Morre Rainha Elizabeth II: Por que a monarca era tão amada?
Por Raphael Araujo - 10/09/22 às 16:00 - Última Atualização: 9 setembro 2022
O mundo inteiro ainda está sentido com a morte da Rainha Elizabeth II, que faleceu na quinta-feira, 08 de setembro, deixando o cargo na qual ocupou por 70 anos e foi um dos reinados mais marcantes do Reino Unido, além de ser uma figura pública bastante querida pela população.
Em entrevista exclusiva ao OFuxico, Kleber Galerani, Docente dos Cursos de Direito da UNIFRAN e mestre em Relações Internacionais, contou os motivos de a monarca ter sido tão amada e querida pelos súditos: “A Rainha Elizabeth possuía um perfil bastante carismático, embora evitasse de entrar em questões polêmicas e dificilmente posicionava-se ideologicamente frente aos seus súditos”.
“Soube ela ao longo do seu reinado manter todo protocolo e o cerimonial fazendo com que a monarquia fosse respeitada, apesar de ter passado por crises e momentos difíceis, como é o caso da morte da princesa Diana em que houve uma série de ilações no sentido de que talvez ela teria sido muito fria nesse determinado período com a transição de século em que as grandes incertezas e mudanças no mundo a monarca representou este perfil de estabilidade, de segurança, de uma continuidade ao longo do tempo a despeito das grandes modificações que ocorriam no mundo”, revelou ele.
“Certo é que seu distanciamento dos principais fatos sociais demonstrando justamente essa segurança que traz para o Reino Unido e está estabilidade fizeram com que ela fosse respeitada não só dentro do seu país, mas também mundialmente”, completou o profissional.
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IMPACTO EM OUTROS PAÍSES
Ainda na conversa, Kleber ressaltou como a Rainha Elizabeth II tinha uma importância mundial à frente da Inglaterra: “A Rainha tem uma importância direto em cerca de 25% dos países do mundo. Ela é a chefe da comunidade de nações que reúne 53 países no mundo, como a Jamaica, Canadá, Moçambique, Austrália”.
Sobre o Brasil, ele pontuou: “A influência da monarquia britânica pelo mundo é bastante acentuada de modo que, inclusive no Brasil possuía uma influência em particular, cultural. Ela visitou o nosso país no ano de 1968 e teve a oportunidade de conhecer o Rei Pelé, acompanhou também um jogo no Maracanã, esteve em Recife, Salvador, Brasília, São Paulo, Campinas e no Rio de Janeiro, assistiu um desfile de carnaval, inaugurou o MASP, além de ter dado o início simbólico as obras da ponte Rio-Niterói”.
“Por ocasião do bicentenário da independência que ocorreu agora em 7 de setembro, ela enviou uma mensagem ao chefe de Estado brasileiro, o presidente Jair Bolsonaro com os seguintes dizeres, ‘Em meio a celebração da importante ocasião dos 200 anos de independência, gostaria de parabenizar Vossa Excelência e enviar minhas felicitações ao povo da República Federativa do Brasil, lembrando com carinho minha visita ao país em 1968, e continuemos trabalhando com esperança e determinação para superar os desafios globais juntos’”.
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PARCERIAS COMERCIAIS COM O BRASIL
Galerani continuou: “Certo é que o Reino Unido é o vigésimo maior parceiro comercial do Brasil, na Europa ocupa o 7° lugar nas exportações e o 6° lugar nas importações brasileiras”.
“No campo dos investimentos, o Reino Unido ocupa o 2° lugar entre os países com maior investimento de potencial no Brasil, é um país que apoia nossa inclusão como membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, bem como o nosso ingresso na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)”, pontuou.
“Desse modo, há uma grande influência do Reino Unido também no Brasil e em particular essa morte nos afeta de forma substancial”, concluiu Kleber Galerani.
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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.