Reynaldo Gianecchini prestigia premiere de Bárbara Paz, no Festival do Rio
Por Flavia Cirino - 13/12/21 às 11:00
Principal evento de cinema realizado no Rio de Janeiro, o Festival do Rio 2021 exibiu o domingo, 12 de Dezembro, o filme “Ato”, dirigido por Bárbara Paz, no Estação NET, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Estrelado por por Alessandra Maestrini e Eduardo Moreira, o filme foi um dos selecionados para a mostra Orizzonti Short Films do 78º Festival de Veneza.
Na plateia, Reynaldo Gianecchni, Caco Ciocler, Jonas Bloch e a filha, Debora Bloch, Paulo Betti e outros conferiram a história que tem roteiro de Cao Guimarães e montagem de Renato Vallone. Além de Bárbara Paz, Tatyana Rubim assina a direção.
No filme, em um mundo suspenso e solitário, Dante (Eduardo Moreira) se encontra em um processo de travessia. Sua única companhia é Ava (Alessandra Maestrini), uma profissional do afeto.
DOCUMENTÁRIO SOBRE HECTOR BABENCO INDICADO AO OSCAR
O Oscar 2021 teve uma produção brasileira indicada. O documentário “Babenco: Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”, dirigido por Bárbara Paz, foi o trabalho escolhido para representar o País na famosa premiação. Premiado como Melhor Documentário no Festival de Veneza de 2019 e no Festival de Viña Del Mar, no Chile, em 2020, o longa sobre o cineasta Hector Babenco (1946-2016) é uma coprodução GloboNews.
Casada com o argentino de 2010 até 2016, ano da morte de Hector, Bárbara traçou um paralelo entre a arte e a doença do diretor ao longo da narrativa de sua obra que revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões em um confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou a vida do profissional.
“É uma maravilha isso, é o primeiro documentário a ser escolhido pelo Brasil a competir. É uma surpresa maravilhosa, o Hector merecia muito isso. Eu acho que o amor venceu”, comentou a atriz e diretora.
“Recebemos com enorme alegria a escolha do Babenco pra representar o Brasil na corrida pelo Oscar. Ao mesmo tempo que é uma enorme alegria, é uma enorme responsabilidade. É uma disputa com os melhores 80, 90 filmes do ano… Faremos essa campanha com muita dedicação e orgulho. Temos um filme lindo e muito especial nas mãos”, afirmou o co-produtor Fabiano Gullane.
BÁRBARA PAZ SE DESCOBE COMO NÃO-BINÁRIA
Foi graças a uma conversa com um amigo que, depois de anos, Bárbara Paz entendeu sua sexualidade: ela é uma pessoa não-binária, que não se classifica exclusivamente no gênero masculino ou no feminino.
“Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não-binária. Descobri que sou não-binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi”, disse ela ao participar do podcast “Almasculina”, de Paulo Azevedo.
Barbara destacou que sua mente criativa imaginação a deixa em constante busca.
“Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora. Nas horas vagas a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação. A imaginação precisa estar trabalhando o tempo todo. Então, não sei bem quem eu sou. Se tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca”, afirmou.
“Sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa de fazer o que tenho dentro, o que não é pouco”.
Viúva do diretor Hector Babenco, ela relembrou como aprendeu sobre sexualidade e afirmou que nunca teve preconceito contra a diversidade.
“Não tive a cultura dentro de casa de perguntar sobre sexualidade. Tudo o que aprendi foi lendo em revistas. Não se falava disso. Se falavam, não me lembro, porque eu nunca me questionei muito. Se é homem ou mulher, do que você gosta. Para mim, você gosta de pessoas”.
A atriz contou no podcast que o último ano serviu para que ela se encontrasse ainda mais.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino