Luiz Calos Barreto, referência no cinema nacional, está internado. Saiba o motivo!
Por Flavia Cirino - 30/06/23 às 10:08
Um dos principais nomes da indústria cinematográfica no país, Luiz Carlos Barreto está internado. O produtor de 95 anos, carinhosamente chamado de Barretão, deu entrada no hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Na quinta-feira, 29 de junho, ele colocou um marca-passo. De acordo com o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, ele fez uma ablação (procedimento feito para tratar algumas arritmias cardíacas).
QUEM É LUIZ CARLOS BARRETO
O nome de Luiz Carlos Barreto está no centro da história do cinema brasileiro desde a década de 1960. Ao escrever com Roberto Farias, em 1962, o roteiro de “O Assalto ao Trem Pagador”, ele entrou efetivamente para a história da sétima arte.
É ele o produtor de um dos filmes mais vistos da história do cinema brasileiro, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), de seu filho, Bruno Barreto, que atraiu mais de 10 milhões de espectadores.
Nascido em 1928, na cidade de Sobral, no interior do Ceará, ele descobriu a vocação cinematográfica como fotógrafo da revista “O Cruzeiro”, durante a cobertura das filmagens de “Barravento”, o primeiro filme de Glauber Rocha, no interior da Bahia, em 1961.
Barretão fez a fotografia de Vidas secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, clássico do Cinema Novo, prêmio da crítica no Festival de Cannes de 1964. Em 1965, abandonou de vez o jornalismo e passou a dedicar-se exclusivamente ao cinema, fundando a Difilm, uma distribuidora que reunia vários diretores do Cinema Novo. Em seguida, fundou a L.C. Barreto, com a qual realizou alguns dos mais importantes títulos do cinema nacional.
Foi coprodutor de “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha, prêmio da crítica no Festival de Cannes de 1967, e produtor de, entre muitos outros títulos, “Bye Bye Brasil” (1979), de Carlos Diegues, e “Memórias do Cárcere” (1983), de Nelson Pereira dos Santos, também premiado pela crítica em Cannes.
Já levou o país duas vezes à festa do Oscar, com filmes dirigidos por seus filhos: “O Quatrilho” (1996), de Fábio Barreto, e “O Que é Isso, Companheiro? (1997)”, de Bruno Barreto.
Sempre presente na formulação de políticas para a produção nacional, ele tem sido líder da busca de soluções para a auto-sustentabilidade da indústria audiovisual no país.
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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino