Qual a fortuna de L7nnon, um dos maiores rappers do país? Saiba tudo sobre ele!
Por Flavia Cirino - 27/12/23 às 15:35
Lennon dos Santos Barbosa Frassetti. Pode ser que você não reconheça, mas se trata de L7nnon, ou simplesmente L7, um dos novos expoentes do rap e do trap.
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Da noite para o dia, o menino pobre do Barata, humilde sub-bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, se transformou em um fenômeno.
Ser clicado por paparazzo em um aeroporto, por exemplo, conforme aconteceu nesta quarta-feira, 27 de dezembro, no Santos Dumont, no Centro do Rio, era algo que ele não imaginava. Sequer estar em um avião…
Construindo cada vez mais uma carreira sólida, L7nnon – que despontou no projeto “Poesia Acústica”, se identifica como “um moleque nascido no Rio de Janeiro, em Realengo, na Zona Oeste, skatista, surfista e por aí vai”.
Quem é o L7?
O apelido, que virou nome artístico tem uma explicação “do nada”: o sobrenome, Frassetti.
“Eu queria mudar meu Instagram, que era Lennon Frassetti, coloquei o ‘7’ no lugar do ‘e’ e deu no que deu”, contou o artista, que ficou conhecido nacionalmente e internacionalmente pelas canções “Freio da Blazer”, “Perdição”, “Ai, Preto” e “Desenrola, Bate, Joga de Ladin”.
O talento do L7 nas rimas nasceu nas ruas do Realengo, onde ele também deu os primeiros passos no skate. Aliás, foi a atividade que deu um empurrão na carreira musical.
“Eu queria viver do skate e comecei a cantar de bobeira. Parece loucura me enxergar hoje sendo reconhecido na cena pelas duas coisas”, afirmou ele.
Assim como no rap eu me joguei, no skate não era diferente. Tenho 20 parafusos no braço esquerdo numa tentativa de halfcab rock na pista da Lagoa. E acredite, tudo que conquistei foi depois dessa lesão. Era a vida falando: vai parar ou continuar? Eu continuei e olha aonde cheguei”.
Aos 29 anos, o carioca representa o rap ostentação e caiu nas graças dos famosos. Pedro Scooby é um de seus melhores amigos. Mas é em Realengo mesmo que ele encontra “os seus”. E não abre mão disso.
O primeiro single foi gravado em 2017 e, desde que estourou, L7nnon desfruta de uma vida confortável que inclui carrões e motos na garagem, joias, viagens internacionais e uma conta bancária digna de “deixar o boi na sombra”.
Este ano, ele passou o primeiro Natal em sua mansão, própria, onde mora sozinho. Solteiro, já desmentiu rumores de affair com Bruna Marquezine e prefere não falar sobre seus amores.
Vítima de sequestro
Em dezembro de 2018 – um ano após lançar sua primeira música – o rapper foi vítima de um sequestro. Ele estava andando de skate e resolveu pegar o carro para comprar água. No caminho, o telefone descarregou e ele parou. Foi quando outro veículo encostou ao lado e dele saíram três homens armados.
Os criminosos rodaram a cidade com o cantor e pararam em um posto de gasolina com caixa eletrônico. Enquanto um pegou seu cartão e foi realizar saques, outros três ficaram no veículo.
Foi aí que um dos sequestradores perguntou o que ele “fazia da vida”. L7nnon, então, respondeu que era músico e cantava rap. O sequestrador pediu uma palinha e ele cantou um trecho de “Cai Babylon”.
“Senhor abençoe meu povo e que não morra mais nenhum inocente”, cantarolou o artista.
O homem perguntou se ele era “um moleque de Deus”. L7nnon confirmou e os dois iniciaram um diálogo mais amistoso. O homem contou que trabalhava numa pizzaria, foi demitido, não conseguiu outro emprego e foi para o crime. Afirmou ainda que gostava de música e pediu desculpas pela situação.
Após sacarem uma quantia em dinheiro, os criminosos fugiram e liberaram o cantor.
Uma curiosidade: “Cai Babylon” não havia sido lançada. L7nnon, então, acrescentou à letra: “Cês gostam de falar que são bandidos. Já falei, minha postura não é marra. Fui sequestrado por duas horas. Se eu conto história, ele estoura minha cara. Perguntou o que que eu faço, eu falei rap. Falaram: Canta uma letra tua! Eu falei: Escuta Cantei o começo dessa, os cara me pediu desculpa”.
Qual a fortuna de L7nnon
Com mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify – o que já o colocou na posição de rapper mais escutado do país – e mais de 11,5 milhões de seguidores na rede social Instagram — e ele não pretende parar por aí.
Com um cachê mínimo de R$ 150 mil – para apresentações curtíssimas, as chamadas “passadinhas”, mais na “camaradagem”, L7nnon garante um retorno líquido mensal de R$ 2,5 milhões, já pagando todas as despesas.
Em meses de agenda mais bombada – com presença vipérrima em eventos fechados – o valor mensal chega a triplicar.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino