Fifa exclui oficialmente a Rússia da Copa do Mundo 2022

Em virtude do conflito militar com a invasão à Ucrânia, a Fifa anunciou na segunda-feira, 28 de fevereiro, que a Rússia está fora da Copa do Mundo do Catar, em dezembro de 2022. A entidade já havia divulgado o primeiro pacote de sanções contra a Rússia, medidas tomadas em coordenação com a Uefa, seguindo as recomendações do Comitê Olímpico Internacional (COI).

“Nenhuma competição internacional será disputada na Rússia. A seleção russa terá seus jogos como mandante em campo neutro e sem público, não poderá competir sob a bandeira do país e seu hino não poderá ser tocado”, destacou o comunicado emitido pela entidade. “A associação que representa a Rússia deve participar de qualquer competição com o nome de ‘União de Futebol da Rússia’ (RFU) e não ‘Rússia’”, destacou.

Como a punição é contra a Federação de Futebol da Rússia, ela também afeta todas as outras seleções russas, inclusive femininas – que ficará fora da próxima Eurocopa, em julho, na Inglaterra – e de categorias de base, e ainda os clubes locais, que não poderão disputar partidas de competições como Copa dos Campeões e Liga Europa.

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“Na sequência das decisões iniciais adotadas pelo Conselho da Fifa e pelo Comité Executivo da Uefa, que previa a adoção de medidas adicionais, a Fifa e a Uefa decidiram hoje em conjunto que todas as equipes russas, quer sejam equipes representativas nacionais ou equipes de clubes, serão suspensas da participação em competições da Fifa e da Uefa até novo aviso”, anunciou a entidade, em comunicado.

PATROCÍNIO TAMBÉM É AFETADO

A Fifa anunciou ainda a rescisão do contrato de patrocínio com a Gazprom, empresa estatal russa do ramo de energia e gás natural.

“O futebol está totalmente unido aqui e em total solidariedade com todas as pessoas afetadas na Ucrânia. Ambos os presidentes [da Fifa e da Uefa] esperam que a situação na Ucrânia melhore significativa e rapidamente para que o futebol possa voltar a ser um vetor de unidade e paz entre os povos”, destacou o comunicado,  

Vale destacar que no próximo dia 24 de março a Rússia teria um confronto marcado contra a Polônia, pelas Eliminatórias da Copa. A federação polonesa ameaçava não participar do jogo, posição semelhante à de federações da República Tcheca e da Suécia – os vencedores dos dois jogos se enfrentariam em outra partida. O presidente da Federação da Polônia se recusou a jogar contra a seleção russa.

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ENTENDA O QUE ESTÁ ACONTECENDO

Parte do mundo está em guerra. A Rússia invadiu e bombardeou a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira, 24 de fevereiro. Sob comando de Vladimir Putin, a potência euro-asiática reclama parte do território ucraniano. Os bombardeios começaram na região leste do país, de acordo com a imprensa local. Contudo, já chegaram à capital, Kiev.

A tensão entre os dois países vem se estendendo ao longo dos últimos meses, com ênfase na última semana, quando Estados Unidos saiu em defesa do país eslavo. Sob comando de um ex-comediante ‘antipolítica’, o país à margem do Mar Negro conta com ajuda internacional para evitar os ataques de Vladimir Putin. O frágil tato político de Volodymyr Zelensky impediu que ele conseguisse entrar num acordo com o líder russo.

O invasor afirmou que qualquer nação que interfira na região vai sofrer ‘consequências nunca antes vivenciadas’. Enquanto isso, Joe Biden, presidente dos Estados unidos, afirmou que Moscou escolheu uma guerra que vai representar uma ‘perda catastrófica de vidas’.

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