Corpo de Walewska é enterrado e marido não vai ao funeral. O que aconteceu?

Por - 23/09/23 às 14:40

Walewska e o maridoWalewska estava casada há 20 anos - Foto: Reprodução/Instagram

Atualizado às 16h12

O corpo de Walewska Oliveira foi enterrado em Belo Horizonte na manhã deste sábado, 23 de setembro, no Cemitério Bosque da Esperança, no bairro Jaqueline, Região Norte da cidade.

A ex-jogadora de vôlei e campeã olímpica morreu na última quinta-feira, 21, após cair do 17º andar do prédio onde morava, em São Paulo. A Polícia Civil paulista investiga as circunstâncias da morte e apura a suspeita de suicídio.

Ricardo Alexandre Mendes, marido da ex-tleta, não esteve no funeral. Informações dão conta de que ele sequer apareceu para reconhecer o corpo. Ele estaria fora da cidade

Funeral Walewska
Foto: TV Globo

Em depoimento para a polícia, Ricardo revelou que eles estavam com problemas há alguns anos e que havia pedido o divórcio. Ricardo destacou também que a medalhista olímpia havia enviado uma mensagem para ele sobre o relacionamento, que já perdurava há 20 anos.

“[O casamento] foi se desgastando por diversos problemas, por ela ser compulsiva por compras e ter dilapidado boa parte do dinheiro que eles conseguiram durante os anos de relação”, afirmou Ricardo.

O corretor de imóveis contou às autoridades que estava no apartamento onde moravam juntos quando ficou sabendo da morte da esposa, por meio de funcionários do prédio. Ele disse que foi trabalhar de manhã e retornou à residência por volta das 17h30. A morte da atleta teria ocorrido às 18h09, segundo o boletim de ocorrência. 

O que aconteceu?

  • Uma câmera de segurança registrou o momento em que Walewska entrou na área de lazer sozinha, às 16h50;
  • Após a queda, uma unidade de resgate tentou reanimar a vítima, mas foi constatado o óbito no local;
  • Sem apresentar indício de problemas, a atleta cumpria agenda profissional com a divulgação de sua biografia;
  • Ela chegou a encontrou dias antes com Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, participou de um podcast e presentou sua obra em um evento na capital paulista.

Pais de Walewska se pronunciam

Durante o velório, pai da medalhista, Geraldo Vieira de Oliveira, expressou sua dor, em conversa com o Uol: “O coração da gente fica despencando, um pai enterrando uma filha. Vai ser difícil esquecer. Fico olhando aqui as fotos e não consigo acreditar que isso aconteceu. Toda vez que olhar pra uma foto dela, tenho certeza que vou chorar”, disse ele ao portal.

Maria Aparecida, mãe da ex-atleta, afirmou que não percebeu nenhum comportamento diferente na filha e enfatizou que ela estava serena: “Estávamos em São Paulo no aniversário do meu outro filho. Ela estava com o marido, Ricardo, estávamos todos juntos, em família. Minha filha estava alegre, serena, tranquila. Não entendo o que aconteceu. Vou sentir muita falta. Filha amada, muito querida. A gente vai ter que superar, vai ser muito difícil”, desabafou a mãe de Walewska.

Quem era Walewska Oliveira?

A atleta faz parte do seleto grupo de campeões olímpicos brasileiros. Em Pequim-2008, a central esteve na conquista do primeiro ouro olímpico do vôlei feminino. Em Olimpíadas, ainda foi bronze em Sidney-2000 e ficou com o quarto lugar em Atenas-2004. Defendeu diversos clubes ao longo da carreira, como Minas, Osasco e Praia Clube, por onde se aposentou.

Conhecida por manter sempre um perfil elegante dentro e fora da quadra, Walewska influenciou uma geração de jogadoras no país. Na seleção, fez parte de diversas conquistas e marcou época. Walewska foi convocada para a seleção brasileira pela primeira vez por Bernardinho, em 1997.

Com ele, conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, em 1999, e o bronze na Olimpíada de Sidney, em 2000. Depois, sob o comando de Zé Roberto, seguiu colecionando títulos.

O Sul-Americano de vôlei 2022 marcou a despedida oficial de Walewska das quadras. O último jogo da central foi diante do Regatas Lima, do Peru, pela fase de grupos. Na semifinal contra o Sesi-Bauru e na final contra o rival o Minas, Wal ficou como opção no banco de reservas, mas não foi utilizada durantes as partidas. Após a aposentadoria, o clube de Uberlândia deixou de usar a camisa 1, que a central vestia

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino