Jovem morre em show de Luísa Sonza e polícia começa investigação
Por Redação - 20/07/22 às 16:00
A veterinária Alice de Moraes, de 27 anos, morreu durante uma apresentação de Luísa Sonza em Porto Alegre e as autoridaddes estão investigando o caso. As informações são do G1.
Ainda não existe uma causa da morte específica, já que o corpo precisa passar por uma perícia, que pode demorar até 30 dias para ser finalizada. Todos os envolvidos no caso vão prestar depoimentos nesta quarta-feira, 20 de julho.
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“Quando chegaram os médicos, Samu, quarenta minutos após ela veio a óbito. Tinha um histórico de doença cardíaca. A informação que eu tenho é que ela só tinha ingerido uma cerveja. Então tudo isso nós vamos apurar”, disse o delegado Alexandre Vieira.
A Produtora que realizava o show, chamada de “Opiniao“, se defendeu e afirmou ter seguido todos os protocolos recomendados para qualquer evento de grande porte.
Ao passar mal, Alice foi até uma ambulância buscar atendimento. A Transul, responsável pelo carro meédico, contou que a paciente teve um atendimento completo.
“Importante destacar que as empresas privadas necessitam de uma interação com o SAMU para efetuar a remoção de qualquer paciente”, disse, em nota a empresa.
Entenda o caso
Alice começou a se sentir mal pouco mais de 30 minutos do início do show. A falecida falou à amiga Camila Rodrigues que iria ao banheiro, acabou passando mal lá dentro e foi parar na ambulância.
“Eu fui correndo e encontrei ela lá, desacordada, sentada ao lado da ambulância em uma cadeira branca, deitada. Eu questionei a enfermeira como ela tinha chegado ali, e a enfermeira me relatou que ela própria, a enfermeira, tinha escrito a mensagem. (…) Eles me falaram que tinham encontrado ela desacordada no banheiro”, descreveu Camila.
Camila revelou que o atendimento foi péssimo: “A gente foi muito maltratada nas três horas que a gente teve ali, clamando socorro pela Alice. Eu comecei a questionar o que eles tinham feito, se eles tinham dado alguma medicação, se eles tinham dado água, e ela disse que eles não poderia ajudar, não poderiam atender ela e me orientaram a chamar um Uber”.
IRMÃ SE PRONUNCIA
A irmã de Alice, Andreia Moraes, contou uma versão parecida com a de Camila e também reclamou do atendimento: “Não estava sendo atendida, não estava com acesso [para receber medicamento], não tinha tomado qualquer tipo de medicação, não estava sendo monitorada de nenhuma forma. Eu questionei a profissional se tinham dado alguma medicação, se tinham visto [os] sinais vitais. Ela disse que não seria necessário, que eles não podiam dar medicação, porque ela era ex-bariátrica, que a gente tinha que tirar ela dali porque ela já estava há muito tempo. Só precisava ir para casa dormir”.
“Ela já estava roxa, com a boca roxa, já não tinha nenhum tipo de resposta. Eles me tiraram de dentro da ambulância para começar as manobras de ressucitação. Depois, sei lá, de uma meia-hora, chegaram duas ambulâncias: uma da mesma empresa e outra do Samu. Já tinha chegado polícia, enfim, mas ela já tinha ido a óbito”, explicou.
INVESTIGAÇÕES
O delegado responsável informou que as autoridades vão buscar mais informações, como o momento exato do fato, quanto tempo demorou o atendimento, quantas ambulâncias estavam no local, qual era o público presente, entre outros dados.
“Após as oitivas, após perícia, após colhermos todas as provas desse inquérito, nós vamos decidir pelo indiciamento ou não de alguém”, disse Vieira.
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