Dalton Trevisan, o mestre dos contos, morre aos 99 anos. Saiba mais!

O escritor Dalton Trevisan, um dos mais renomados autores da literatura brasileira, morreu na última segunda-feira, 9 de Dezembro, aos 99 anos. A família destacou o legado imortal do contista ao confirmar o óbito. A causa da morte não foi divulgada, e ainda não há detalhes sobre o velório, que será aberto ao público.

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“Todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é. Dalton Trevisan faleceu hoje, 09 de dezembro de 2024, aos 99 anos”, escreveu a família no perfil oficial do autor.

Nascido em Curitiba em 14 de junho de 1925, Dalton Trevisan começou sua jornada literária na faculdade de Direito. Ele publicava suas primeiras obras enquanto trabalhava na fábrica de vidros da família.

Ao longo de sua carreira, lançou livros que marcaram a literatura brasileira, como “O Vampiro de Curitiba”, “A Polaquinha”, e “Cemitério de Elefantes”.

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Dalton Trevisan era o mestre do conto

Reconhecido como mestre do conto, Trevisan conquistou quatro Prêmios Jabuti, a maior honraria literária do Brasil, e recebeu em 2012 o Prêmio Camões, a distinção mais importante da língua portuguesa.

Sua escrita, que explorava as angústias da vida urbana e os dilemas da classe média, era marcada pela crueza com que retratava a solidão e as contradições humanas.

“Mestre do conto, desvendou como poucos as complexidades humanas e as angústias cotidianas da vida urbana”, declarou a Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, seu estado natal. “Dalton retratou com crueza a solidão, os dilemas morais e as contradições da classe média, com um olhar atento para os excluídos e marginalizados.”

Reclusão e legado literário

Dalton Trevisan levava uma vida discreta, evitando entrevistas e aparições públicas. Por muitos anos, morou em uma casa localizada em um movimentado cruzamento de Curitiba, mas mudou-se para um apartamento no centro da cidade por questões de segurança.

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“Sua reclusão pública contrastava com a vivacidade de sua escrita, que permanece como um marco da literatura brasileira contemporânea”, ressaltou a Secretaria de Cultura do Paraná. “Dalton deixa um legado de rigor literário, criatividade e uma visão aguda e implacável sobre o ser humano.”