Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó, morre e deixa legado o samba rock

Fritz Escovão, um dos fundadores do icônico Trio Mocotó, morreu na terça-feira, 1º de outubro, aos 81 anos. A causa da morte, contudo não foi revelada. Escovão, nome artístico de Luiz Carlos Fritz, fez história com sua contribuição à música brasileira como cantor, violonista, pianista e percussionista, sendo especialmente reconhecido por sua habilidade com a cuíca.

Ao lado de João Parahyba, na bateria, e Nereu Gargalo, no pandeiro, Fritz Escovão fundou o Trio Mocotó em 1969, na lendária boate Jogral, em São Paulo. Juntos, eles criaram um estilo único que combinava elementos de samba e rock, ajudando a popularizar o “samba rock”.

O grupo ganhou notoriedade ao acompanhar o cantor Jorge Ben Jor, sendo parte fundamental na criação de álbuns marcantes como “Negro é Lindo”.

Em suas performances ao vivo, o suingue característico do Trio Mocotó deixava o público envolvido, e a parceria com Jorge Ben Jor consolidou sua presença na cena musical brasileira.

Em seu auge, Fritz, com sua “voz inigualável”, e os outros integrantes conquistaram grande reconhecimento com o hit “Não Adianta”. Essa mistura de ritmos e o talento individual de cada membro do trio formaram a base do sucesso do grupo. Desse modo, o Trio Mocotó seguiu marcando a música brasileira nas décadas seguintes.

Saída de Fritz Escovão e legado

Em 2003, Fritz Escovão deixou o Trio Mocotó, passando a cuíca para Skowa. Mas seu legado na música continuou vivo. Mesmo após sua saída, a influência de Fritz se manteve presente no trabalho do grupo e em seus inúmeros fãs.

O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m desta quarta-feira, 02 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, na Zona Leste de São Paulo.

Fritz Escovão era carioca, mas se radicou na capital de São Paulo, cidade em que fez história a partir de 1968. O impacto do Trio Mocotó e de Fritz é inegável. Seja pela sua contribuição ao samba rock bem como pela musicalidade única que ele ajudou a construir.