Famosos lamentam a morte de Arnaldo Jabor

Por - 15/02/22 às 10:49

Arnaldo Jabor de camisa de manga branca, sentadoFoto: Divulgação

A morte do jornalista e cineasta Arnaldo Jabor, nesta terça-feira, 15 de fevereiro, por complicações após sofrer um acidente vascular cerebral, comoveu muita gente. Jabor estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

As redes sociais, amigos e personalidades expressaram a tristeza pelo ocorrido. O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-RJ) se pronunciou: “Triste pelo Arnaldo Jabor”, escreveu.

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes destacou a importância do carioca para o cinema brasileiro: “Teve um papel fundamental. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, escreveu.

CARREIRA MARCADA PELOS TEXTOS IRÔNICOS

Jabor ficou conhecido por seus comentários irônicos e irreverentes nos telejornais da TV Globo, desde os anos de 1990. Carioca, ele assinou a direção de grandes sucessos do cinema nacional, como “Eu Te Amo” (1981), “Eu sei que vou te amar” (1986), que inclusive foi indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes.

Arnaldo Jabor também dirigiu dois curtas e dois documentários e, ainda na década de 1990 se afastou do cinema para se dedicar à crônicas para jornais, rádio e para programas da TV Globo, como o “Jornal Nacional”, “Bom Dia Brasil”, “Jornal Hoje”, “Fantástico”.

O último comentário de Arnaldo Jabor, aconteceu dia 18 de novembro, falando sobre política versus Enem. Um colega que fará muita falta no cenário jornalístico.

TRAJETÓRIA

O primeiro documentário de Jabor foi “Opinião Pública” (1967). Já em 1970, ele produziu , roteirizou e dirigiu o primeiro longa-metragem de ficção, “Pindorama”. Depois, seguiu com grandes sucessos na sétima arte, como “Toda Nudez Será Castigada”, uma adaptação da peça homônima de Nelson Rodrigues e, com este, Jabor venceu o Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1973.

O filme “O Casamento” (1975) foi também uma adaptação de Nelson Rodrigues e trouxe críticas comportamentais da sociedade. Com este sucesso, Camila Amado recebeu o Kikito de Ouro como Melhor Atriz Coadjuvante, além do Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado.

Já nos anos 1990, dividiu comentários com os jornalistas com os jornalistas Paulo Francis e Joelmir Beting no “Jornal da Globo”, onde, em 2000 seguiu solo com a coluna, onde abordava temas como cinema, artes, sexualidade, política nacional e internacional, economia, amor, filosofia, preconceito, entre outros assuntos.

Na literatura, escreveu oito livros de crônicas, entre eles “Os Canibais Estão na Sala de Jantar” (1993), “Amor é Prosa” (2004) e “Pornopolítica” (2006). estes, se tornaram best-sellers.

Em 2010, voltou à sétima arte, assinando roteiro e direção de “A Suprema Felicidade”, com a história de Paulo (Jayme Matarazzo), um adolescente que precisa lidar com as frustrações do pai (Dan Stulbach) e se aproxima do avô (Marco Nanini).

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino