Viola Davis confessa que foi ‘estressante’ interpretar Michelle Obama em série
Por Rita García - 17/04/22 às 15:00
Viola Davis é uma das protagonistas da nova série da Showtime, “The First Lady“. No Brasil o seriado sobre as ex-primeiras damas dos Estados Unidos será exibida na plataforma Paramount+, a partir do dia 18 de abril. E em uma nova entrevista sobre sua experiência interpretando a primeira dama Michelle Obama, a atriz de 56 anos confessa que foi ‘assustador’.
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Em conversa com o programa “Entertainment Tonight”, Viola Davis admitiu que foi uma experiência estressante.
“Quando começamos um novo trabalho é assustador, porque você tem medo do que vai encontrar – é a síndrome do impostor. Mas com Michelle Obama, é como se todo mundo tivesse a posse dela. Quero dizer, o livro dela foi lançado e estava em todas as listas de bestsellers, todo mundo sabe como ela é, como ela fala, como é o cabelo dela, entende?”, comenta apreensiva.
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Para a atriz o fator de estresse foi ficar imaginando o que Michelle Obama e Barack Obama pensariam de sua performance:
“Tinha meio que um laço para mim, tipo um código de garotas, como eu precisava fazer ela parecer muito bem. São todas essas coisas que você não pensa como ator, porque não tem nada a ver com atuar. Quando você interpreta alguém, você não faz comentários sobre eles, eles são quem são, você não vira um robô ou diminui as coisas, são essas coisas que assustam a gente”, confessa.
A ex-atriz de “How To Get Away With Murder” também elogiou Michelle: “Os ideais e o caráter desse país são a vida, liberdade e a busca pela felicidade para todos, e continuamos sentindo falta disso… Não acho que vai acontecer nessa minha vida, mas queria deixar isso direito… É a famosa frase da antiga representante dos Estados Unidos, Barbara Jordan, ‘O que as pessoas querem é bem simples – eles querem uma América tão boa como ela promete ser’. E é isso, eu acho que posso dizer honestamente que acho que esse era o grande pensamento de Michelle Obama também”.
Na primeira parte “The First Lady” contará as histórias de Eleanor Roosevelt (Gillian Anderson), Betty Ford (Michele Pfeiffer) e Michelle Obama (Viola Davis).
RACISMO E PRECONCEITO
Viola Davis abriu seu coração em uma nova entrevista ao falar de todos os desafios que enfrentou inicialmente como estudante negra de atuação na famosa prestigiosa instituição de ensino superior de artes, Julliard, de Nova York.
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Em conversa com o jornal The Telegraph, a ganhadora do Oscar, de 55 anos, falou sobre seu último filme, A Voz Suprema do Blues, que também lhe valeu uma nominação ao Globo de Ouro deste ano.
Em A Voz Suprema do Blues ela interpreta a cantora Ma Rainey (1886-1939). O filme mostra os conflitos que viveu a famosa artista da época, na Chicago de 1927 que vivia sob a tensão de seu trompetista Levee (Chadwick Boseman) e os gerentes brancos que queriam controlá-la.
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Olhando para trás no momento que viu a adaptação para os palcos do filme A Voz Suprema do Blues, ela disse: “Era como se eu estivesse vendo um cantor famoso que eu amava em particular, embora nem sequer soubesse quem era Ma Rainey”, disse.
Davis afirma que durante seu tempo na Julliard, ela nunca interpretou nenhuma obra de August Wilson, que é conhecido por seu ciclo de 10 programas que rodeiam a comunidade afrodescendente do século XX.
Ela continuou revelando que a razão disso é porque tinham poucos estudantes negros em sua classe, e não foram escolihidos para os programas.
“Não posso dizer que não aprecio a minha formação lá, mas não sentia que eu pertencia àquele lugar. Era um lugar que ensinava teatro clássico eurocêntrico como se fosse a Bíblia, e para mim, como chocolate, menina com o cabelo crespo, não tinha como entrar”, relembrou.
“Para atuar em Shakespeare, ou George Bernard Show, ou Eugene O’Neill, senti que o que eu precisava era fazer desaparecer qualquer indício de que eu era negra, que de alguma maneira seria algo bom se o público pudesse esquecer que eu era negra”, lamentou.
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“Ainda existe a sensação de que uma mulher precisa ser vista de certo modo, e ter certa idade para ser sexy na tela. E só as atrizes brancas podem romper essas regras. E são atrizes maravilhosas: Meryl Streep em Um Divã Para Dois, ou Diane Keaton em Alguém Tem Que Ceder. Mas não sinto que essa mesma liberdade se estende às mulheres negras, especialmente as mulheres negras ou de pele escura. Simplesmente não vejo isso”, apontou.
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Formada em Ciencias de la Comunicación (México), louca por gatos e fascinada com o mundo dos famosos. Feliz de ser parte do OFuxico desde 2000.