Qual a relação entre Jô Soares, embaixadas e o jazz? Descubra agora!

Por - 05/08/22 às 16:37

jo soares com banda ao vivo em programa no fundoReprodução/Instagram @josoaresofcial

A morte de Jô Soares causou um grande impacto na população brasileira, que perdeu um grande e talentoso profissional na madrugada desta sexta-feira, 05 de agosto. Em vida, ele foi um grande humorista, escritor, apresentador, entrevistador, comunicador. Porém, uma curiosidade que muitos não sabem é que, entre suas diversas facetas artísticas, ele também foi um amante e músico de jazz.

Segundo o jornalista Daniel De Thomaz, assim como Woody Allen, Jô Soares e humorista que adorava arranhar seu clarinete com músicos como Chick Corea (falecido em 2021), Jô também se arriscava com seu bongô ou seu pocket trumpet, um trompete menor que o convencional em jazz sessions. Aliás, ele considerava o apresentador “embaixador do jazz na cultura brasileira”!

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“Aliás, parece que humor e jazz formam uma boa combinação criativa. O escritor Luís Fernando Verissimo, outro apreciador do gênero, dividia a pena com seu belo sax alto Selmer nas horas vagas.

No SBT, Jô Soares começou a estimular o gosto pelo jazz a partir do “Quinteto Onze e Meia”, em seu célebre programa de entrevistas. Foi uma boa oportunidade para público da TV aberta dos anos 90 conhecer e curtir um pouco de jazz, em meio a tanto sertanejo, pop e rock, predominantes nas programações.

O jazz é uma música de alto nível, sua composição e performance são complexas. É um tipo de música que exige excelente preparo prévio para uma performance de alto nível. Jô mostrou isso em seu programa, tanto na abertura quanto ao longo das entrevistas que realizava.

Ele pontuou que existe um gênero importante da música popular, oriundo na música popular norte-americana, mas que foi incorporada por praticamente todas as linguagens musicais do mundo. Nessa mesma época, na Rádio Eldorado, Jô também divertiu os ouvintes trazendo o melhor do gênero com seu programa de jazz.

Jô Soares sempre aplicou em sua carreira um recurso essencial do mundo jazz: a improvisação, ou seja, a capacidade de criar no exato momento da performance. Além disso, usando sua fantástica capacidade de se comunicar, educou os ouvidos brasileiros na difusão do gênero, importantíssimo no Brasil ao longo do século XX.

Por exemplo, essa música influenciou o nascimento da Bossa Nova, no final dos anos 50. O jazz está presente em todas as linguagens musicais e aqui no Brasil não podia ser diferente. Obrigado, Jô, por ser seu divertido embaixador”.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.