Jorge Aragão se emociona em lançamento da biografia do grupo Fundo de Quintal

Por - 26/01/23 às 08:50

Jorge Aragão sentado, sorrindo, em uma livrariaJorge Aragão fez parte da primeira formação do Fundo de Quintal - Foto: Robson Moreira/ Divulgação

O lançamento do livro “Fundo de Quintal – O Som Que Mudou a História do Samba”, teve doses de nostalgia e emoção na livraria Blooks, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Integrante da primeira formação do tradicional grupo, Jorge Aragão comandou uma roda de conversa sobre a obra, escrita pelo jornalista, roteirista, produtor e diretor de shows Marcos Salles.

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No livro, em 448 páginas e várias fotos, o autor conta a gênese, a evolução e a revolução do samba através do grupo criado em 1976 por Bira Presidente, Ubirany e Sereno. Com Jorge Aragão, Almir Guineto, Sombrinha e Neoci, eles se lançaram no mercado, oficialmente, em 1980, revolucionando a história do samba e se tornando símbolo de resistência.

Desde a origem do grupo até os dias atuais, eles comandam uma semanal roda de samba na quadra do Cacique de Ramos, no Subúrbio do Rio de Janeiro.

Na biografia do grupo, Marcos Salles mostra como o grupo resistiu diante de sucessivas saídas de integrantes, por desavenças ou por ambição de construir carreira solo, caso de Almir Guineto, que morreu em 2017. Ou mesmo por se sentir inadequado na roda viva da indústria da música, caso de Jorge Aragão, então decidido a somente atuar nos bastidores como compositor.

“Em vários grupos, quando sai um, é difícil de continuar. Mas o Fundo de Quintal não é um grupo, é uma marca”, disse Bira Presidente.

Além do ambiente das rodas, o autor expõe na biografia os problemas de saúde que tiraram a voz de Cleber Augusto, integrante do Fundo de Quintal de 1983 a 2003, e revela que o vocalista Mário Sérgio, que morreu em 2016, talvez pudesse ter continuado em cena se tivesse cuidado de um gânglio inchado, sinal de linfoma diagnosticado tardiamente.

A biografia, contudo, destaca histórias entusiasmadas sobre a criação dos discos e sobre a sonoridade do grupo, revolucionário por inserir instrumentos como o banjo, o repique de mão e o tantã nas rodas de samba.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino