Vale dos Esquecidos: Cena de episódio final durou dez dias de gravação
Por Raphael Araujo - 25/09/22 às 08:00 - Última Atualização: 23 setembro 2022
Neste domingo, 25 de setembro, vai estrear “Vale dos Esquecidos”, primeira série de terror/suspense brasileira da HBO e HBO Max, estrelada por Daniel Rocha, Caroline Abras e James Turpin, sendo um thriller, de 10 episódios, cuja trama acompanha um grupo de jovens que se perde durante uma caminhada de fim de semana, e, diante dos riscos encontrados na floresta, eles encontram abrigo em uma vila escondida sob uma névoa eterna. Enquanto tentam descobrir que tipo de forças parecem atraí-los para a cidade, os jovens se encontrarão no meio de um segredo sombrio que permaneceu escondido por mais de um século. Nesse meio tempo, muitas facetas e segredos dos personagens serão revelados o público.
Em coletiva de imprensa, na qual OFuxico esteve presente, Daniel e Caroline, ao lado dos diretores Fabinho Mendonça e Daniel Lieff, da O2 Filmes, comentaram um pouco sobre a série, com os atores focando na construção e aprofundamento de seus personagens.
Caroline Abras comentou sobre Ana, chefe da trilha dos jovens e namorada não-assumida de Bento (personagem de Daniel Rocha), que desde o primeiro momento assume uma personalidade misteriosa e suspeita: “Partindo do ponto que ela é uma personagem multifacetada, que se apresenta como guia e depois é revelada como filha do patrono, isso foi um trabalho na mesa de ensaio”.
“Foi um trabalho bastante complexo para os atores, inclusive todos os personagens possuem uma história pregressa para estarem ali no Vale. Ainda, essa série foi bastante física, tem bastante traquejo do corpo, ainda mais sendo uma personagem que vai guiar alguém pela mata”, disse ela.
Cocriador da série, Fábio Mendonça comentou: “Quando desenvolvemos a Ana, pensamos em alguém que estava em um ambiente e queria fazer diferente, que passa a questionar e ser rebelde e quer quebrar o status quo”.
BENTO X DANIEL ROCHA
Já Daniel Rocha falou: “Quando fui fazer meu teste, reconheci muitas similaridades com o Bento, inclusive no fato de tocar violino. É um desafio ter um personagem com semelhanças, mas que também se distancia muito de você, e é um desafio encontrar esse meio”.
“[…] Porém, decidi explorar o fato de que ele se relaciona mais com a Ana diretamente, dessa paixão, foi esse meu foco. A Carol já precisava atuar com o elenco todo, e eu era mais com ela”, contou ele, que já havia assumido como a cidade de Paranapiacaba possui uma atmosfera pesada, que pdoeria contribuir para o desânimo da equipe. Felizmente, não foi o caso.
“Porém, fomos na direção oposta, era muito divertido estar ali, o que ajudou nesse esforço físico e mental necessário. O Daniel Lieff foi maravilhoso para manter essa energia lá em cima, e apesar dos desafios, tudo foi feito com leveza e bom humor”, disse ele, elogiando o diretor.
Falando em Bento, Rocha e Abras amaram gravar no apartamento dele: “O apartamento do Bento foi muito legal (risos). Era quentinho, a personagem ainda tinha uma leveza, foi divertido de gravar e explorar, além de ter música”, disse ela. “Sempre falei para ela que era o único momento feliz da Ana, depois disso era só ladeira abaixo”, garantiu ele, aos risos com a colega de elenco.
“Nesse recorte de tempo da série, Ana está dividida com sua tarefa de levar as pessoas ao Vale Sereno, e não só sua paixão com o Bento, mas diversos acontecimentos a fazem questionar essa missão. Inclusive, a relação com o pai é muito complexa, o que contribui com esse momento conflituoso dentro dela. O Bento é um gatilho, outras coisas também, mas ele é um intensificador dessas dúvidas dela”, complementou a atriz.
INSPIRAÇÕES, SEGUNDA TEMPORADA E ENTREGA
Fabinho Mendonça ainda chegou a comentar sobre as inspirações para o processo criativo da produção: “Esse mundo foi criado com muitas inspirações externas, em livros, filmes, mas criamos um universo muito próprio com essa cidade tão marcante”.
“Os trabalhos que crio sempre estão inspirados no mundo real, observando lugares e pessoas. Um trabalho autoral meu muito forte foi ‘Destino’, que trata de migrações estrangeiras em cidades brasileiras, tratando muito de comportamento das pessoas nos lugares”, explicou.
Fábio ainda comentou sobre uma possível segunda temporada: “Temos muitas ideias sobre a segunda temporada, mas não sabemos o quanto vamos resolver de suspenses e mistérios da região”.
“Muitas portinhas foram abertas, e essa história pode ir para muitos caminhos”, disse Daniel Lieff. “E não se preocupem, essa primeira temporada é fechada, tem começo, meio e fim. Deixamos pontas abertas, mas sem afetar a história principal”, garantiu Mendonça sobre deixar em aberto propositalmente.
Aproveitando, Daniel Rocha reforçou como todos os envolvidos estavam se entregando pelo projeto: “Tem uma cena no episódio final que durou dez diárias, e no último dia, ao ver o quanto de pessoas envolvidas estavam naquilo, foi muito emocionante estar fazendo parte disso, foi algo histórico. Vocês vão ver!”. “Todo mundo se entregou muito e ajudou um ao outro!”, reforçou Lieff.
TRABALHANDO COM SUSPENSE
Ao fim da coletiva, Caroline Abras falou da experiência de trabalhar com o gênero de suspense ao ser questionada se possui um gênero favorito para atuar em sua vida profissional:
“Uma das coisas que mais gostei no suspense foi de entender como funciona o gênero em um set de filmagens. Foi um experimento muito interessante. Sobre ser o gênero favorito, eu me interesso por tudo, mais pela história geralmente”, disse.
Daniel Rocha partiu para um caminho similar: “Eu acredito que um ator tem que estar preparado para fazer tudo. Porém, suspense eu nunca tinha feito, e na sala de ensaio, você não consegue entender como o ambiente vai impactar. Porém, ao chegar na cidade, foi quando entendi essa questão”.
“Se fosse em estúdio, nunca teríamos chegado no resultado final, e foi possível chegar em lugares da atuação que não sabíamos ser possível, como chorar e rir ao mesmo tempo. Se me chamarem para outros projetos de suspense, vou aceitar, mas a história precisa ser tão legal quanto ‘Vale dos Esquecidos’”, afirmou.
O QUE ESPERAR DA SÉRIE?
Para fechar a conversa com a imprensa, alguns um dos entrevistados presentes deu seu parecer do que os fãs podem esperar ao assistir “Vale dos Esquecidos” na HBO e/ou HBO Max a partir deste domingo, 25 de setembro.
Fábinho Mendonça: “Tem que esperar uma série eletrizante, apaixonante e que, mesmo sendo suspense, é uma história muito humana e podemos nos reconhecer em termos de valores, relacionamento humano, pai e filho, homem e mulher… tem elementos de sobra para gerar engajamento”
Caroline Abras: “Esperar uma série de suspense que fala de relações de poder, traumas não resolvidos, rompimentos de estruturas, e o culto de algo que não é visto e causa muito medo nas pessoas”. DL: “É uma história de amor também, temos que torcer por esse casal. Temos a questão do trauma, é uma história de amor no fundo”.
Daniel Rocha: “É uma série que te prende no sofá, que te faz não querer parar de assistir. Foi um dos projetos mais legais que fiz na carreira, e tenho certeza de que o público vai vibrar junto com a gente”.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.