Corpos de Leny Andrade e Dóris Monteiro são velados juntos no Rio
Por Luigi Civalli - 25/07/23 às 11:46
Os corpos das cantoras Leny Andrade e Dóris Monteiro são velados na manhã desta terça-feira (25) no Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro. As duas eram muito amigas e morreram nesta segunda-feira (24).
A cerimônia de despedida é aberta ao público.
A notícia da morte de Leny Andrade foi dada por meio das redes sociais da artista. “A diva do Jazz Brasileiro, Leny Andrade, foi improvisar no palco eterno. Leny faleceu nessa manhã, cercada de muito amor. As informações do velório serão divulgadas em breve. A voz de Leny Andrade é eterna”, dizia a postagem.
Lenny estava internada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, para tratar uma grave pneumonia adquirida em junho. Na época, a artista precisou até ser intubada.
CARREIRA
Leny Andrade começou sua carreira como crooner em boates do Rio de Janeiro. A artista também morou no México e tem passagens marcantes pela Europa e Estados Unidos.
A cantora gravou alguns álbuns de samba-jazz e ficou conhecida como a maior cantora de jazz da história da música brasileira.
MORTE DE DÓRIS MONTEIRO
Símbolo de modernidade na canção brasileira, Dóris Monteiro morreu aos 88 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro. Segundo a família, a artista morreu de causas naturais.
“Quando canto e o público me aplaude, eu fico nas nuvens, eufórica. Minha vida se transforma. Independentemente dos problemas que tenha, ao entrar no palco, eu flutuo. A energia do público faz você cantar”, declarou Dóris em entrevista, sem esconder a emoção.
“É com muito pesar que comunicamos o falecimento da cantora e atriz Doris Monteiro, na madrugada desta segunda-feira 24/07/23. Doris partiu de causas naturais em sua residência, no Rio de Janeiro. Mais informações sobre velório e sepultamento serão divulgadas oportunamente”, destaca o comunicado publicado pela família nas redes sociais.
QUEM ERA DÓRIS MONTEIRO
A carioca Adelina Dóris Monteiro dizia já aos 06 de idade, que “queria ser “canteira”. Certo dia, aos 13 anos, quando entoava “Caminhemos”, sucesso de Herivelto Martins, Dóris foi ouvida por uma vizinha.
“Estava cantando do meu jeito. E a dona Jurema disse: ‘Essa menina tem uma voz tão gostosinha’. Eu não me parecia com Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Marlene, as irmãs Batista e o vozeirão delas que era moda na época. Nada, a minha voz era pequena e suave. Já adorava Lúcio Alves e Dick Farney, cantava ‘Caminhemos’ porque era o estouro do momento”, contou ela em entrevista.
Em 1951, ela gravou o primeiro álbum. No ano seguinte, ela foi eleita a “Rainha dos Cadetes”. Na fase inicial da discografia de Doris – com 15 discos de 78 rotações editados entre 1951 e 1956 pelas gravadoras Todamérica e Continental – a voz macia da cantora se destacava.
A artista fazia uma espécie de “ponte” entre o samba-canção e a bossa nova. Entre seus sucessos, se destacam-se “De Conversa em Conversa”; “Se Você Se Importasse”; “Dó-ré-mi” e “Mocinho Bonito”. Na década de 1970, Dóris lançou “Coqueiro Verde”, samba de Roberto e Erasmo Carlos.
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Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais