um personagem meio grosseiro, então achamos que ele deveria ser mais líder, e honestamente não existem muitas mulheres que são líderes”, explicou.

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Ele acrescentou: “Ajak parecia muito ter raízes mais aztecas. Queríamos alguém dessa região para isso, então nas negociações, fez mais sentido trocar o gênero dele. Salma Hayek foi brilhante”, justifica.

Conversando sobre a personagem Sprite, Moore acrescentou: “Sprite, o menino que nunca cresce, é algo que vemos muito. A menina que nunca cresce parece uma ideia nova, então essas conversas criativas criaram um equilíbrio que achamos interessante”, comentou.

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NO COMEÇO, SALMA NÃO FICOU EMPOLGADA COM O PAPEL

Salma Hayek é uma das atrizes do filme “Eternos” (Eternals), da Marvel, que estreia em novembro nos cinemas. E em entrevista à revista Entertainment Weekly, a atriz mexicana de 54 anos confessou que não ficou nada entusiasmada quando foi convidada para interpretar Ajak no longa.

Inicialmente Salma pensou em recusar o papel da líder do grupo de super-heróis Celestials. Ela relembrou:

“Eu disse, ‘Esquece’ [risos]. Lembro-me de dizer: ‘Deus sabe que tipo de vovó eles querem que eu interprete.’ Estou acostumada a ouvir que serei a figurante ou a velha vadia… E aí, falaram que a diretora era Chloé Zhao, e eu pensei: ‘Tá bom! Vamos lá!’”, comentou.

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Hayek destacou na entrevista seu medo inicial e relutância em se juntar à equipe de super-heróis, sentindo que sua idade e experiência limitariam sua capacidade de participar de um filme de super-heróis.

“Nunca me passou pela cabeça estar em um filme da Marvel. Acho que pensei ‘o navio já tinha partido’, então foi um choque absoluto [o convite]. É um pouco difícil ser um herói de ação se você é mexicano, [mas] é mais difícil ser um herói de ação se você é mexicana e mulher. Fiquei chocada. Você pode se imaginar interpretando uma heroína aos 50? Mexicana, mulher e mais de 50 anos?”, questionou a atriz, emocionada.

Eternos é sobre uma raça de seres imortais que viveram na Terra e transformaram sua historia e civilização.

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