Vermelho Sangue: Alli Willow lidera clã de vampiros no cerrado mineiro
Por Flavia Cirino - 22/09/2025 - 11:40

A nova série Original Globoplay, “Vermelho Sangue”, estreia em 2 de outubro trazendo uma narrativa de mistério, terror, fantasia e romance com essência brasileira. A trama se passa na fictícia cidade de Guarambá, localizada no cerrado de Minas Gerais, onde o lobo-guará simboliza o ambiente e criaturas fantásticas se misturam aos humanos.
Atrizes dão spoiler de ‘Vermelho Sangue’
Vampiros, lobisomens e a lobimoça compõem o núcleo da história, envolvendo paixões, segredos e conflitos ancestrais.
Alli Willow interpreta Elizabeta, líder do clã de vampiros, responsável por transformar Celina (Laura Dutra) e Michel (Pedro Alves). Assim ela comanda a VPTech à distância, empresa voltada para pesquisas que permitam aos vampiros andar sob o sol.
“Elizabeta descobre que há uma espécie de lobisomens no Brasil que pode curar inteiramente essa condição. Ela envia os dois vampiros mais novos para encontrar essa lobimoça”, explica Alli, primeiramente.
Sem regras e padrões
O passado da personagem é ligado a Lâmia, rainha da Líbia, amaldiçoada por Hera, e há conexões com Lilith, representando mulheres que recusam normas e padrões tradicionais.
“São arquétipos fascinantes. Mulheres que tinham amantes, viviam de forma livre e muitas vezes eram vistas como monstruosas”, comenta a atriz em seguida, em conversa com OFuxico.
Pesquisa, mitologia e brasilidade
Para Alli Willow, compreender a atemporalidade de Elizabeta foi central. “Tenho 33 anos e tudo me atravessa intensamente. Ela tem dois mil anos. A vivência é completamente diferente, com frieza e pragmatismo. Ela mata, rouba, controla — enquanto eu sou sensível, passo muito pelas emoções”, detalha.
A atriz ressalta que há semelhanças, como autossuficiência e autonomia. O mergulho na mitologia foi extenso. Alli estudou híbridos humanos-animais, centauros, minotauros e Lâmia. Também pesquisou Lilith bem como a simbologia de mulheres poderosas e livres.
“Pesquisei o corpo, o olhar do predador, a intimidade com a própria história. Cada detalhe ajuda a construir a vilã”, diz. O trabalho incluiu principalmente o estudo de obras, músicas, pinturas e textos que ajudaram a formar a estética e a psicologia de Elizabeta.
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A brasilidade da série é outro destaque. Escrita por Rosane Svartman e Claudia Sardinha, a trama valoriza acima de tudo o folclore local e adapta vampiros e lobisomens à realidade brasileira. “O público verá mitos e criaturas baseados no que temos no país. Minas e o lobo-guará são centrais, trazendo identidade nacional e autenticidade”, afirma Alli.
O roteiro combina fantasia e realidade com cores, sons e lugares brasileiros, tornando “Vermelho Sangue” uma experiência única. O foco em mitologia nacional, personagens intensos e romances proibidos promete atrair fãs de terror, fantasia e narrativas originais.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























