Execução de Ruy Ferraz Fontes choca São Paulo. Saiba tudo!

O ex-delegado-geral de São Paulo e secretário de Administração de Praia Grande, Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi assassinado a tiros na noite de segunda-feira, 15 de setembro.

Ele dirigia seu carro pela Avenida Dr. Roberto de Almeida Vinhas, no bairro Nova Mirim, quando criminosos desceram de outro veículo e logo abriram fogo. O ataque ocorreu por volta das 18h, em uma área próxima ao Fórum da cidade.

Fotografo da Globo é preso após tentativa de assassinato

Acionado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência constatou a morte no local. De acordo com relatos iniciais, atingido pelos disparos, Ruy perdeu o controle do automóvel.

Uma mulher e um homem que caminhavam pela região também acabaram feridos e logo socorridos pelo Samu. Eles passaram pela UPA Quietude antes de seguirem para o Hospital Municipal Irmã Dulce, sem risco de morte.

A Polícia Militar localizou o carro usado pelos atiradores e assim preservou a cena para perícia. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que equipes especializadas realizam diligências e dessa forma utilizam ferramentas de inteligência para identificar os responsáveis. A Prefeitura de Praia Grande e a SSP lamentaram o assassinato.

Trajetória de combate ao crime

Com mais de 40 anos de carreira na Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes marcou a história da segurança pública em São Paulo. Formado em Direito, com pós-graduação em Direito Civil, atuou em divisões estratégicas como Deic, Denarc, DHPP e Homicídios.

No início dos anos 2000, como chefe da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos do Deic, foi pioneiro nas investigações contra o PCC. Prendeu lideranças da facção e estruturou operações que mapearam sua atuação criminosa.

Receba as notícias de OFuxico no seu celular!       

Sua experiência ganhou destaque em 2006, durante os ataques do PCC contra forças policiais, quando desempenhou papel essencial no enfrentamento da facção. Entre 2019 e 2022, esteve à frente da Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo. Nesse período, determinou a transferência de chefes do PCC para presídios federais, ação considerada estratégica para reduzir a influência da facção dentro do sistema prisional paulista.

Fontes também atuou como professor de Criminologia e Direito Processual Penal e participou de cursos no Brasil, na França e no Canadá. Reconhecido pela postura firme, acumulava respeito dentro e fora da corporação. Em 2023, aceitou o convite para assumir a Secretaria de Administração de Praia Grande, onde permanecia até o momento do assassinato.

O crime que vitimou um dos maiores nomes da Polícia Civil paulista reforça a gravidade da atuação contra o crime organizado e mobiliza autoridades em busca dos autores do ataque.