Carlos Bolsonaro passa mal e baixa no hospital após prisão do pai
Por Flavia Cirino - 05/08/2025 - 11:08

Na noite de segunda-feira, 4 de agosto, Carlos Bolsonaro, vereador do PL e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi levado ao Pronto Atendimento Unimed Ferj da Barra da Tijuca (PA Barra), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Carlos se sentiu mal logo após desembarcar na cidade.
Entenda o motivo da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro
De acordo com o advogado Antonio Carlos Alonso, que representa o parlamentar, o mal-estar ocorreu “certamente ao tomar conhecimento da prisão do pai”. No entanto, até o fim da manhã desta terça-feira, 5, não havia informações oficiais sobre o estado de saúde do vereador. Além disso, faltava confirmação sobre uma eventual internação.
O hospital, os assessores e o advogado foram procurados, mas não responderam aos contatos da imprensa. O silêncio em torno do quadro clínico gerou especulações nas redes sociais, que repercutiram intensamente o episódio desde a noite anterior.
STF aponta uso das redes de filhos parlamentares
A internação de Carlos aconteceu no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. A decisão incluiu a proibição de visitas e a apreensão de celulares na residência do ex-presidente. Durante a operação, a Polícia Federal recolheu ao menos um aparelho.
De acordo com Moraes, Bolsonaro usou perfis de aliados — inclusive de seus três filhos parlamentares — para difundir conteúdos que incentivaram ataques ao Supremo e defenderam a intervenção estrangeira no Judiciário.
Entre as postagens citadas, o ministro apontou a feita no último domingo, 3 de agosto, no perfil do senador Flávio Bolsonaro, que divulgou manifestações em apoio ao pai. “O flagrante desrespeito às medidas cautelares foi tão óbvio que, repita-se, o próprio filho do réu, o senador Flávio Nantes Bolsonaro, decidiu remover a postagem realizada em seu perfil”, registrou Moraes na decisão.
O que diz a defesa de Jair Bolsonaro
A defesa de Jair Bolsonaro rebateu a medida e afirmou que “o ex-presidente não descumpriu qualquer determinação”. Os advogados alegaram surpresa com a decisão e destacaram que ele vinha cumprindo as exigências judiciais.
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Mesmo assim, o ministro sustentou que o ex-presidente, embora não tenha usado suas próprias redes, atuou de forma indireta para contornar as restrições impostas. Moraes havia determinado medidas cautelares no último dia 18 de julho, por suspeitas de tentativa de obstrução no processo em que Bolsonaro é acusado de envolvimento em um plano golpista.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























