DJ Dyamante, do hit ‘Vai Novinha’, conta aprendizado com Catra e quer trabalhar com João Gomes

Quem nunca ouviu este refrão por aí: “Vai, Novinha an an an”? Seja na música original ou em suas paródias, a canção está em alta e é muito graças ao trabalho de DJ Dyamante, que conversou com exclusividade com o OFuxico e falou do sucesso estrondoso.

Questionado sobre o motivo da música estar bombando, Dyamante explicou que, além de misturar dois ritmos bem diferentes e colocar o “tambor raiz” do funk, outro fator foi bem importante.

“O segredo dessa música aí, primeiramente, foi que eu botei muita fé nela, né? Quando eu produzi, acabei de produzir era 4h da manhã, e terminei 7h30 da manhã lá no meu estúdio. Quando eu finalizei, eu falei: ‘Vai ser Hit nacional e vai atingir fora do país’. Outra observação dessa música estar estourada é o fato de eu conseguir misturar dois ritmos, né? Eu peguei o ritmo do Forró, do Piseiro e joguei dentro do funk, colocando o ‘tambor raiz’ ainda. Hoje não tem tanto isso mais. Acho que o segredo dessa música foi isso”, explicou.

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Apesar de ter estourado com duas canções consecutivas, além de “Vai Novinha”, ele também fez sucesso com “Sentadinha Diferente”, Dyamante não começou agora. O funkeiro começou a carreira lá em 1999, quando acompanhava seu pai nos eventos que ele trabalhava.

Na época, o pai do DJ era operador de áudio e o funkeiro se encantou com as caixas de som e todo o ambiente que aquilo englobava. Mas foi com um dos grandes nomes do funk que Dyamante ganhou muito aprendizado: Mr. Catra, que morreu em 2018.

“Foram três anos e meio, quase quatro trabalhando com o Catra. Foi um tempo de muito aprendizado, de muita coisa boa. Eu falo pra galera que o Catra para mim foi a melhor escola do funk. Claro que eu trabalhei com outros artistas, gente incrível também, que agregaram muito e sou muito grato a Deus. Tenho muitas metas para poder bater, tenho sonhos gigantes ainda de poder levar o meu trabalho para o mundo, expandir a minha Cultura, o lado bom 100% do funk”, disse.

O músico ainda revelou que Catra não o ensinou apenas sobre técnicas dentro da música e do funk, mas também sobre a escola da vida, de nunca perder a humildade, onde quer que esteja.

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“Para mim, essa parte com Catra foi mais que funk, foi aprendizado de humildade, de disciplina, de tratar o amigo do lado bem né? Não vê ninguém com desigualdade, ele era muito assim e eu me identifiquei porque eu sempre fui assim. Ele sempre falava: ‘Não tem a pressa, não. Faz igual eu, vai devagarzinho, vai fazendo amizade, entendeu? Que você vai chegar lá, você é bom’”, lembrou.

Dyamante ainda revelou que os ensinamentos de Catra falavam muito do que ele é na vida real, por isso o considerava tanto. O funkeiro ainda revela que o fato de não ter “pulado” nenhuma fase em sua vida o deixa com “os pés no chão”.

“Meus amigos me falam isso. Que mesmo com tudo que estou conquistando, eu sigo sendo o mesmo, não me deslumbrei com tudo isso. Acho que o fato de ter passado por vários altos e baixos, dificuldades na carreira, indo devagar e estar conquistado meu espaço é o que faz eu ter essa humildade. Hoje em dia, muita gente consegue a fama da noite para o dia, muito rápido, o que é um mérito, mas, às vezes, por não ter passado pelas dificuldades, por todas as etapas, não está preparado para a fama, o que acaba subindo para a cabeça. Acho que essa é uma diferença que eu tenho e que me deixa sempre com os pés no chão”, disse.

FUTURO

Dyamante ainda revelou que, além de “Vai Novinha” tem outra música que ele acredita que deve “bombar” em breve, pois o pessoal ainda não está percebendo o potencial dela.

“Tem um ritmo que eu misturei que sei que essa música também vai expandir pelo Brasil. Ela já está no meu EP lá, só que a galera não tá olhando muito para ela, porque eu não estou trabalhando com ela. Mas a música chama “Senta No Colo Do Pai” e eu misturei o rock com funk. A galera ainda não tá ligada, por que Vai Novinha está muito forte, mas logo eu vou começar e essa vai estourar também”, disse.

Em “Vai Novinha”, Dyamante teve a participação de Mano Walter em um clipe que ajudou ainda mais na divulgação e o funkeiro tem o sonho de trabalhar com outro cantor do momento, que tem uma voz bem marcante: João Gomes.

“Minha vontade maior quando nesse exato momento, que eu curto pra caramba é o João Gomes. Eu tenho vontade de fazer um trabalho com ele. Eu não sei bem o que que é, mas quando eu vi ele dançando a minha música, alguma coisa me cativou ainda mais e eu já era fã. Não sei se é a voz dele, não sei se é energia que ele transmite, mas tenho certeza que, quando essa oportunidade surgir, eu vou procurar fazer a melhor música possível, ver com carinho para que também seja um sucesso”, finalizou.

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