Filho de Bruno Pereira luta contra câncer e mãe cria vaquinha para ajudar no tratamento

Por - 05/01/24 às 15:39

Pedro, filho de Bruno Pereira, luta contra câncer. Mãe cria vaquinha para ajudar no tratamentoReprodução Redes Sociais

Pedro, filho de 5 anos do indigenista Bruno Pereira, que morreu em junho de 2022, está em tratamento contra um tipo agressivo de câncer, o neuroblastoma. A mãe do menino, Beatriz de Almeida Matos, confirmou a doença em uma rede social.

Pedro foi diagnosticado com neuroblastoma no ano passado e, desde então, vem realizando sessões de quimioterapia em um hospital público há cerca de cinco meses. A principal preocupação é evitar a propagação do câncer para outras partes do corpo.

A luta por um Medicamento Importado

Em uma postagem na internet, Beatriz detalhou a necessidade de um medicamento importado, chamado Betadinutuximabe, que não está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Este remédio, essencial para o tratamento de Pedro, tem um custo elevado, ultrapassando R$ 80 mil.

Empenhada em seguir com o tratamento de Pedro, sua mãe Beatriz criou uma vaquinha virtual que busca conseguir o dinheiro para a compra do remédio.

Para fazer doações você pode entrar no site www.salvepedro.com ! Vamos ajudar Pedrinho e honrar seu pai, um homem que tanto fez pelos índios do nosso país.  

O legado de Bruno Pereira

A postagem de Beatriz fala da memória de Bruno Pereira, pai de Pedro, um dos indigenistas mais ativos do Brasil. Bruno dedicou sua vida à proteção da Amazônia, combatendo o garimpo ilegal, a pesca predatória e a invasão de terras indígenas. “Agora, a batalha do Pedro, o filho do Bruno e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos, é pela vida. E o Brasil pode salvar o Pedro”, diz o texto.

A íntegra da mensagem do site que arrecada fundos para ajudar Pedrinho:

“Pedro é filho de Bruno Pereira, um dos indigenistas mais combativos do Brasil, assassinado covardemente em junho de 2022. Um crime que comoveu o mundo e indignou o país. Bruno dedicou a vida à Amazônia. Denunciou o garimpo ilegal e a pesca predatória. Combateu o desmatamento e a grilagem de terras. Enfrentou os invasores das áreas protegidas. Lutou pelos povos indígenas. Defendeu a floresta, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos. Agora, a batalha do Pedro, o filho do Bruno e da antropóloga Beatriz de Almeida Matos, é pela vida. E o Brasil pode salvar o Pedro. No ano passado, ele foi diagnosticado com neuroblastoma estágio 4. Um câncer muito agressivo. Aos 5 anos, depois de 5 meses fazendo quimioterapia em hospital público, a luta do Pedro é para que o câncer não se espalhe. Isso só pode ser evitado com um medicamento caríssimo (betadinutuximabe), que tem de ser importado e não é oferecido pelo SUS . Vamos salvar o Pedro. Entra nessa vaquinha. Colabore como puder. Pedro é filho do Bruno. Pedro é filho da Beatriz. Pedro é nosso filho. É filho do Brasil. Salve Pedro”.

Pedro, filho de Bruno Pereira, luta contra câncer. Mãe cria vaquinha para ajudar no tratamento
Reprodução Redes Sociais

Quem Foi Bruno Pereira

Bruno Araújo Pereira, pai de Pedro, era um reconhecido defensor das causas indígenas e servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai). Ele e o jornalista inglês Dom Phillips foram assassinados em junho de 2022, em uma emboscada no Vale do Javari, região amazônica. Bruno é lembrado como um dos maiores especialistas em povos isolados do Brasil.

Neuroblastoma: Um câncer infantil desafiador

O neuroblastoma é um tipo de câncer que se origina nas células nervosas de embriões ou fetos em desenvolvimento. Este câncer, que representa aproximadamente 6% de todos os diagnósticos de câncer em crianças, ocorre principalmente em lactentes e bebês. É raro encontrar casos de neuroblastoma em crianças com mais de 10 anos. O tumor pode surgir em qualquer parte do corpo, mas geralmente é encontrado no abdome, manifestando-se através de inchaço na área. Outros sintomas incluem dor óssea e febre.

O tratamento do neuroblastoma é complexo, exigindo uma equipe multidisciplinar composta por especialistas como cirurgiões, oncologistas pediátricos e radioterapeutas. Durante o processo de tratamento, profissionais como enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, fisioterapeutas e psicólogos também desempenham papéis importantes.

O método de tratamento do neuroblastoma varia conforme o estadiamento da doença, a idade da criança e outros fatores, incluindo marcadores de prognóstico. As opções terapêuticas podem abranger cirurgia, quimioterapia, terapia retinóide, radioterapia, transplante de células-tronco e imunoterapia. Em muitos casos, uma combinação de diferentes tratamentos é necessária.

Idealizadora do site OFuxico, em 2000 segue como CEO e Diretora de Conteúdo do site. Formada em jornalismo pela Faculdade Casper Líbero, desde os anos 1980 trabalha na área do jornalismo de entretenimento. Apaixonada por novelas, séries, reality, cinema e estilo de vida dos famosos.