Gustavo Corasini sofre com pós-operatório de cirurgia no punho: “Muitas dores”
Por Redação - 31/08/22 às 14:40
A família de Gustavo Corasini, o menino Tadeu de “Pantanal“, foi às redes atualizar fãs e amigos sobre o pós-operatório do ator; submetido a uma cirurgia reparadora no punho, após sofrer uma fratura exposta no dia do atropelamento. “Noite difícil. Muitas dores, sem posição para dormir. Essa cirurgia foi bem delicada e o pós está sendo sofrido”, escreveu a mãe do artista, Fernanda Corasini.
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“Mais um dia a ser vencido. Aqui estamos vivendo um dia após o outro. Nossas vitórias agora serão assim, um passinho de cada vez”, acrescentou ela.
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Fernanda também dividiu uma foto do filho com alguns profissionais do Hospital Santa Marcelina, onde segue internado desde o último dia 23 de agosto. “O lado bom das coisas ruins é poder encontrar pessoas que fazem a diferença em nossas vidas. Vou levar vocês para sempre no coração”, diz Corasini, na foto.
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O ator ainda relembrou a vez em que na ficção, quando integrou o elenco da novela “Gênesis”, da Record TV, também havia machucado o braço. “Olha quando o Zion quebrou o braço em Gênesis. A tala mudou bastante, né? kkkk”, diz mensagem no clique.
ACIDENTE
Gustavo e o amigo Eduardo estavam em frente ao condomínio onde moravam. Os dois decoravam a rua para a Copa da Mundo quando foram atingidos por um carro. Segundo informações, um pedreiro que trabalhava na vizinhança se acidentou e uma ambulância foi chamada para socorrê-lo. As crianças correram para o local para ver o que estava acontecendo. Quando a vizinha foi retirar o carro para dar passagem, perdeu o controle e prensou as duas vítimas contra a parede. Gustavo ficou ferido e Eduardo faleceu.
Gustavo teve fraturas no braço, na perna e na bacia e passou por cirurgias. Foi informando ainda que o ator precisou colocar uma sonda para conseguir urinar, pois ainda sofre com os efeitos das medicações.
Um vídeo de Gustavo brincando com Eduardo momentos antes do acidente foi compartilhado nas redes com uma homenagem ao garoto que morreu.
“Foram tantos momentos felizes que passavam juntos, tantas brincadeiras, sorrisos, piadas e até brigas. Você foi um irmão pro Gustavo e um filho pra mim, me perturbava falando que era sua mãe. Sua missão aqui foi curta mas foi intensa, você viveu como gente grande, cheio de responsabilidades, mas era só um menino. Um menino feliz, brincalhão, zueiro e que não deixava ninguém em paz. Até o último role de vocês juntos pra curiar o que estava acontecendo foi fazendo farra. Eduardo que Deus o receba de braços abertos meu menino, meu cria como vc gostava de dizer. Por aqui vamos amparar sua mãe e seus irmãos, vá em paz sua missão foi cumprida com sucesso. Cuida dessa molecada aí de cima por favor. Nos te amamos e você vai fazer muita falta. Vamos continuar enfeitando nossa rua bem linda em sua homenagem”.
AMIGO DE GUSTAVO BATEU A CABEÇA EM COLUNA: “MUITO SANGUE”
Eduardo Souza Delfino, de 13 anos, morto acidentalmente em um atropelamento envolvendo o ator Gustavo Corasini, o menino Tadeu de “Pantanal, bateu com a cabeça em uma coluna antes de morrer. Ainda muito abalada, Francisca Márcia Souza, mãe do garoto, conversou com OFuxico e detalhou a cena que viu assim que chegou ao local do acidente.
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“Desci a rua, vi que tinham ambulâncias, que algo grave tinha acontecido, mas nunca passou pela minha cabeça que seria ele. Eu olhei, coloquei a cabeça para ver quem era mas não identifiquei. A princípio, só vi a equipe do Corpo de Bombeiros fazendo massagem cardíaca”, começou.
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“Quando olhei para o pé, e vi que era ele, ja fui para cima, gritando: ‘é meu filho, é meu filho!’. Vi que os bombeiros faziam muita força para ele voltar, mas ele não se mexia, os olhos dele já estavam meio fechado. Eu não vi sangue no Gustavo [Corasini], mas o Eduardo estava supermachucado”, contou.
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“Então logo me tiraram dali e eu fui para o hospital, onde lá eu fui informada que ele estava sem vida. Mas naquela hora, ali, no chão, ele já estava morto. O médico veio conversar comigo e falou: ‘Mãe, o seu filho morreu na hora’.”, relatou Márcia.
“Ele bateu a cabeça na coluna, a pancada também foi muito forte no peito dele. Tinha muito sangue no chão. O sangue escorria a calçada… “, detalhou.
MENINO EXEMPLAR
Eduardo tinha apenas 13 anos, mas já era o braço direito da mãe. Era ele quem cuidava dos outros três irmãos quando Márcia saia para trabalhar. Francisca Márcia Souza faz faxina. “Ele não tinha vergonha dos amigos em dizer que me ajudava. Ele sempre me dizia: ‘Mãe, já fiz as minhas coisas, já arrumei sala, já arrumei o meu quarto, já lavei a louça, já dei comida para os passarinhos’, era assim”, recordou a mãe.
Estudante do oitavo ano do ensino do médio, o passatempo de Eduardo era o jiu-jitsu, aulas que frequentava três vezes por semana. “Foi um esporte que ele se apaixonou. Logo que a gente se mudou para o condomínio, um pé de maracujá começou a dar frutos. Quando chegou o tempo em que estavam maduros, meu filho pediu para que pudesse vendê-los. O objetivo dele sempre foi me ajudar”, contou.
“Ele também fazia ‘bico’ em um lava-rápido, aos sábados. Ele entendia que se fizesse aquele trabalho, era o dinheiro que eu não precisava dar para ele comprar alguma coisa para ele. Ele tirava R$ 30. Às vezes me dava para inteirar na feira, mas não costuma aceitar. Dizia para ficar com ele, para que ele pudesse comprar um açaí ou uma bolacha que ele quisesse levar para a escola”, recordou a mãe.
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O desejo de Eduardo de querer dar uma vida melhor para a família aconteceu quando os pais se separaram durante a pandemia. “Na cabeça dele, a mãe comprando uma casa, ele não precisaria mais mudar para nenhum lugar. Ele poderia ficar em um lugar fixo. A gente diz que o Eduardo era o braço forte da Márcia, porque com a separação, ele passou a ter essa sensação de que ele era o ‘homem da casa’. Como ela mesma disse, foi um relacionamento difícil, o pai gritava muito, então, quando ele saiu de casa, o Eduardo dizia que tinha paz”, contou Fernanda Costa, amiga de Márcia, também presente na entrevista.
“Eu não sabia o tanto que ele era querido, o quanto ele era conhecido por todos, porque muita gente foi ao velório. As pessoas na rua comentam na rua que ele vai deixar saudades, porque ele era um menino muito especial. Era um menino muito educado, lidava com todos, não fazia exceção de ninguém. Era um menino muito alegre”, finalizou a mãe, com a voz ainda bastante triste.
Uma vaquinha divulgada nas redes sociais pela mãe do ator Gustavo Corasini, de 12 anos, pedindo doações para ajudar a família de Eduardo Souza Delfino, para a compra de uma casa para Márcia, segue aberta a quem queira ou possa ajudar a realizar o sonho do garoto.
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