SPFW: Jojo Todynho e Deborah Secco arrasam em desfile do primeiro dia

Um dos maiores eventos de moda do mundo, o São Paulo Fashion Week (SPFW) teve início nesta quarta-feira, 16 de novembro, e vai durar até domingo, 20 de novembro. Dentre as novidades do desfile desse ano, estão os desfiles virtuais e a estreia de novas marcas.

Além disso, nesta edição, a preocupação com o consumo consciente da moda, alinhado com as diretrizes da ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), estão entre os destaques da semana de moda.

No primeiro desfile da SPFW N54 da estilista Patrícia Vieira, que trabalha com couro, ela levou as modelos Carmelita, Carol Francischini e Marcele Bittar para desfilar a nova coleção. A jornalista Glória Kalil e o organizador do SPFW, Paulo Borges, conferiram de perto este momento.

Jojo Todynho e Deborah Secco estiveram presentes em um dos desfiles mais emblemáticos do dia, quando desfilaram pela Meninos Reis, arrasando na passarela com looks bem coloridos. Igor Rickli e Márcio Victor também desfilaram pela marca, enquanto Mia Mello, Jessi Alves e Dudu Bertholi assistiram ao momento.

O desfile da marca Soul Básico também foi extremamente marcante, contando com Klebber Toledo como um dos modelos, e o bonitão colocou seu belo corpão para jogo. Sua esposa, Camila Queiroz, assistiu tudo bem atenta da plateia, demonstrando orgulho e admiração.

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DISCUSSÃO NECESSÁRIA

Como citamos anteriormente, O SPFWN54 traz uma importante discussão da moda: os resíduos têxteis e o descarte pós consumo. O evento terá uma grande instalação na entrada do Komplexo Tempo, um dos hubs do evento, feita a partir do descarte da indústria, em uma colaboração com o designer Gustavo Silvestre, do projeto Ponto Firme, que trabalha a experimentação dentro do pensamento da arte, moda e sustentabilidade e promove transformação social a partir do crochê, e a professora Francisca Dantas Mendes, coordenadora do Núcleo de Apoio a Pesquisa Sustentabilidade Têxtil e Moda (NAP) Sustex da Universidade de São Paulo.

O Festival SPFW+IN.PACTOS, que se encerra nesta edição, é comprometido com processos de transformação e inovação nas áreas criativas e propõe também ampliar a discussão sobre o enorme potencial da moda em sua busca por reinvenção em direção a uma economia circular.

Em parceria com o INMODE e o Instituto Sustentabilidade Textil em Moda, o Festival abraçou o III Congresso internacional de Sustentabilidade emTêxtil e Moda, que antecedeu a SPFW N54, de 9 a 11 de novembro, destacando as práticas dos ODS na cadeia da moda. A questão dos resíduos têxteis e do descarte é um dos temas centrais deste encontro.

“A moda é feita e consumida por pessoas. Juntos temos a oportunidade de repensar e redesenhar nossos processos e hábitos e encontrar soluções com criatividade e inovação, gerando benefícios para toda a sociedade”, explicou Paulo Borges, fundador e Diretor Criativo do SPFW.

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OCUPAÇÃO E PREOCUPAÇÃO COM A DIVERSIDADE

O SPFW N54 tomou o entorno do Komplexo Tempo com obras de 22 artistas contemporâneos e do grafite, trazendo temáticas que perpassam a noção de corpo, identidade e território sob a curadoria apurada de Carollina Lauriano, que é curadora adjunta da 13ª Bienal do Mercosul e tem um olhar direcionado para temas como gênero, raça e identidade de gênero.

“Minha participação nesta edição da SPFW se baseia em trazer um olhar da arte contemporânea para a moda, apresentando artistas/es que têm práticas que se aproximam da moda, a fim de discutir identidades e pertencimento. Se até hoje a sociedade Brasileira ainda vive sob um pacto colonial que oprime maiorias minorizadas, quais são os novos pactos que devemos criar para um futuro mais plural e qual a responsabilidade da moda nesse contexto? É sobre isso que estou interessada em discutir”, explica.

A proposta de ocupação urbana reforça a parceria do evento com a Prefeitura de São Paulo e tem o intuito de transformar a região do Komplexo em um pólo cultural, onde artistas urbanos vão pintar murais de rua em parceria com o projeto Museu de Arte de Rua (MAR), uma iniciativa das secretarias municipais de Cultura, Subprefeituras e Educação, que visa aprimorar a vocação da cidade para a produção de arte urbana e ampliar seu impacto positivo na cultura e identidade de São Paulo.

Além dos murais, a curadoria artística conta com instalações, pinturas e lambe-lambes, com participação de artistas como Águi Berenice, AORUAURA, Coletivo Coletores, Fernanda Liberti, IAH, Joelington Rios, Kaya Agari, Keila Sankofa, kulumym-açu, Mayra Karvalho, Maria Macêdo, O Bastardo, Priscila Rooxo, Rafaella Braga, Silvana Mendes, Thaís Iroko, Marieta Matagal, Bonikta, Wanattã, Amanda Nunes, Dablio Black e Irmãos Credo.

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