Filha de Juliano Cazarré passa por terceira cirurgia no coração: ‘Hora de rezar’

Por - 27/09/22 às 11:16 - Última Atualização: 28 setembro 2022

Maria Guilhermina, filha de Juliano Cazarré, internadaMaria Guilhermina, filha de Juliano Cazarré, internada - Foto: Reprodução Instagram @leticiacazarre

Nesta terça-feira, 27 de setembro, neste momento, a filha de Juliano Cazarré e Letícia Cazarré, Maria Guilhermina, está passando por sua terceira cirurgia. A criança nasceu com uma cardiopatia congênita rara, chamada Anomalia de Ebstein.

A menininha, de 3 meses de vida, está no cantro cirúrgico e a mamãe pediu orações para a pequena guerreira:
“Queridos amigos, hoje nossa pequena Maria Guilhermina vai passar pela cirurgia que nós tanto esperávamos, a cirurgia do cone, pelas mãos do Dr José Pedro e do Dr Rodrigo Freire. Desde o início, quando recebemos o diagnóstico de Anomalia de Ebstein, pedimos ao Beato Álvaro del Portillo, sucessor de São Josemaria, que intercedesse pelo milagre da cura total no coração da Maria Guilhermina.”

Leia+: Esposa de Juliano Cazarré comemora aniversário de 3 meses da filha

Sempre com muita fé, Letícia contou que a data do procedimento coincide com a beatificação de Dom Álvaro:
““Quis nosso Pai do céu que o dia escolhido para a cirurgia fosse justamente a data da Beatificação de Dom Álvaro, 27 de setembro. Só podemos agradecer a Deus e a Nossa Senhora por tamanha delicadeza. Ela nasceu numa terça-feira de manhã e, se Deus quiser, será curada nesta terça-feira de manhã. Três meses se passaram desde que ela chegou ao mundo e passou pela primeira cirurgia. Três vezes nos despedimos dela a caminho do centro cirúrgico. Assim como três são as pessoas da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo.”

PEDIDO DE ORAÇÕES

Letícia aproveitou para pedir orações à menina, para que o milagre da cura aconteça não somente à Maria Guilhermina, mas a todos que necessitam:
“É hora de rezar e pedir, pedir muito! Juntem-se a nós nas orações a Dom Álvaro para que Deus nos conceda o milagre da cura total desse coração valente que Maria Guilhermina carrega no peito. Que muitas famílias sejam tocadas, muitos corações curados e muitas almas ganhem o céu! Dom Álvaro, rogai por nós. Virgem de Guadalupe, rogai por nós! São Josemaria Escrivá, rogai por nós. Sagrado Coração de Jesus, eu confio em vós.”

Leia+: Juliano Cazarré desabafa sobre filha: ‘Que venha nos ensinar a amar’


Nós, do OFuxico, estamos em prece.

O QUE É ANOMALIA DE EBSTEIN

Para esclarecer sobre a condição rara que afeta a bebê recém-nascida de Juliano Cazarré e Letícia Cazarré, OFuxico conversou com a Dra. Juliana Rodrigues Neves, especialista em Cardiologia Pediátrica e Diretora do Departamento de Intervenções em Cardiopatia Congênitas da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).

A anomalia de Ebstein consiste em uma má formação rara da valva tricúspide. Ela se desenvolve em cerca de 1% de todas as cardiopatias congênitas e, quando ocorre, a válvula tricúspide é malformada, ficando posicionada em uma área muito baixa, o que possibilita o escape do sangue para trás a partir do ventrículo para o átrio. “A anomalia de Ebstein é uma cardiopatia congênita rara e na sua forma neonatal como foi o caso da Maria Guilhermina, ela é extremamente rara.  A cardiopatia congênita do tipo anomalia Ebstein ocorre em 01 a cada 20 mil recém-nascidos”, ressalta a doutora Juliana Rodrigues Neves.

Leia+:“Rezem por ela”, pede Juliano Cazarré, sobre filha recém-nascida

Tudo isso resulta no aumento do átrio e a “atrialização” do ventrículo direto, ocasionando uma insuficiência cardíaca congestiva e um back-up do fluxo sanguíneo, que pode fazer com que se acumule líquido nos pulmões. Além disso, também surge um fluxo insuficiente de sangue vermelho para o corpo.

“A anomalia de Ebstein se trata de uma má formação em uma das válvulas do coração, que abrem para deixar o sangue passar e fecham para que ele não retorne pelo caminho de onde veio. Então, nesta condição, há uma anomalia da válvula chamada triplos. A válvula tricúspide é a porta de entrada do coração e permite que os vasos que trazem o sangue já usado (já retirado o oxigênio pelo corpo), e eles retornem ao coração, passam pela válvula tricúspide e seguem para o pulmão para receber esse oxigênio de volta. A anomalia de Ebstein é uma doença desta válvula, que está implantada mais baixo do que o seria o normal. Sendo assim, a doença se torna mais grave quanto mais baixo for essa implantação da válvula”, explica.

Leia+:Esposa de Juliano Cazarré agradece apoio após anunciar doença da filha

A especialista também esclareceu como é feito o diagnóstico em casos como o da filha recém-nascida do ator Juliano Cazarré. “Nesse caso, o diagnóstico foi realizado ainda dentro do útero. Isso é feito por meio de um exame que se chama ecocardiograma fetal, feito por um médico cardiopediatra, especialista em realizar o ecocardiograma ainda na barriga da mãe, é com esse ultrassom que se determina a forma da doença de Ebstein, o grau de repercussão e se vai ser necessário uma intervenção logo após o nascimento ou não”

Em relação ao tratamento, ela ressaltou que existem várias formas anatômicas da anomalia, sendo que a mais grave é a de apresentação neonatal e exige uma intervenção logo após o nascimento.

Leia+: Juliano Cazarré batiza filha às pressas em quarto de hospital

“O bebezinho diagnosticado com a anomalia de Ebstrein nasce precisando de outra passagem de sangue para o pulmão que não seja a passagem normal, que seria via válvula tricúspide e artéria pulmonar. Por isso, precisa passar por um procedimento logo após o parto. Existem duas formas de intervir nesses bebês: A primeira é uma cirurgia de peito aberto em que o cirurgião coloca um tubinho e cria uma passagem desse sangue para o pulmão, e a outra é um procedimento feito por cateterismo, em que é inserido um stent, que consiste em uma pecinha de metal que faz com que esse sangue passe para o pulmão por uma veia que todo bebê tem dentro da barriga da mãe que chama canal arterial, mas que tende a fechar após o nascimento. Ou seja, o stent impede o fechamento deste canal”.

“Caso o bebê não passe por nenhuma intervenção, ele desenvolve o que a gente chama de cianose, o recém-nascido com a oxigenação mais baixa”, finalizou.

Siga OFuxico no Google News e receba alertas sobre as principais notícias sobre famosos, novelas, séries, entretenimento e mais!

---

Tags: