Equipe de José Mayer atualiza estado de saúde do ator

Por - 20/03/23 às 20:05

josé mayerJosé Mayer em "Viver a Vida", novela de 2009. Foto: TV Globo / Rafael França

No início da noite desta segunda-feira, 20 de março, a equipe de José Mayer, de 73 anos, atualizou o estado de saúde do ator por meio de uma nota enviada à imprensa. Ele segue internado na Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, dando continuidade ao tratamento de uma doença autoimune descoberta seis anos atrás.

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Reprodução/Instagram

“Informações que pretendem criar factoides pautados em um profundo desrespeito com o ator José Mayer não serão comentadas por este canal. Esclarecemos que o ator segue internado em razão do extenso protocolo de tratamento da doença autoimune que o acometeu. Seu estado de saúde é estável e ainda não há previsão de alta. Permanecemos à disposição da imprensa e, destacando a importância da ética jornalística, pedimos respeito ao ator, aos seus familiares e fãs. Assessoria José Mayer”, informou a nota divulgada pela assessoria do ator.

Na sexta-feira, 17 de março, o colunista Leo Dias, do site Metrópoles, informou que o ator fora internado com suspeita de surto psicótico. Na ocasião, o jornalista afirmou que pessoas presentes no hospital teriam visto o ator totalmente desorientado.

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José Mayer em “Viver a Vida”, novela de 2009. Foto: TV Globo / João Miguel Júnior

A informação foi negada pela equipe de José Mayer à revista Quem, também por um comunicado. “José Mayer deu entrada na Casa de Saúde São José hoje (17/03) para etapa final do tratamento contra a recidiva da doença autoimune Granulomatose com Poliangiite. Seu retorno à Casa de Saúde São José já estava programado desde o momento de sua alta e é parte do procedimento já esperado após etapa de infusão medicamentosa concluída com sucesso no decorrer da última semana. É totalmente inverídica e desrespeitosa a notícia de que o ator teria tido um suposto surto psicótico”.

Em fevereiro deste ano, José Mayer ficou internado por conta de uma “indisposição respiratória”. Na época, ele fez uma infusão para o tratamento da doença Granulomatose de Wegener.

GRANULOMATOSE DE WEGENER: SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA

José Mayer em foto, sorrindo
Reprodução Instagram @josemayerarte

O site oficial Jornal Brasileiro de Pneumologia explica mais sobre a doença autoimune que acometeu o ator José Mayer.

“A granulomatose de Wegener caracteriza-se por vasculite necrosante granulomatosa que acomete preferencialmente vias aéreas superiores, inferiores e rins. Seu diagnóstico é feito associando-se as manifestações clínicas, radiológicas (múltiplos nódulos escavados) e os achados anatomopatológicos e o anticorpo anticitoplasma de neutrófilos positivo. O tratamento com corticosteróides e ciclofosfamida leva a 90% de remissão da doença em 1 ano.”

“A doença acomete homens e mulheres sem predileção por sexo, com maior frequência em indivíduos na quinta década de vida, podendo ocorrer, no entanto, em qualquer faixa etária. Os sinais e sintomas iniciais são bastante inespecíficos e o tempo até o diagnóstico pode ser bastante prolongado, principalmente nos casos de evolução mais indolente. Sintomas constitucionais (febre e emagrecimento) estão presentes em cerca de 40% e 70% dos pacientes, respectivamente, no momento da apresentação.”

MANIFESTAÇÕES PULMONARES

“O envolvimento pulmonar ocorre em cerca de 45% dos casos no início da doença e entre 66% (3) e 85% (4) no seu decorrer. Os sintomas mais comuns são tosse e hemoptise, seguidos de dispnéia. Os achados radiológicos mais frequentes são infiltrados pulmonares (67%) e nódulos (58%), estes geralmente múltiplos, bilaterais e cavitação em cerca de 50% dos casos. A tomografia computadorizada de tórax revela infiltrados e nódulos não observados no radiograma convencional em 43% a 63% dos pacientes. (6) Manifestações menos frequentes incluem derrame pleural (5% a 20% dos pacientes), presença de massas mediastinais e aumento de linfonodos.

“Alterações em vias aéreas inferiores são bastante comuns (37%) como achado incidental, sendo a estenose subglótica a manifestação mais frequente. São relatados dispnéia aos esforços, tosse e estridor nas formas mais graves. Em 75% dos casos o achado broncoscópico é o de segmento estenótico da via aérea, com aparência cicatricial, sem alterações inflamatórias agudas. A estenose subglótica é a manifestação mais comum, sendo frequentemente necessárias dilatações, muitas vezes com múltiplos procedimentos. Nos casos extremos de insuficiência respiratória, utilizam-se próteses intratraqueais e traqueostomia. Em geral são realizadas dilatações, ressecções com laser de CO2 e injeções intralesionais de corticosteróide. Cerca de 45% dos pacientes necessitam de procedimentos múltiplos para resolução da estenose.”

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da granulomatose de Wegener é baseado em critérios clínicos, radiológicos, sorológicos e anatomopatológicos. De acordo com Academia Americana de Reumatologia, o paciente pode apresentar inflamação nasal ou oral; nódulos, infiltrados fixos, ou cavitações na radiografia simples de tórax; hematúria microscópica ou mais de cinco eritrócitos por campo de grande aumento; inflamação granulomatosa na biópsia.

TRATAMENTO

“As formas estáveis devem receber o tratamento convencional com prednisona 1mg/kg/dia por quatro a seis semanas, com retirada lenta (2,5 mg por semana ou a cada quinze dias), completando-se a retirada em seis meses. Deve-se associar ciclofosfamida na dose de 2-3 mg/kg/dia, dose esta que deverá ser ajustada de acordo com o número de linfócitos – mantido ao redor de 1.000/mm3. A ciclofosfamida deverá ser retirada um ano após a remissão da doença.”

“Dada a citotoxidade do esquema convencional, vários trabalhos têm sido conduzidos com outras drogas. O uso de azatioprina (2 mg/kg/dia) substituindo a ciclofosfamida no tratamento de manutenção após indução de remissão foi proposto por um estudo recente. Este estudo, randomizado e controlado, mostrou taxas semelhantes de recidivas entre os grupos tratados com azatioprina e ciclofosfamida, com menor incidência de efeitos colaterais no primeiro grupo.”

“Metotrexato (0,3 mg/kg/semana) é outra opção terapêutica para pacientes refratários ou com efeitos da toxicidade da ciclofosfamida. Estudos com esta droga são limitados, e sua eficácia não é totalmente estabelecida. Em um estudo aberto não controlado, metotrexato foi utilizado em 42 pacientes como droga de manutenção após remissão com ciclofosfamida, porém com recidiva de 52%.”

“As formas graves devem ser tratadas agressivamente com pulso de metilprednisolona (500 a 1.000 mg/dia por três dias), e ciclofosfamida (2 a 3 mg/kg/ dia).(3-5) A realização de plasmaferese pode ser considerada nos casos refratários.

Trimetoprim-sulfametoxazol (800mg/dia de sulfametoxazol) deve ser associado aos pacientes com granulomatose de Wegener com diminuição do número de recidivas, e também como profilaxia de P. carinii na fase de imunossupressão.”

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